O Spotify atualmente conta com cerca de 155 milhões de pagantes mensais, ou seja, é o serviço de streaming de músicas mais utilizado no mundo. O aplicativo de músicas sempre investiu muito para proporcionar uma boa interface, porém nem tanto na qualidade das músicas, porém é possível configurá-lo para que você consiga uma reprodução do som com menos distorções e com uma audição mais confortável.
Economia de dados
Se você quer qualidade, esqueça isso. Desative esta função no app, caso queira atingir o bitrate (kb/s) máximo na reprodução das faixas do álbum que você está reproduzindo.
Nos serviços de streaming em geral, já se tem um bitrate baixo por conta da dependência da internet móvel (dados móveis) para se reproduzir as músicas, então não convém diminuí-lo mais ainda. No caso do Spotify Premium (pago), temos a capacidade de reprodução de até 320kbps em formato OGG Vorbis, que é um pouco melhor do que o MP3.
Qualidade da música
Obviamente o melhor a se fazer, caso você seja um usuário exigente com a qualidade das músicas que você escuta, é selecionar no aplicativo a transmissão (streaming) em "altíssima" (High Quality ou Qualidade Extrema), que possui um bitrate de 320kbps. Porém, a título de informação, a qualidade "normal" tem uma transmissão de 92kbps e a qualidade "alta" (high) possui 160kbps.
Em minha opinião, um bitrate abaixo dos 192kbps já denota uma perda considerável na qualidade do arquivo de música reproduzido. Sendo que o ideal é utilizar arquivos com uma transmissão de pelo menos 256kbps ou mais para se obter uma qualidade que não possua muitas distorções durante a reprodução.
Confira abaixo uma tabela que mostra a taxa de transmissão e o formato de arquivo de música utilizado nos principais serviços de streaming de música:
Serviço de Streaming | Qualidade max no app mobile | Qualidade max no app desktop | Formatos utilizados |
Spotify | 320kbps | 320kbps | Ogg Vorbis |
Apple Music | 256kbps | 256kbps | AAC |
Tidal | 320kbps(Premium)/1411kbps(hi-fi) | 1411kbps | FLAC, ALAC, AAC |
Deezer | 320kbps | 1411kbps | FLAC |
Equalização
Não é recomendado utilizar o equalizador do seu celular ou de algum aplicativo e nem efeitos de som (DSP), pois nem todo fone de ouvido consegue responder bem alterações digitais feitas via software. O ideal é que se procure um fone que atenda aos seus gostos por determinada assinatura sonora, que é conseguido através das peças internas (drivers, materiais de absorção de reverberações etc.) e house dos fones de ouvido.
Masterizações
Cada álbum possui mais de uma masterização, algumas melhores, outras piores. O Spotify possui tanto boas versões de masterizações quanto horríveis. O mesmo ocorre em outros serviços de streaming como Tidal e Deezer.
Levando em conta o que foi dito acima, não há como definir qual serviço de streaming seria melhor somente pelo bitrate ou formato do arquivo. Recomendo que leia o artigo indicado no logo acima deste subtítulo (Entenda por que bitrate e formatos de música não fazem um serviço de streaming melhor).
Dica: Geralmente uma boa masterização possui uma DR maior (dynamic range) e você pode conferir as versões de cada uma no site loudenesswar.
Normalizar o volume
Nas configurações do Spotify há uma opção chamada "normalizar volume", que tem a função de forçar as faixas reproduzidas a ficar em um mesmo volume ao longo da reprodução de um álbum ou playlist. Ao fazer isso, você aplicará uma equalização na música, fazendo com que os decibels de todas as frequências sonoras reproduzidas aumentem (ou diminua) para ficar em uma mesma linha (especificada pelo aplicativo).
O Spotify criou a função baseada provavelmente no ReplayGain, que consiste em analisar todas as faixas que serão reproduzidas e fazer com que apresentem um volume idêntico durante a reprodução. Essa proposta foi criada por David Robinson no ano de 2001.
Essa função serve para que o usuário não precise ficar alterando o volume do seu dispositivo toda hora que trocar de faixa de música em uma playlist ou no caso de uma Single (música única que não pertence a nenhum álbum). O processo para que isso aconteça ocorre antes da música ser reproduzida no dispositivo de áudio, então não há influência do smartphone, notebook ou player na reprodução da música nessa situação.
Porém, quando se trata de psicoacústica (sensações auditivas), há uma alteração na maneira como a pessoa percebe o som dependendo da variação do estilo de música e até dentro de um álbum que ela queira ouvir de maneira integral. Isso causa um incomodo em se tratando do nível de volume de acordo com a dinâmica específica do estilo da música ou do álbum.
No caso de um álbum, não há a necessidade de se usar o a função "normalizar volume" pelo fato de que durante a masterização das faixas já ser pensado na constância do todo ao passar pelas faixas. Ao ativar o volume nesse caso, você poderá gerar um desequilíbrio tonal (desequilíbrio entre graves, médios e agudos) psicoacusticamente. O ideal é que qualquer alteração na música seja feita durante a mixagem e masterização das faixas de música.
Enfim, dependendo do seu objetivo pode ser que esta função seja útil ou não (ela já vem ativada no Spotify, mas não deveria). Ou seja, é importante sempre ponderar a ativação da função "normalizar volume", pois você pode por água abaixo a experiencia proporcionada pela assinatura Premium do Spotify que lhe do direito a uma qualidade de som superior.
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