O YouTube e Google, nesta segunda-feira (9), foram acusadas por Associações americanas de coletar dados pessoais de crianças para usá-los com finalidade publicitária, uma prática considerada ilegal.
Ao todo, vinte e três organizações de defesa dos direitos e de proteção da infância denunciaram as empresas à FTC, Comissão Federal de Comércio, e solicitaram uma investigação sobre o caso.
De acordo com as associações, o Google coleta informações de menores de idade no YouTube, um site que é, inclusive, proibido para menores de 13 anos, bem como a localização, o aparelhos utilizado para a conexão ou os números de telefone celulares "sem informar previamente os pais". As informações são usadas com "fins publicitários entre as crianças na internet".
"Há anos que o Google abandonou suas responsabilidades a respeito das crianças e suas famílias, afirmando de maneira enganosa que o YouTube - um site inundado de desenhos animados, canções infantis e publicidade de brinquedos - não está habilitado aos menores de 13 anos", afirma em um comunicado Josh Golin, da Campanha por uma Infância sem Publicidade, uma das organizações denunciantes.
"O Google obtém lucros gigantescos com a publicidade para crianças e deve respeitar a COPPA", a lei de proteção da vida privada das crianças na internet, diz ainda Golin.
Assim, as práticas do Gogle violam a lei de 1998, que "proíbe que um site destinado a crianças que saiba o que as crianças utilizam, colete ou utilize informações sem o acordo prévio dos pais".
Um porta-voz disse que AFP que a empresa ainda não teve acesso à denuncia, mas "proteger as crianças e suas famílias é uma prioridade" de todos.
"Como o YouTube não é voltado para crianças, fizemos grandes investimentos para criar o YouTube Kids, uma alternativa especialmente destinada às crianças", disse o porta-voz.
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