Desenvolvido pelo pela Tango Gameworks e publicado pela Bethesda, Ghostwire: Tokyo será lançado no dia 25 de março de 2022, sendo mais um jogo de peso que chega no começo de um ano que promete entrar para a história da indústria dos videogames. Sendo exclusivo temporário de PlayStation 5 nos consoles, o jogo também será lançado para PC no mesmo dia.

Provavelmente você viu a apresentação que aconteceu ontem (3), com mais detalhes sobre o jogo e até mesmo um gameplay, porém nesse artigo trazemos ainda mais novidades sobre o título. O Oficina da Net foi convidado pela Bethesda para assistir uma apresentação fechada do jogo e nesse texto te falaremos tudo o que vimos, de uma maneira direta, bem pessoal e focando no conteúdo que foi mostrado apenas na apresentação fechada.

Abaixo confira uma descrição do jogo para já ficar mais familiarizado com a proposta.

"Tóquio é invadida por forças sobrenaturais mortais, perpetradas por um perigoso ocultista, fazendo com que a população desapareça em um instante. Junte-se a uma poderosa entidade espectral em sua busca por vingança e domine um poderoso arsenal de habilidades para desvendar a verdade sombria por trás desse mistério enquanto enfrenta o desconhecido em ‎‎Ghostwire: Tokyo‎‎."

Ghostwire: Tokyo é muito promissor! (crédito: Bethesda/Reprodução)
Ghostwire: Tokyo é muito promissor! (crédito: Bethesda/Divulgação)

Prévia - Ghostwire: Tokyo

A Tango Gameworks provou ser uma desenvolvedora extremamente competente ao entregar para o mundo a franquia The Evil Within. Com dois jogos lançados até agora, The Evil Within é um dos nomes do horror mais interessantes que foram lançados nos últimos anos, com duas jornadas realmente intimidadoras e repletas de qualidade.

Agora, com Ghostwire: Tokyo a Tango quer entregar um título de ação, repleto de combates bem movimentados e uma proposta diferente de seus últimos lançamentos. No entanto, o que vemos é também um jogo que se aproveita muito do horror ao entregar elementos ligados ao gênero, seja no visual de inimigos, trilha sonora, ambientação, cenários e atmosfera de forma geral.

Ghostwire: Tokyo não é um jogo de terror, mas é sinistro o suficiente para se aproximar do gênero, entregando assim uma mistura interessante com ação.

Combate repleto de magias

No gameplay mostrado durante a apresentação fechada, o combate de Ghostwire: Tokyo transmitiu a sensação de ser de fato interessante, apesar de ter me deixado com a preocupação de que é possível considerá-lo um pouco repetitivo após algum tempo de jogo. No entanto, como pouco foi mostrado, é possível que tal sensação de repetição não ocorra já que o jogo muito provavelmente apresentará mais habilidades e movimentos conforme o jogador realiza sua jornada.

Pelo gameplay demonstrado, podemos ver que o grande foco do combate é a utilização de poderes, que inclusive atingem seus inimigos a distância. Esquecendo um pouco o corpo a corpo "realmente direto", Ghostwire: Tokyo oferece diferentes magias que o personagem pode utilizar movimentando suas mãos... me lembrou o Doutor Estranho inclusive!

O combate é repleto de magias!
O combate é repleto de magias! (crédito: Bethesda/Divulgação)

Embora Akito, o personagem do jogo, também conta com um arco, é bem evidente que o foco será na utilização de magias e técnicas de ninjutsu, o que pode ser ótimo caso haja uma evolução natural interessante de habilidades.

Uma preocupação que surgiu durante o gameplay demonstrado é o fato do combate parecer muito fácil. Os inimigos não demonstraram grande repertório de ataques, e nem mesmo movimentos muito interessantes, sendo oponentes que facilmente vão de encontro direto ao abate. Torço para que tenhamos oponentes mais variados também.

Interação constante entre Akito e o espírito

Akito, o personagem principal, divide seu próprio corpo com um espírito chamado KK. Graças a essa união, o que temos é uma interação constante entre ambos os personagens, sendo algo semelhante ao que vimos em Cyberpunk 2077 com V e Johnny Silverhand.

Em Ghostwire: Tokyo, o espírito KK também parece servir como um mentor para Akito, estando bem evidente que é mais experiente que o garoto e mostrando conhecer muito mais sobre a situação de Tokyo como um todo. Dando conselhos e até mesmo ditando os objetivos que o personagem principal deve realizar, KK é um personagem com falas constantes durante o gameplay.

Na apresentação, também senti que a relação de ambos terá um desenvolvimento na medida em que os personagens se conhecem mais entre diálogos e missões.

Ótima ambientação

Para os fãs de horror, Ghostwire: Tokyo pode entregar uma atmosfera que será do seu agrado. Novamente é bom dizer que esse não é um título de terror, sendo um jogo de ação, porém se aproveita muito de alguns elementos bizarros.

Com uma boa quantidade de detalhes em cada cenário, e tudo isso sendo impulsionado por um visual excelente, Ghostwire: Tokyo parece entregar ambientes que prendem a atenção do jogador e tornam o título imersivo, com uma pegada extremamente sinistra acompanhando a jornada.

O jogo tem ótima ambientação e atmosfera (crédito: Bethesda/Reprodução)
O jogo tem ótima ambientação e atmosfera (crédito: Bethesda/Divulgação)

Quando elogio a ambientação do título, estou comentando sobre todos os elementos e características que trabalham em conjunto para que este seja um dos destaques da apresentação fechada. Também é importante dizer que os efeitos de áudio e a trilha sonora exercem muito bem sua função, servindo como apoio para que a aventura se torne ainda mais bizarra. A imersão nesse mundo sinistro, repleto de peculiaridades, parece ser um dos grandes pontos positivos.

Inimigos sinistros e exorcismo

Se Ghostwire: Tokyo é um jogo sinistro, muito disso se deve aos oponentes que são encontrados pelo caminho. Esses espíritos possuem visuais totalmente bizarros e extremamente peculiares, assim também oferecendo ao jogo uma identidade única.

Além disso, as coisas ainda ficam mais sinistras quando o jogo apresenta sua mecânica de exorcismo, que no gameplay apareceu em uma missão secundária. Após conversar com um espírito, Akito aceitou a missão de salvar a alma de uma pequena garotinha que estava possuída por um espírito maligno.

Ao encontrar a garota, Akito realiza um exorcismo para realizar seu objetivo. A ideia me pareceu extremamente interessante e muito promissora, com os exorcismos possivelmente sendo algo que irão me tirar bom tempo de jogo, porém é preciso dizer que torço para que o jogo apresenta exorcismos diferenciados, com a mecânica se tornando mais complicada para aumentar a dificuldade de alguns deles, pois o que foi mostrado no gameplay, apesar de ser interessante, não deixa também de parecer simples demais a ponto de desperdiçar uma mecânica com grande potencial.

Puzzles

Durante o gameplay, também foi exibida uma missão em que Akito deve realizar alguns puzzles para conseguir desbloquear uma barreira de energia que o deixou preso em um edifício. Nessa sequência, vemos que o título contará com momentos de completa ausência do combate, com o foco sendo exploração e solução de quebra-cabeças.

O arco se mostrou a mecânica mais importante dos puzzles na missão específica, pois é com ele que Akito realiza objetivos necessários em sua busca para acabar com a barreira de energia. Na missão, todos os objetivos devem ser realizados dentro de um limite de tempo que é exibido na tela.

O bizarro também é abraçado pelo jogo nesses momentos, ou pelo menos foi o que a missão em questão indicou. Na sua busca para desmanchar a barreira de energia, Akito passa por diversos cenários sinistros e psicodélicos, com alguns até mesmo podendo parecer não ter muita explicação lógica. É a proposta, o jogador deve entendê-la.

Muito promissor

A jornada pode ser sinistra e divertida! (crédito: Bethesda/Reprodução)
A jornada pode ser sinistra e divertida! (crédito: Bethesda/Divulgação)

Utilizando elementos do horror e apresentando características bizarras, Ghostwire: Tokyo tem o suficiente para ser considerado um dos jogos mais promissores do ano.

Em suas ruas vazias de atmosfera sombria, que também podem ser exploradas de maneira furtiva, há algo muito cativante que desperta o interesse na jornada. Suas mecânicas, aparentemente funcionais, indicam uma aventura bizarra e divertida.

Com algumas preocupações quanto ao combate, ainda acredito que o que vi pode me fazer esquecê-la caso seja bem aproveitado. Ghostwire: Tokyo já é meu título mais esperado no ano e também merece sua atenção!