Ontem foi encerrado um processo coletivo contra a AMD por falsas propagandas dos seus processadores Bulldozer. A empresa pagou aproximadamente US$12,5 milhões, sendo que desse montante os advogados contratados podem levar até 30% (US$3,63 milhões). Dessa forma, sobraria US$8,87 milhões para serem pagos pelos proprietários do Bulldozer.
As CPUs Bulldozer estrearam no ano de 2011 e grande parte dos consumidores a consideraram um fracasso. Isso ocorreu por conta do alto consumo de energia do processador, de não possuir capacidade para atingir o clock prometido de boost e do desempenho fraco comparando com processadores lançados pela Intel no mesmo ano.
Consequentemente, a linha Bulldozer é considerada a grande culpada pela queda da AMD no mercado de processadores para desktop na época. A situação ruim da empresa continuou da mesma forma até o lançamento da série Ryzen no ano de 2017.
Como se não bastasse as vendas ruins com a péssima receptividade dos consumidores na época, a AMD chegou a revelar chips com 8 núcleos, sendo que na verdade o processador apresentava quatro módulos que tinham dois núcleos trabalhando com recursos compartilhados, com front end compartilhado, cache e ponto flutuante. Ou seja, os núcleos não suportavam o funcionamento de forma independente. A empresa chegou a afirmar que o núcleo duplo atenderia à definição de dois núcleos tradicionais.
Com esse impasse do funcionamento dos processadores, a AMD ganhou uma ação de propaganda falsa em 2015. A empresa decidiu então pagar essa semana US$12,1 milhões, o equivalente a US$35 por chip, para que seja possível para seus consumidores, que adquiriram o processador mal projetado, obter um reembolso.
Como o processo encerrou recentemente, ainda não existe alguma forma de obter a restituição pelo processador comprado, porém manteremos você atualizado assim que houver mais novidades, então fique atento às notícias!
Fonte: tomshardware
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