Um dos SSD mais comentados do final de 2019 por diversos sites como sendo uma das melhores opções para quem quer custo-benefício é um WD Blue SN550, da Western Digital. Este SSD é M.2 e utiliza uma interface PCI Express 3.0 com 4 vias, proporcionando uma excelente performance comparado aos SSDs com interface SATA de mesmo valor. Entretanto, essa barganha parece estar terminando, pois de acordo com o site Expreview (via Tom's Hardware and ExtremeTech), os componentes do produto parecem ter sido mudados silenciosamente pela empresa.

Segundo as informações reveladas, a Western Digital começou a mudar as peças utilizadas em seus SSDs WD Blue SN550 em julho de 2021. Anteriormente, o site Tom's Hardware obteve uma média de 610 Mbps através de um teste de cópia de 100GB e após a revisão do produto, a velocidade medida caiu para 390 Mbps. Acredita-se que a lentidão esteja sendo causada por uma memória flash NAND de qualidade inferior e que a controladora do SSD não tenha sido alterada.

Como funcionam as memórias flash dos SSDs M.2 PCI Express NVMe

Os SSDs mais recentes costumam combinar uma grande quantidade de memória flash NAND mais lenta (para obter uma capacidade de armazenamento maior) com memórias flash mais rápidas (para atingir os picos de velocidade anunciados na caixa). Dependendo do modelo do SSD, essa memória mais rápida é desenvolvida para sustentar sua velocidade durante alguns gigabytes transferidos antes de passar o trabalho para a memória flash mais lenta. Na grande maioria das vezes o usuário não nota a desaceleração na velocidade de transferência do SSD.

Geralmente a queda de desempenho do SSD, ao utilizar a parcela mais lenta de memórias flash, é percebida durante a edição de vídeos de caráter profissional, onde costuma-se trabalhar com produções em resolução 4K durante o dia todo. Nesse caso, sem dúvidas você irá perceber que a velocidade que o SSD irá trabalhar não será a mencionada nas especificações divulgadas pelo fabricante.

A prática da terceirização

Geralmente, as desenvolvedoras de SSD não costumam utilizar um hardware 100% fabricado por elas. O motivo disso é o custo de fabricação do produto. Para que se tenha um preço competitivo, a companhia prefere negociar com outros fabricantes para fazer com que o valor final gasto por peça seja menor.

Não há problema algum em utilizar peças de outros fabricantes para a montagem de um produto. Entretanto, nem todas as empresas estão preocupadas em se certificar sobre a qualidade dos componentes utilizados em seus produtos. Se a companhia não utiliza um hardware de mesma capacidade/qualidade, seu produto corre o risco de não atingir os requisitos estipulados por ela mesma em seu site.

Fique atento para mais novidades sobre o mercado de SSDs no Oficina da Net e não se esqueça de compartilhar a nossa matéria com seus amigos, caso tenha gostado!