O que as seguintes coisas têm em comum: Interface gráfica, mouse, impressora a laser e conexão ethernet? A resposta pode parecer clara: Computador, mas não, a resposta correta é Xerox.
Sim, a Xerox pode ser conhecida hoje pelas suas fotocopiadoras (que ninguém chama assim e todo mundo chama de máquina de xerox mesmo tamanha sua importância), mas sem ela e sem o famoso Xerox Parc, você provavelmente estaria lendo esse texto em um dispositivo bem diferente.
Foi de lá que um nome bastante conhecido tirou algumas das ideias para os seus produtos q que ajudariam a mudar o mundo. Aliás, a resposta para a pergunta feita há pouco pode não ser "computador", mas siba que um dos primeiros protótipos de computador moderno saíram dos laboratórios da própria Xerox.
Por que a Xerox não é a dona do mundo tecnológico hoje? Confira aqui.
A Xerox e criação do Parc
Primeiramente uma breve nota: A Xerox inventou e dominou o mercado de copiadoras de papel desde 1948, ou seja, quando empresas tradicionais de tecnologia como Microsoft e Intel nem pensavam em existir; quando, na verdade, muito dos fundadores delas ainda nem pensavam em nascer.
Mas foi só com a entrada na presidência do famoso Peter McColough, em 1966, que a empresa começou a colocar o pézinho fora do ramo das copiadoras para ser mais do que apenas uma fornecedora de máquinas fotocopiadoras. Para construir um futuro diversificado dentro da tecnologia eles criaram um superlaboratório de pesquisas, em 1969, diretamente no Vale do Silício, antes mesmo dele ser O Vale do Silício. O Xerox Parc, aliás, foi considerado pela InfoWorld como um dos 12 lugares sagrados para a tecnologia.
Ao inaugurar as operações, a primeira contratação foi Robert Taylor, ex-vice-diretor da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA - órgão que é o responsável por, apenas, ter criado a internet). Na ARPA, Taylor era um nome central em uma rede de pessoas envolvidas em pesquisa avançada e sabia direitinho quem eram os visionários que a Xerox devia trazer para pensar e criar o futuro.
Assim, durante os próximos 10 anos o Xerox Parc foi sendo populado com os maiores nomes da engenharia possíveis, formando a equipe dos sonhos para qualquer empresa de desenvolvimento. Sério: nos anos 1970, ninguém tinha melhores programadores do que a Xerox. Seriam eles que nos próximos anos mudariam o mundo; ou, pelo menos, criariam as ferramentas que iriam permitir que alguém com mais visão de negócios mudasse o mundo.
Com este cenário em mente, se você fosse alguém que estivesse obcecado com o futuro da tecnologia nos anos setenta, o parque tecnológico da Xerox seria seu destino. Assim como foi para o recém cofundador de uma startup de computadores, em 1979. Seu nome era Steve Jobs - com vinte e quatro anos na época - e a desconhecida empresa era a Apple.
O Xerox Alto
No final dos anos 70 a Apple já despontava como uma das mais promissoras empresas de tecnologia dos Estados Unidos (o famosíssimo Apple II tinha sido lançado em 1977) e todo mundo no Vale do Silício queria um pedaço daquela maçã. Então Jobs - que de bobo não tinha nada - propôs um acordo: ele permitiria que a Xerox comprasse cem mil ações de sua empresa por um milhão de dólares na tão aguardada I.P.O. que aconteceria no ano seguinte se eles deixassem o pessoal da Apple entrar e ver o que estava rolando lá dentro.
A partir da proposta de Jobs, muitas discussões e negociações vieram. Ele era a raposa e a Xerox era o galinheiro. Se ele entrasse, o que ele poderia ver? O que ele não poderia ver? Jobs sabia que alguma coisa de valor estava lá dentro, o problema - para a Xerox - é que eles próprios não sabiam o valor do que tinham. Claro que alguns do Parc achavam a ideia uma loucura, mas mesmo assim a Xerox mirou nas ações e cedeu às condições de Jobs.
Em um dia histórico Steve Jobs e mais alguns colegas engenheiros da Apple tiveram uma visita guiada por Larry Tesler pelo laboratório da Xerox com direito a testes, demonstrações e perguntas ilimitadas. Tudo mudou quando, em um dado momento, eles pararam em frente a um computador pessoal premiado da Xerox chamado de Alto. Tudo naquela máquina era revolucionário.
O Alto era um famoso desconhecido. Lançado em 1973, anos antes da Apple lançar o termo computador pessoal, apenas 120 unidades do Alto I foram feitas e 2 mil unidades do Alto II (mil delas rodavam na própria Xerox e500 pertenciam a universidades). O Alto nunca chegou a ser lançado comercialmente, ao menos não até os próximos anos, como veremos no decorrer do texto. O que importa é que no momento da tour pela Xerox ele se encontrava apenas para consumo interno dos funcionários.
A primeira coisa que Tesler mostraria para Jobs e sua equipe, por exemplo, até pode parecer bobagem, mas foi fundamental para que os computadores pudessem virar um objeto de massas de verdade: O mouse. Até então os computadores eram totalmente controlados pelo teclado, linha por linha; comando por comando. Uma forma rápida e sem limites de navegar pela tela era algo inimaginável. Mas não foi "só" isso que o Alto tinha.
Tesler deu um combo de futuro em Steve Jobs e seus colegas. Além de mostrar que havia um jeito mais fácil de controlar o computador, ele mostrou que tinha um jeito mais fácil de ver o computador. Antes eram apenas linhas e comandos, agora tinha ícones e janelas. Era a primeira vez que alguém de fora do parque tecnológico da Xerox via um computador com interface gráfica. Usando o mouse, Larry Tesler levou o ponteiro até um ícone e clicou. De repente uma tela se abriu; era um novo conceito que eles chamavam de "janelas" (Windows no original, não por coincidência); os visitantes ficaram deslumbrados em como era fácil ir de uma tarefa para outra com esse sistema.
Para finalizar, Tesler escreveu algo em um moderno programa de processamento de texto (igualmente em janelas, com ícones, representações gráficas, etc.) e depois trocou mensagens com outras pessoas de dentro do Parc na primeira rede Ethernet do mundo.
Reza a lenda que Bill Atkinson, um dos maiores engenheiros que a Apple já teve estava com seu nariz quase tocando a tela do Alto em determinado momento, simplesmente não acreditando no que via. Jobs foi ainda mais impulsivo: Quando ele começou a ver as coisas que podiam ser feitas na tela, ele saiu pulando e gritando pela sala, perguntando por que a Xerox não estava fazendo nada com aquilo?
Para quem não está entendendo a "gravidade" deste momento, imagina que a Tesla (uma empresa com sucesso e promissora) entrasse no laboratório de uma outra montadora e descobrisse que eles possuem um carro voador, que não usa combustível, que tem um sistema de piloto automático que nunca erra e não permite acidentes e que atinge 500 quilômetros por hora. Isso mudaria a indústria dos carros, assim como o que a Xerox tinha estava prestes a mudar a indústria da tecnologia.
Steve Jobs roubou a Xerox?
A Xerox demoraria pra se ligar no tempo que estava perdendo e só foi vender uma versão do Alto em 1981. Além de ser lento, fraco e caro, já era tarde demais. Não demoraria muito para a companhia acabar se retirando de uma vez por todas do mercado dos computadores pessoais que eles haviam criado e entregado de bandeja à empresa de Jobs; que, por sua vez, já tinha corrido de volta à Apple e exigido que a equipe que trabalhava no próximo lançamento mudasse totalmente o rumo do que eles estavam desenvolvendo até então.
Agora que ele tinha visto o que era possível fazer Steve Jobs queria menus na tela; queria janelas; queria um mouse. O resultado? Se você já ouviu falar em Macintosh, lançado em 1984 sabe o que aconteceu. O Macintosh foi o primeiro computador de massa já criado e catapultou a Apple ao sucesso vendendo, apenas no primeiro ano, o triplo de PCs vendidos pela IBM, até então a maior vendedora de computadores do mundo. Por essas e outras que muitos historiadores digitais consideram ele como o produto mais bem-sucedido da história do Vale do Silício.
E desde então o mundo vive um dos maiores dilemas: Teria Steve Jobs roubado a Xerox? Bom, em um primeiro olhar pode parecer sim que foi um roubo, afinal, ele foi lá, viu as tecnologias e logo copiou adaptou para seus produtos, porém, se Steve Jobs não tivesse feito isso, será que a Xerox teria tido a coragem de lançar o Alto pela terceira vez e colocar o mouse, a interface gráfica e todas as outras coisas na rua? Detalhe: A Apple e Jobs não apenas copiaram o que a Xerox tinha inventado, mas também aperfeiçoaram. Coisas como lixeira na área de trabalho, barra de menus e menu suspenso, por exemplo, foram criações da empresa de Cupertino.
Ninguém discorda que a Xerox tinha a chance de ouro nas mãos, pois como disse o próprio Steve Jobs, alguns anos depois: "Se a Xerox soubesse o que tinha em mãos poderia ter sido tão grande quanto a IBM e Microsoft juntas, a maior empresa de tecnologia do mundo." Pois é, mas eles só resolveram se mexer quando viram o que Jobs e sua equipe estavam prestes a comercializar as suas ideias.
Steve Wozniak, cofundador da Apple e o verdadeiro gênio por trás da empresa resume bem o episódio. Segundo ele a Xerox tinha a tecnologia, mas era a Apple que sabia como fazer aquilo ser comercializável e barato o suficiente para mudar o mundo. O mouse inventado pela Xerox custava 300 dólares (mais de 1400 dólares em valores atuais) enquanto que o da Apple custava 15 dólares (ou 70 em valores corrigidos). Além disso a Xerox ficou com uma fortuna em ações da Apple: 1 ano após terem comprado as ações por 1 milhão de dólares as mesmas já valiam mais de 17.6 milhões, um valor que eles não conseguiriam em vendas com o Alto. Aliás, lembra do Alto que foi vendido em 1981? Ele custava mais de 16 mil dólares (quase 45 mil dólares, hoje).
Concordo com Woz e, na minha humilde opinião, não foi roubo não (e olha que eu acho Steve Jobs um dos maiores embustes do mundo tech). Mas o mais louco de tudo é que alguns anos depois o próprio Steve Jobs acusou Bill Gates de ter roubado adivinha o que? A interface gráfica. Isso mesmo.
Assim que o Windows foi lançado Steve Jobs teve a cara de pau de dizer que a Microsoft tinha roubado sua ideia. Pela lógica de Jobs, se Gates roubou da Apple, a Apple teria roubado da Xerox, não?
A resposta de Bill Gates foi brilhante: "Bem Steve, tem outra maneira de pensar sobre isso. Na minha visão nós dois temos um vizinho rico chamado Xerox. Um dia eu entro na casa dele para roubar a sua TV e descubro que você já roubou".
Os acertos e os erros da Xerox
Quem saiu mal nessa história toda foi a Xerox. Queridinha do pessoal geek até então, ao abrir suas portas para uma concorrente a empresa meio que passava o bastão para a Apple, que agora tinha tudo para despontar. Não se pode resumir a história de uma empresa a um ou dois fatos isolados, mas dá para tentar entender os pontos positivos - que levaram às inovações e aos pontos negativos que os fizeram não saber aproveitar.
Michael Hiltzik, em "Dealers of Lightning", obra sobre a história do parque da Xerox lista alguns pontos que parecem ter guiado aquela sequência de descobertas e revoluções que aconteceu na companhia. "Parecia que nenhum projeto em seu laboratório chegava ao fim. Eles estavam em constante evolução." No mesmo livro Bob Metcalfe lembra de um "ambiente perfeito" na Xerox: "Não havia hierarquia. Nós construíamos nossas próprias ferramentas. Quando precisávamos publicar documentos, construímos uma impressora. Quando precisávamos editar os documentos, construímos um computador. Quando precisávamos conectar computadores, descobrimos como conectá-los e criamos a ethernet. Nós tínhamos grandes orçamentos e, ao contrário de muitos de nossos colegas, não precisávamos dar aula para nos mantermos. Nós podíamos apenas pesquisar. Era o paraíso."
Mas o paraíso não é um bom lugar para comercializar produtos e ganhar dinheiro. "Nós construímos um computador e ele era uma coisa linda", continuou Metcalfe. "Desenvolvemos nossa linguagem de programação, nossa forma de mostrar as coisas em tela. Era um produto perfeito, mas custaria dezesseis mil dólares, e precisava custar três mil dólares."
Eles sabiam que um computador que custasse o equivalente a um carro de luxo hoje nunca seria "pessoal" de verdade. A mentalidade da Xerox, como a de todos os fabricantes de computadores da época, era a de que não existia um mercado de massas para as máquinas deste tipo. Até mesmo a IBM que liderava em número de unidades vendidas há anos tinha a consciência de que computadores eram para poucos. Computadores eram caros demais para que todo mundo tivesse em casa. E aqueles que tivessem a grana para comprar, provavelmente não comprariam, afinal computadores eram chatos e poucas pessoas sabiam como ou para que usá-los. Quem mudou esse conceito foi a Apple com seus lançamentos.
Quando a coisa estava mudando e a Xerox decidiu colocar à venda o Xerox Star já era tarde demais. Além das gigantes Apple e da IBM empresas novas como Commodore Business Machines e Tandy Corporation já haviam lançado máquinas mais acessíveis que o caríssimo Star.
Claro que o computador da Xerox com sua interface gráfica, totalmente controlado por mouse, com rede Ethernet integrada e impressora a laser opcional estava muito à frente de seu tempo, mas o preço era absurdo e as vendas, embora boas para o preço, foram insuficientes para estabelecer presença no mercado de computadores e estabelecer uma reputação para a Xerox. Desencorajada, a Xerox desistiu do mercado de computadores pessoais. Restou para outras empresas lucrar com suas inovações da Xerox - que logo se tornaram mais fáceis com a disponibilidade de memória de computador mais barata, um componente de custo crítico dos primeiros computadores baseados em GUI.
Outro grande problema do Parc era a distância. Localizados longe da sede corporativa (mais de 4800 km de distância), os pesquisadores do Parc não faziam parte da vida cotidiana da Xerox. A história da impressora a laser, uma tecnologia desenvolvida por um pesquisador do Parc, sintetiza a fraca comunicação entre o laboratório e a sede, que resultou na incapacidade da Xerox de capitalizar as inovações.
Gary Starkweather, pesquisador da Xerox em meados da década de 1960, teve a ideia de usar lasers nas copiadoras da empresa. Com um mestrado em física e outro e ótica, ele sabia que em exposições curtas, na ordem de um bilionésimo de segundo, um laser poderia substituir a fonte de luz tradicional da copiadora. Mais importante, uma copiadora a laser também pode servir como uma impressora, tirando uma imagem da tela do computador e colocando-a no papel. As impressoras de computador não mais se restringiriam a produzir texto e aproximar imagens com caracteres tipográficos padrão. Em vez disso, qualquer coisa exibida em um monitor de computador pode ser impressa.
A ideia de "o que você vê é o que você obtém" (WYSIWYG) funcionaria tanto no papel quanto no monitor. Infelizmente, naquela época, a Xerox não estava interessada em tentar inovar e melhorar uma tecnologia que já funcionava tão bem. Gary chegou a ser ameaçado de demissão se continuasse pesquisando os lasers escondido após vários e vários nãos. Após muita briga ele conseguiu, no início de 1972, apresentar um protótipo funcional - mas que a Xerox não o colocaria no mercado até 1977. A impressora a laser logo se tornou o produto mais vendido da companhia.
Em "Fumbling the Future: How Xerox Invented, Then Ignored, the First Personal Computer" (1988) os autores resumem a Xerox com uma boa frase: "era uma empresa dirigida por cegos".
Abaixo uma demonstração da interface gráfica e do uso do Xerox Star, de 1981.
O que a Xerox inventou
Desde o início do texto estamos falando que a Xerox inventou mil e uma coisas, mas ainda não citamos muitas delas. Confira agora uma lista com algumas das invenções mais importantes saídas do Parc (se você tiver curiosidade clique aqui para ler a linha do tempo feita pela própria Xerox com todas as suas principais criações).
Ao ler, tenha em mente que estamos falando dos anos 70, portanto, não esqueça do pioneirismo de inventar tal tipo de coisa em uma época em que aquilo tudo parecia loucura. E mais, muitas das coisas citadas aqui serviram como ferramentas para que outras companhias criassem seus próprios produtos revolucionários, vide MVC e Smalltalk.
Alto [1973]: Primeiro computador pessoal do mundo, lançado 4 anos antes da Apple lançar o Apple I e "inventar" a computação pessoal. Tinha conceitos revolucionários como interface gráfica, armazenamento local e mouse, mas era caríssimo. Por isso não teve sucesso.
Arquitetura MVC [1978]: Sigla para "Model - view - Controller", é um padrão de arquitetura comumente usado para desenvolver interfaces de usuário que dividem e organizam a aplicação em três partes interconectadas. O objetivo aqui é parte interna e de informações das formas como essas informações são mostradas e aceitas pelo usuário. A arquitetura MVC consegue separar esses componentes principais, permitindo a reutilização de código de maneira eficiente e o desenvolvimento paralelo.
Copiar e colar [1973]: Surgido com a primeira interface gráfica, temos que agradecer também a Xerox pela praticidade do copiar e colar.
Ethernet [1973]: Quem já fez uma rede doméstica sabe a importância da conexão ethernet. Ela conecta computadores e faz com que eles se comuniquem através do famigerado cabo azul, ou, o famoso "cabo de rede". O novo padrão de rede aumentou a velocidade e a confiabilidade das trocas de dados em redes locais.
Impressoras a Laser [1971]: Método de impressão que produz texto e gráficos de alta qualidade através de um feixe de laser. É o processo descrito no tópico anterior e que só saiu do papel após muita insistência de seu criador.
Interface gráfica [1973]: Embarcada no Alto, a primeira interface gráfica já criada reinventada o uso dos computadores e fazia com que qualquer um pudesse mexer nas máquinas. Agora não precisava mais navegar pelo teclado ou somente através de linhas de código. Era só levar o mouse até onde queria, clicar, abrir, fechar, alternar entre janelas, etc.
Mouse [1967]: O mouse não saiu de dentro do Parc, mas foi o Alto que inaugurou a tecnologia para os computadores pessoais. Criado por Douglas Engelbart alguns anos antes, foi só quando ele entrou no Xerox Parc que o mouse encontrou seu lugar.
Smalltalk [1972]: Smalltalk pode não ser famosa por nome, mas é importantíssima por seu conceito: Ela é a primeira linguagem de programação orientada a objetos já criada. Na prática a orientação a objetos permite, além da facilidade, velocidade de desenvolvimento e reaproveitamento de código que os desenvolvedores trabalhem com tudo aquilo que puderem imaginar, por mais abstrato que possa ser: som, imagem, vídeo, etc.
Superpaint [1973]: Com esse avô dos softwares gráficos de hoje foi possível gravar a primeira imagem de vídeo em um computador. Ele abriu caminho para as primeiras animações de computador e fez com que seus inventores ganhassem até um Emmy e um Oscar.
WYSIWYG: Quando os editores de texto eram linhas uniformes uma abaixo da outra surgiu o WYSIWYG, sigla para What You See Is What You Get, ou, "o que você vê é o que você obtém". Como o nome já diz, foi o primeiro editor de textos a combinar gráficos, apresentar formatações e mostrar, ainda no computador, algo próximo da versão impressa.
O Parc hoje
48 anos após sua fundação, o centro de pesquisas da Xerox continua existindo. Se você clicar aqui e acessar o site oficial deles poderá ver no que trabalham atualmente. Aliás, se você se interessar, há vagas disponíveis.
As pesquisas mais recentes incluem sensores de gás impressos, tinta auto-resfriadora, nano sensores químicos e muito mais.
Para saber mais: The New Yorker, Newsweek, Computerworld
😕 Poxa, o que podemos melhorar?
😃 Boa, seu feedback foi enviado!
✋ Você já nos enviou um feedback para este texto.