Hoje trazemos o primeiro review de um headset da Pichau, o P651 é para ser um produto com bom Custo x Benefício, competindo na faixa de preço de R$ 300 e contra modelos como o Galax Xanova Juturna e o Sharkoon B1. Ele traz alguns diferenciais nesta faixa de preço como é o caso da iluminação RGB. Mas será que o mesmo vale a pena ser comprado?
Vamos então analisar todos os seus aspectos que vão de sua construção Externa, som, microfone, conforto e também ver como é o software do mesmo que pode ser baixado no site da Pichau Gaming.
Review Pichau P651
Construção Externa e Design
Qualquer semelhança com o Sharkoon B1 não é mera coincidência, os fones utilizam basicamente a mesma carcaça e materiais na parte externa com apenas algumas mudanças relacionadas a marca, como logotipos e iluminação nas earcups que o P651 tem e o modelo da Sharkoon não tem.
Para ajustá-lo de acordo com o seu conforto o P651 conta com ajustes manuais de altura, nada do estilo floating que recentemente vimos no Precog da XPG. O material da headband é de PU que imita o couro e que infelizmente deve começar a descascar após alguns meses / anos de uso, quanto tempo irá durar vai depender de como é o ambiente onde você mora.
O mesmo mecânismo que faz o ajuste de altura da headband é o que faz a conexão da mesma as earcups, e felizmente este é de metal. Em suas laterais temos os fios expostos que fazem a ligação do driver principal para o outro lado, nada de anormal por aqui também.
Agora indo para as earcups, estas são feitas em plástico em seu redor, com a grade traseira sendo em material metálico. Essas grades dão a impressão de que o fone seja aberto, mas não se engane, ele é fechado. Atrás das grandes encontramos a logotipo da Pichau iluminada, vocês podem vê-la na foto abaixo.
Suas earpads são feitas de material PU que imita o couro, assim como na headband. A boa notícia é que além delas serem fácilmente removíveis a marca ainda inclui um par de earpads de tecido que só precisam ser lavadas e irão durar por muito tempo, algo que eu venho pedindo há anos em headsets gamers e que a Pichau também resolveu escutar, assim como a Cougar no Phontum S.
Infelizmente somente o microfone é removível, com o cabo USB sendo fixo no lugar, então é necessário ter um cuidado um pouco maior se quiser que o fone dure vários anos com o mesmo cabo. Neste cabo também encontramos controles de volume e um switch para ligar e desligar o microfone.
Conforto
Aqui é algo bem pessoal e que muda completamente de pessoa para pessoa. No caso do P651 o fone ficou confortável durante meu uso e não pude notar nenhum lugar onde havia a sensação de maior peso, o fone tem sua estrutura bem distribuida e não causa fadiga com suas 300 e poucas gramas.
Mas uma coisa que notei e que pode fazer diferença para algumas pessoas é que as earcups não tem rotação no próprio eixo, seja na horizontal ou na vertical, o que pode fazer com que não haja o selo correto dependendo do formato da cabeça da pessoa e é algo que eu gostaria de ver solucionado em quem sabe uma futura versão do fone.
Tirando isso, o fone ficou muito confortável. Encontramos memory foam tanto na headband quanto nas earpads com boa espessura, o que significa que as almofadas se abraçam bem contra a cabeça, também fica bem confortável para quem usa óculos pois não há clamping demais nas laterais do mesmo.
Som
Então vamos falar sobre o aspecto mais importante do fone, o seu som. O Pichau P651 utiliza os clássicos drivers dinâmicos para entregar as melodias aos seus ouvidos, e não há nada de errado nisso, o importante é a implementação dos mesmos, então vamos testá-lo!
Gaming
Algo que notei de cara quando entrei em uma partida de CSGO foi o quão bom o imaging do fone é, sem dúvidas muito melhor para localizar de onde vinham os inimigos se comparado ao meu Sennheiser HD650. O palco sonoro já se mostra um pouco mais limitado, isso é devido ao uso de memory foam e as earcups não serem tão fundas, mas não é algo que atrapalha pois ao jogar competitivamente o imaging é mais importante.
De resto o que eu explico na sessão de música serve para aqui, temos médio-graves um pouco mais a frente mas que não atrapalham as outras frequências e assim fica com uma sonoridade bem bacana e um tanto quanto neutra, sem tirar nem perder em nenhum tipo de jogo, seja FPS, MOBAs ou jogos de corrida como o Forza e Need For Speed.
Agora vamos para a parte de música e entretenimento e ver como é o desempenho dos falantes do fone neste aspecto.
Música / Entretenimento
Logo que coloquei a primeira música para tocar pude perceber que o fone tem uma pegada mais puxada para o lado quente, então os médio-grave são um pouco mais a frente do modelos que teriam um som mais plano, mas isso não é necessariamente algo ruim.
Felizmente é só uma pegada mais energética, todas as músicas ficaram muito bem representadas no fone e não huove nada que saltasse a frente para me fazer gostar menos do que eu estava escutando, e isso é um ponto bem positivo para o fone.
O fato da frequência de graves estar um pouco mais a frente pode ser pelo fato do fone ser fechado, mas isso é algo que realmente não incomoda e acredito que não seja necessário equalização para poder curtir um som neste fone, pelo menos eu não achei necessário.
O som do fone me agradou bastante tanto para escutar música quanto para assistir séries / vídeos com o fone, pela faixa de preço fiquei muito satisfeito com o som do mesmo e tenho certeza que a grande maioria dos usuários irá gostar bastante do que ouvir pelo fone, só não espere detalhamento próximo de fones dedicados ao estúdio como um AKG K240 MKII, por exemplo.
Microfone
O microfone é um ponto forte do fone, ele tem bom detalhamento e surpreendentemente bastante profundidade na voz, o que me deixou bem feliz ao escutá-lo de volta pela primeira vez. Vou deixar vocês escutarem o áudio antes de continuar a falar sobre ele.
Infelizmente o pop filter acaba por falhar um pouquinho, deixando letras como o P um pouquinho a frente dos outros, mas realmente não dá para reclamar nessa faixa de preço que o fone está posicionado e também basta afastar um pouco o microfone da boca para diminuir o efeito. Além disso o mesmo também é destacável, o que é um plus ao meu ver.
No software do fone temos a opção de ligar e desligar o ENC e o AGC. O ENC é o Cancelamento Eletrônico de Ruído e o AGC é o Ganho Automático do microfone. Recomendo deixar o ENC ligado para cancelar melhor ruídos de fundo (como o seu teclado e o mouse) e o AGC desligado pois o mesmo acaba por estourar o microfone em alguns momentos.
Software
O headset da Pichau tem suporte a software sim, mas felizmente o áudio "3D" ou "Surround 7.1" vem desligado por padrão, o que significa que não é necessário fazer nenhum ajuste no fone para ele tocar em sua melhor forma, ele já faz isso direto da caixa. Além disso você também ganha mais alguns controles como Equalização, Equalização de Volume do microfone, controle de iluminação do fone e outras coisas menores.
Conclusão
O Pichau P651 é um fone que custa R$ 300, e por esse preço acredito que ele seja um produto honesto que condiz com o preço, tanto em qualidade de construção quanto de áudio, com um plus pro microfone onde ele vai realmente muito bem além da inclusão de earpads de tecido para substituição quando as de PVC começarem a descascar.
Seus competidores ficam no Sharkoon B1 e Dazz Spectrum (que são basicamente os mesmos fones, com o da Pichau tendo RGB), HyperX Cloud Stinger e Cougar Phontum Essential, e se comparado a estes últimos fones, o P651 se sai bem melhor, principalmente quando se fala de microfone. No fim, o P651 recebe um Indico aqui no Oficina da Net e entrega o que promete pelo preço.
Ficou com alguma dúvida? Pergunte para nós aqui embaixo, responderemos assim que for possível! :)