Sundar Pichai, CEO do Google, comentou publicamente sobre os planos da empresa reentrar no mercado chinês através de um produto direcionado para buscas e notícias. Em comemoração ao 25° aniversário da Wired, para uma plateia, o executivo disse que o novo serviço seria capaz de atender 99% das consultas. Pichai disse que o mercado chinês é "importante para nós explorarmos", em razão do seu tamanho e também porque deverá se tornar a maior e lucrativa população do planeta.
"Queríamos saber como seria se o Google estivesse na China", disse Pichai. "É muito cedo, não sabemos se faríamos ou poderíamos fazer isso na China, mas sentimos que era importante para nós explorarmos. Eu acho que é importante para nós, dada a importância do mercado e quantos usuários existem. "
Esta é a primeira vez que Pichai comenta os planos do Google em relação a China e tudo ocorreu durante uma conversa com o jornalista Steven Levy. O projeto do Google, intitulado como Project Dragonfly, limita-se aos vazamentos internos e conversas de representantes do Google com o Congresso.
Pichai descreve os planos da companhia como preliminares, e tudo ainda não passa de conversas, sendo que o trabalho deverá ser intensificado ao longo dos meses. Vale mencionar que vários funcionários do Google assinaram uma carta aberta para que a empresa abandonasse o projeto. Além disso, o Congresso e também a Casa Branca já expressaram a desaprovação, dizendo que o projeto é uma potencial ameaça à democracia e um modo de "fortalecer a censura do Partido Comunista e comprometer a privacidade dos clientes chineses", disse Mike Pence.
Pouco tempo atrás, o cientista Jack Poulson renunciou o seu cargo e criticou publicamente a empresa. "Fui compelido a renunciar ao meu cargo em 31 de agosto de 2018, na sequência de um padrão de tomada de decisão antiético e inexplicável da liderança da empresa", escreveu Poulson em sua carta de renúncia. "Isso culminou na recusa em divulgar informações sobre o Projeto Libélula, uma versão da Pesquisa do Google adaptada às exigências de censura e vigilância do governo chinês".
Bom, vamos aguardar e ver o que realmente o Google pretende apresentar, caso não desista no meio do caminho.
Fonte: The Verge