Durante todos estes anos, muitas franquias surgiram e tornaram-se grandes sucessos da indústria dos videogames. Em cada geração, muitas sagas apareceram para conquistar o coração dos jogadores, iniciando jornadas que durariam inúmeros anos, com sequências e mais sequências sendo lançadas.
Com o avanço da tecnologia, franquias deram incríveis saltos de qualidade e apresentaram evoluções impressionantes. Call of Duty, Grand Theft Auto, Final Fantasy, Pokémon... se fôssemos citar todos os nomes, ficaríamos aqui um bom tempo. O fato é que muitas sagas marcaram a história dos videogames e entregaram diversas aventuras para seus fãs, com a grande maioria sempre mantendo a essência e todas as características que ocasionaram a chegada ao sucesso. Apesar de entregar evoluções e inovações, as empresas normalmente optam pelo "jogo seguro", mantendo suas franquias nos moldes tradicionais.
Porém, também existem aquelas franquias que sofreram grandes alterações, que por sua vez aparecem quando desenvolvedoras mostram o desejo de entregar uma completa mudança de rumo. Tais mudanças têm motivos variados, com desenvolvedores tentando evitar o desgaste natural de alguma marca ou então até mesmo optando por mudar unicamente para se adaptar ao que vende mais no mercado atual.
Normalmente trazendo discussões e gerando muita polêmica, a mudança geral em uma franquia sempre dá o que falar! Neste artigo, vamos relembrar franquias que sofreram grandes mudanças e passaram a entregar novas propostas para os seus jogadores.
Resident Evil
Vamos começar com a franquia que está "na boca do povo". Com o lançamento de Resident Evil Village, as discussões, originadas com Resident Evil 7, voltaram a ter força total nas redes sociais, enquanto fãs realizam debates sobre as mudanças apresentadas nos títulos mais recentes.
Lançado em 1996, o primeiro Resident Evil trouxe a essência de um verdadeiro survival horror. Com a câmera fixa, o título se destacou com seus puzzles desafiadores e outras características que o tornavam um jogo ainda mais tenso, como o fato do jogador ter que lidar com a falta de recursos para sobreviver.
Com a necessidade de avançar em cada cenário sendo um desafio intimidador, Resident Evil foi um grande lançamento da época e conquistou fãs ao redor do mundo inteiro, estabelecendo-se como uma excelente experiência de survival horror.
Com o sucesso do primeiro jogo, a Capcom resolveu continuar sua franquia e entregou Resident Evil 2 e 3 com a mesma essência. Com grandes vilões, sendo eles Mister X em RE2 e Nemesis em RE3, o mesmo clima de tensão visto no jogo anterior e os já conhecidos elementos do gênero survival horror, as sequências de Resident Evil também agradaram aos jogadores e marcaram seus nomes na história dos videogames.
Resident Evil Code Veronica ainda apresentaria as características conhecidas, porém com o passar dos anos surgiria o interesse da Capcom em modificar os elementos de seu grande sucesso.
Em Resident Evil 4, a franquia mudou de maneira considerável e abraçou totalmente a ação, deixando de lado todos os elementos de um survival horror. Como todos os seus elementos puxando o título para o lado da nova proposta, RE4 mostrou o caminho para os jogos da franquia que viriam a ser lançados nos anos seguintes.
Outros jogos como Resident Evil 5 e 6 abraçaram ainda mais ação, apresentando aventuras em que os sustos eram inexistentes, com estes sendo literalmente jogos de tiro. Tais mudanças não deram muito certo, já que Resident Evil perdeu sua relevância e o público massacrou os lançamentos que seguiram por este caminho. Porém, isto teria um fim e a franquia retornaria ao horror.
O curioso é que o retorno ao horror também marca a mudança mais polêmica da franquia. Resident Evil 7 foi o pontapé inicial de uma mudança geral e praticamente absoluta, entregando uma jornada com visão em primeira pessoa e apresentando uma pegada mais "sobrenatural e fantasiosa", mas com explicações que encaixam tudo na história completa da série de jogos da Capcom.
Apesar de parte do público demonstrar incomodação com a câmera em primeira pessoa, Resident Evil 7 foi bem recebido pelos críticos e agradou diversos jogadores, abrindo caminho para Resident Evil Village.
Com o retorno de Ethan Winters, Village também trouxe novamente a câmera em primeira pessoa e entregou diversos novos elementos, incluindo inimigos nada tradicionais como "vampiros" , "lobisomens" e mais. Village parece ter colocado Resident Evil novamente no topo, destacando-se no gênero survival horror e conseguindo grande reconhecimento.
Passando do horror para a ação pura e finalmente retornando ao horror com uma proposta totalmente nova, Resident Evil é uma franquia que sofreu muitas mudanças ao longo destes anos.
Falando em Village, neste link você pode conferir nosso review completo do jogo!
Assassin's Creed
A franquia da Ubisoft é outro nome de peso que sofreu alterações pesadas com o passar dos anos. O assunto gera inclusive muitos debates entre os fãs, com diversos jogadores alegando que Assassin's Creed perdeu a sua essência.
Com o primeiro título lançado em 2007, a franquia tinha a proposta de entregar jogos de ação e stealth, com foco nas mecânicas de parkour. Assassin's Creed 2 seguiu por este caminho, assim como os jogos seguintes de Ezio e os outros títulos lançados na sétima geração de consoles. Com inovações naturais, como mundos maiores, jogos com exploração mais interessante e melhorias na jogabilidade, AC se manteve durante muito tempo no mesmo rumo.
Vale lembrar que nós já fizemos um artigo listando do melhor ao pior Assassin's Creed da sétima geração! Você pode conferir neste link.
Com a chegada da oitava geração, a franquia sofreu algumas pequenas alterações, incluindo mudanças no combate, mas ainda assim seguia firme na ideia inicial. O problema é que enquanto na sétima geração Assassin's Creed viveu sua fase de ouro, com títulos que foram bem recebidos por críticos e tiraram elogios dos jogadores, já na oitava geração a situação começou a mudar.
AC Unity e Syndicate foram alvos de críticas fortes, principalmente o primeiro jogo que teve um lançamento completamente conturbado. Sentindo que a franquia estava desgastada, a Ubisoft decidiu interromper os lançamentos anuais e mudar totalmente o foco dos jogos.
Assassin's Creed tornou-se um RPG de ação, incluindo pontos de dano, níveis e até mesmo opções de diálogo, ou seja, a franquia realmente abraçou um novo gênero. Além disso, Origins, Odyssey e Valhalla, que são os jogos nesta pegada, também largaram a ideia de uma franquia mais "pé no chão" e se mostraram inclinados a aproveitar elementos mitológicos.
Com muitos jogadores acreditando que esta mudança aconteceu unicamente para que a Ubisoft ganhasse mais dinheiro, o fato é que Assassin's Creed mudou e provavelmente se manterá neste novo caminho por um bom tempo.
God of War
Esta é uma das maiores mudanças da franquia, mas curiosamente é uma das menos polêmicas! Muitos atribuem isso ao fato de se tratar de um exclusivo, afirmando que assim existe um tratamento diferente por parte dos fãs.
De qualquer forma, God of War é uma franquia que mudou completamente. Enquanto os títulos anteriores eram jogos de ação e aventura/hack n slash, o jogo de 2018 resolveu abraçar novos elementos e entregar uma jogabilidade diferente. O interessante é que a franquia nem sequer apresentou tanto desgaste e nem mesmo foi massacrada pela crítica com lançamentos abaixo do nível esperado. Desta forma, a mudança que chegou em 2018 surgiu de forma surpreendente, mas completamente natural e sem ter sido imposta por fracassos.
Com muitas influências do gênero RPG de ação, God of War apresentou outra face também ao trocar sua mitologia. Ambientado na mitologia nórdica, o mais recente lançamento da franquia apresentou diversos novos elementos e situações, conseguindo assim utilizar personagens, inimigos e cenários inéditos, muito diferentes dos que eram vistos nos outros jogos da saga.
Além disso, Kratos também apareceu mais maduro e sábio, mostrando que a idade lhe trouxe experiência.
São muitas as mudanças apresentadas por God of War (2018), mas o fato é que os desenvolvedores acertarem em cheio. Com todas essas inovações e diferenças, o título foi eleito o melhor jogo do ano de 2018, sendo um dos grandes exclusivos da história do PlayStation.
God of War já apareceu por aqui na nossa lista de melhores exclusivos de PlayStation 4! Confira neste link os jogos que marcaram a oitava geração.
Fallout
A famosa franquia pós-apocalíptica também sofreu grandes mudanças com o passar dos anos, apesar de ter se mantido sempre no gênero RPG.
Lançado em 1997 o primeiro Fallout foi desenvolvido pela Black Isle Studios e publicado pela Interplay Entertainment. Exatamente... não havia nenhum envolvimento da Bethesda. Além disso, a Black Isle também foi a desenvolvedora de Fallout 2.
Seguindo o padrão de um RPG raiz, os primeiros Fallout já apresentavam escolhas, diálogos e outros elementos conhecidos, porém eram muito mais lentos e estratégicos. Suas batalhas eram unicamente em turnos e a visão era isométrica. O fato é que os jogos atingiram algum sucesso e conquistaram fãs, que inclusive não ficaram satisfeitos quando as mudanças surgiram.
Após a falência da Black Isle Studios, a Bethesda adquiriu a franquia e resolveu recomeçar do zero o desenvolvimento de Fallout 3, que já estava sendo feito pelos antigos donos. Deixando de lado a visão isométrica e passando a oferecer a possibilidade de jogar Fallout 3 tanto em primeira quanto em terceira pessoa, a Bethesda inovou também na jogabilidade.
Fallout passou a ter batalhas em tempo real, com elementos dos já conhecidos RPG de ação que temos na indústria. Embora as mudanças não tenham agradado diversos jogadores, a franquia conseguiu se tornar cada vez mais relevante.
A Bethesda ainda resolveu oferecer outra proposta, com Fallout 76 que é um RPG online da franquia. Porém, ainda que a empresa continue se dedicando ao título, se julgarmos pela recepção do jogo poderemos chegar a conclusão que este caminho provavelmente será deixado de lado.
Lembra de alguma outra franquia que sofreu grandes mudanças? Fale sobre isso nos comentários!
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