A descoberta de músicas na Qobuz é um dos maiores destaques da plataforma, em minha opinião. Fundada em 2007, a empresa foi o primeiro serviço de streaming a ter transmissão "Hi-Res" (24 bits/96kHz) no mundo [1]. Seus aplicativos têm como maior destaque a curadoria humana e o conteúdo editorial, pontos que facilitam para muitos usuários o processo de descobrir novos artistas e álbuns.
[1] Sobre o Hi-Res: A utilização da nomenclatura "Hi-res Audio" surgiu somente 7 anos depois da Qobuz começar suas operações no mercado. A JEITA (Japan Electronics and Information Technology Industries Association ou Associação de Indústrias de Eletrônica e Tecnologia da Informação do Japão, em português) anunciou em 26 de março de 2014 a certificação "Hi-Res", ou seja, essa denominação foi adotada pela companhia como forma de aumentar o marketing em cima do que a companhia já oferecia.
As maneiras de se descobrir novas músicas e artistas na Qobuz
Cada aplicativo de streaming tem uma forma mais eficiente ou interessante de se descobrir novas músicas e artistas. No caso do Tidal, chegamos a falar sobre o quanto os créditos dos álbuns e faixas podem ser uma ferramenta interessante para esse propósito. Porém, na Qobuz a estratégia foi diferente e você irá compreender agora o porquê.
Qual é a vantagem da curadoria humana?
A curadoria humana em serviços de streaming é a seleção de músicas por pessoas ao invés de algoritmos [2]. Enquanto a grande maioria dos serviços de streaming utilizam máquinas para determinar quais músicas irão agradar mais seus clientes, a Qobuz apostou em um funcionamento híbrido, onde parte das escolhas são feitas por humanos e parte realizada por computadores. Semanalmente há o lançamento de playlists (lista de reprodução) criadas a partir da curadoria humana da Qobuz, onde é levado em conta um tema como, por exemplo, uma data comemorativa, a homenagem a um artista ou a seleção das melhores músicas levando em conta determinada situação ou característica.
[2] Sobre os algoritmos: Dezenas de comandos criados para automatizar o processo de análise e escolha de faixas através da utilização de servidores na nuvem (computadores conectados à internet que são utilizados para processar dados).
A princípio você pode pensar que a indicação de músicas com base em análises feitas pelos algoritmos são a melhor forma de se escutar algo novo, mas a experiência é diferente quando experimentamos playlists criadas por uma pessoa com base em um propósito específico. Pessoalmente senti que havia mais coerência na escolha de faixas para as listas de reproduções e isso me trouxe novamente o gosto pela prática de "escutar a boa música". A curadoria da Qobuz trouxe de volta o desejo de se ouvir cada vez mais para descobrir de qual outra forma a plataforma me surpreenderia na seleção seguinte.
E o conteúdo editorial? Para que serve?
A publicação de um conteúdo editorial no aplicativo de streaming de música serve para que o usuário descubra as histórias por traz das carreiras de artistas e bandas. Trata-se de artigos, onde o autor tenta passar como foi a trajetória da carreira dos profissionais da música, citando inclusive álbuns e faixas em meio ao texto para que você clique e escute a obra citada. Isso é útil não só para saber mais sobre aquele cantor que você admira, por exemplo, mas também descobrir outras pessoas que influenciaram na história da música e, talvez, passar a ouvir suas obras também.
No aplicativo do Qobuz, o conteúdo editorial pode ser acessado atualmente através da guia (aba) chamada "magazine", onde as publicações são divididas entre "panoramas", que são textos sobre a trajetória de artistas, e "news" (novidades). As publicações classificadas como "News" tentam passar o que está acontecendo atualmente no mundo da música, realizar análises de algum momento na história da música, fazer recomendações de bandas e álbuns, entre outros tipos de pautas.
😕 Poxa, o que podemos melhorar?
😃 Boa, seu feedback foi enviado!
✋ Você já nos enviou um feedback para este texto.