Promovendo o combate a desinformação no Brasil, o Google.org — departamento filantrópico do Google — anunciou a renovação de uma das parcerias para educação midiática no país. Essa campanha tem como objetivo tornar a informação universal acessível de forma prática, útil e organizada.
A iniciativa da empresa já conta com diversos parceiros especialistas ao redor do mundo, atuando em mais de 10 países diferentes com uma abordagem multissetorial de apoio a projetos de alfabetização midiática. No Brasil, esse programa foi iniciado em 2019 em parceria com a EducaMídia.
A grande novidade desta quarta-feira (9) se trata da renovação do acordo até 2023, com um aporte de mais de R$ 5 milhões no projeto que tem a liderança do Instituto Palavra Aberta, uma entidade sem fins lucrativos que tem se comprometido em atuar pela causa da plena liberdade de ideias, pensamento e opiniões.
O comunicado do Google dizia:
"Interagir de maneira crítica com conteúdos como discursos e notícias na internet se tornou algo essencial, principalmente agora no Brasil sob pandemia e às vésperas de uma nova eleição presidencial. Nosso apoio ao trabalho do EducaMídia, que leva esse conhecimento às novas gerações por meio da educação, é mais uma das formas de combatermos a desinformação no país."
O intuito do projeto é envolver a sociedade jovem no processo de educação midiática, especialmente ao desenvolver as habilidades para os potenciais futuros representantes da comunicação em vários meios. Os três pilares da campanha são Ler, Escrever e Participar, competências estas que são desenvolvidas no cenário midiático.
Meta
A pandemia foi citada pela empresa durante o comunicado dizendo que ela expôs as grandes desigualdades da educação pública. Acesso a tecnologia, inclusão digital, falta de estrutura na implantação de meios de ensino híbrido ou remoto e deficiência na formação de professores são algumas das falhas mais relevantes que ficaram em evidência diante do cenário atual.
Para contornar essa situação, a empresa assume o compromisso com urgência com o objetivo de adotar estratégias que façam as crianças e adolescentes estarem preparados para atuar em qualquer meio da sociedade conectada. Um levantamento recente realizado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento), mostrou que pelo menos 67% dos estudantes de 15 anos no Brasil não sabem diferenciar o que é fato e o que é opinião quando fazem leitura de textos.
Por isso, o projeto tem como meta para até 2023, formar 2.000 Multiplicadores EducaMìdia certificados, 10 mil idosos impactados diretamente por materiais em parceiras com organizações acadêmicas ou do setor privado e alcançar 10 mil downloads do aplicativo instrucional individualizado por residentes de comunidades carentes.
Como?
Para chegar a esse número, a estratégia resume-se em três diferentes maneiras. A primeira é reforçar a qualidade. Se as informações forem entregues de forma organizada e com qualidade, os algoritmos de classificação devem garantir a sua utilidade.
Segundo, é preciso enfrentar os agentes maliciosos. Como não é possível saber se há uma atividade maliciosa naquele site, é necessário enfrentar aqueles que se apropriam de identidades falsas, como em páginas da internet e perfis do YouTube, por exemplo.
E terceiro, também é necessário dar mais contexto aos usuários. Capacitando o usuário, ele conseguirá distinguir do que se trata cada situação.
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