Sundar Pichai, CEO do Google, participou de uma audiência do Comitê Judiciário da Câmara, em que acabou não respondendo todas as perguntas relacionadas a atual moderação do YouTube. O problema de moderação ficou dividido em vários escândalos diferentes nos últimos anos, incluindo conteúdo infantil perturbador, vídeos de terrorismo, entre outros. Pichai, ao ser confrontado com essas questões, deu a mesma resposta que a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, ofereceu no ano anterior, que não existe uma cura imediata.
As perguntas mais rigorosas vieram através do Dep. Jamie Raskin (D-MD), que confrontou sobre um relatório do Washington Post sobre vídeos de conspiração que integram o YouTube. Tais vídeos, ele resumiu como "vídeos que alegam que políticos, celebridades e outras figuras de elite abusam ou consomem sexualmente os restos mortais de crianças".
"É a sua posição básica de que isso é algo que você quer tentar fazer alguma coisa", Raskin perguntou, "mas há apenas uma avalanche de tal material, e não há nada a ser feito, por isso deve ser apenas comprador cuidado quando você vai no YouTube?"
"Esta é uma área que reconhecemos que há mais trabalho a ser feito", disse o CEO do Google a Raskin. "Temos que analisar isso em vídeo por vídeo e temos políticas claramente definidas, por isso teríamos que verificar se um vídeo específico viola essas políticas."
De acordo com Pichai, o YouTube e o Google possuem "políticas claras contra o discurso de ódio", o que inclui "coisas que podem inspirar danos ou violência", dizendo que não é suficiente.
"Com o nosso crescimento vem mais responsabilidade, e estamos comprometidos em fazer melhor como investimos mais nessa área", disse Pichai.
Os comentários de Pichai reconhecem que a plataforma possui um problema que não pode ser ignorado. Porém, ainda não existe uma solução.
"Nós nos esforçamos para fazer isso pelo volume de conteúdo que recebemos", disse Pichai. "Nós recebemos cerca de 400 horas de vídeo a cada minuto, mas é nossa responsabilidade garantir que o YouTube seja uma plataforma de liberdade de expressão, mas também é responsável e contribui positivamente para a sociedade."
Fonte: The Verge