A Huawei é uma gigante da tecnologia, sediada em Shenzhen, província de Guangdong, na China. A Huawei Technologies Co. Ltd começou em 1987 como uma empresa especializada no desenvolvimento, produção e venda de produtos de PBX, uma central telefônica diretamente conectada à rede telefônica pública para gerenciar chamadas. Dois anos depois, a empresa iniciou sua própria produção e venda de PBX. Aqui vamos falar um pouco sobre a história desta que é uma das maiores fabricantes de eletrônicos da atualidade.
Atualmente a empresa é a maior da Ásia no setor de telecomunicações. Faturando mais de 13 bilhões de dólares anualmente, a Huawei é uma das empresas mais importantes do mundo, contando com um corpo de mais de 70.000 funcionários.
Seguindo a cultura chinesa, excelência e ordem são supremacia no trabalho. Poder e respeito são muito procurados na cultura chinesa, e são um símbolo de riqueza e grande conhecimento. Portanto, não é de surpreender que a Huawei esteja entre a lista das empresas mais respeitadas do mundo.
Huawei: Um começo modesto
Em 1987, Ren Zhengfei, ex-oficial do Exército de Libertação do Povo Chinês, arrecadou 21.000 RMB (cerca de US$ 5.600) e fundou a Huawei Technology Limited Company com apenas 3 funcionários, na esperança de criar uma empresa chinesa de telecomunicações que pudesse competir com concorrentes estrangeiros.
Em 1990, a empresa começou a investir em pesquisas, já tendo cerca de 500 funcionários em P&D e no desenvolvimento de equipamentos de telecomunicações de pequeno e médio porte para pequenas empresas.
Acumulando conhecimento e recursos por meio de testes e tentativas, a Huawei fez uma inovação no mercado em 1993, quando lançou seu switch de telefone digital. Ela começou a realizar instalações em áreas rurais, para depois se tornar uma das maiores empresas do mundo.
Em 1994, a Huawei lançou sua própria rede de acesso integrado HONET, e a linha de produtos SDH,um conjunto de protocolos de transmissão de dados; estabelecimento no negócio de equipamentos para transmissão de longa distância.
Em 1996, a Huawei começou a fornecer produtos básicos de telefonia para a empresa Hutchison-Whampoa de Hong Kong. E um ano depois, lança seu produto GSM (Sistema Global para Comunicações Móveis) e expande sua oferta para as tecnologias CDMA, comumente usadas em sistemas de comunicação e comunicação sem fio, fibra óptica ou cabo e UMTS, uma das tecnologias usadas pelos celulares de terceira geração, sucessora do GPRS.
A empresa chinesa continuou a crescer e, de 1998 a 2003, contratou a IBM para gerenciamento e consultoria, conseguindo uma transformação de sua estrutura na gestão e desenvolvimento de produtos. Em 2001, a Huawei aumentou sua velocidade de expansão no mercado externo.
Em 2003, uma união estratégica chamada com a 3Com começou a fabricar roteadores e switches com base no protocolo da Internet. Um ano depois, suas vendas excederam as vendas no mercado doméstico, tendo parcerias estratégicos com a Siemens para o desenvolvimento de produtos TD-SCDMA.
Em maio de 2007, a empresa se une à empresa de segurança americana Symantec para desenvolver equipamentos de armazenamento e segurança de dados para operadoras no mercado de telecomunicações.
A empresa continuou a se expandir e, exatamente um ano depois, a Optus ingressou no desenvolvimento de um centro de inovação móvel em Sydney, na Austrália, com o objetivo de acelerar a adoção da banda larga móvel e sem fio de alta velocidade.
Em março de 2009, o WiMAX Forum anunciou quatro novos membros para seu Conselho de Administração, incluindo Thomas Lee, vice-diretor do Departamento de Padrões Industriais da Huawei. Nesse mesmo ano, a Grameenphone Ltd. e a Huawei venceram o Green Mobile Award no GSMA Mobile Awards.
Problemas com os Estados Unidos
Desde 2012, o governo dos Estados Unidos acusa a Huawei de fazer espionagem para o governo chinês. A Huawei nega as acusações. Mas em agosto de 2019, o jornal The Wall Street Journal publicou que técnicos da Huawei, em pelo menos dois casos, forneceram assistência pessoal a governos africanos que espionaram oponentes políticos, por meio de interceptação de comunicações criptografadas e mídias sociais, além de rastrearem a movimentação de opositores através de dados do celular.
De acordo com a denúncia, em Zâmbia, os técnicos da Huawei ajudaram o governo a acessar os telefones e páginas do Facebook de uma equipe de blogueiros de oposição que administrava um site de notícias de oposição ao presidente Edgar Lungu.
Os funcionários da Huawei apontaram as localizações dos blogueiros, e estavam em constante contato com as unidades policiais para rastrear suas movimentações. Já em Uganda, a empresa chinesa ajudou a monitorar mídias sociais e enviar alertas aos chefes de segurança locais, caso detectassem "comunicação ofensiva".
Huawei no Brasil
A Huawei começou a operar no Brasil em 1999. Em março de 2001 anunciou primeira fábrica em Campinas, inaugurada no mês de junho.
Em maio 2012 a empresa inaugurou o centro de distribuição em Sorocaba, com um investimento de R$ 123 milhões. Em outubro de 2012, a Huawei lançou a tecnologia 4G junto com a Claro e a Oi, tornando-se líder de mercado em modem de internet móvel no país.
Em agosto de 2013 a Huawei anunciou fabricação de smartphones junto à Compal Electronics, em Jundiaí (SP).
Os pontos fortes da Huawei
Qualidade inegável
No que diz respeito à qualidade de seus produtos, poucas reclamações podem ser feitas contra a Huawei. Além disso, os usuários geralmente estão muito satisfeitos com os produtos, é muito difícil encontrar comentários de consumidores insatisfeitos. Os smartphones Huawei são tão fortes que podem ser a prova de balas. Não, isso não é uma piada.
Desde o design do protótipo à pesquisa e desenvolvimento, passando pela compra de matérias-primas, fabricação ou até testes, a Huawei é conhecida por colocar a qualidade de seus produtos na vanguarda de sua estratégia de desenvolvimento. Além disso, a marca implementa mais padrões internacionais do que os padrões obrigatórios na Europa ou nos EUA. O que garante que os produtos não se tornem obsoletos tão cedo.
Vanguarda na inovação
A marca chinesa compete atualmente com as melhores fabricantes do mundo, pois equipa seus smartphones com seu próprio processador: o Kirin. Às vezes, muito sofisticado em seus smartphones mais caros e, às vezes, menos potente em smartphones de nível intermediário, permitindo uma fluidez muito apreciável.
O departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Huawei emprega cerca de 70.000 pessoas em todo o mundo, e tem mais de quinze centros espalhados por todo o mundo (Alemanha, Suécia, EUA, França, Itália, Rússia, Índia, China).
Os campos de investimento em pesquisa e desenvolvimento mais importantes da Huawei são: principais tecnologias, arquiteturas, padrões em TIC. E, como prova, a Huawei tem sido uma das empresas que mais solicita patentes à OMPI nos últimos anos.
Pontos fracos
Preço alto
Basicamente, a ideia da Huawei era de se livrar da publicidade para diminuir o preço de seus dispositivos e oferecer produtos de alta qualidade mais baratos que seus concorrentes. Reconhecidos por sua qualidade fotográfica, os produtos da marca agora são pouco mais baratos que seus concorrentes Samsung e Apple.
No entanto, todos sabemos que o preço nem sempre é uma garantia de qualidade. Esse aumento de preço é realmente justificável? Para competir com as grandes marcas, você deve aumentar o preço de seus produtos? Infelizmente, as empresas sempre acabam se alinhando com preços excessivos. Provavelmente também é por isso que a marca decidiu desenvolver a Honor, uma subsidiária paralela que oferece smartphones a preços mais acessíveis.
Algumas críticas e controvérsias
Como a maioria das grandes marcas, a Huawei sofreu críticas e provocou polêmica. Há alguns anos, a marca chinesa foi acusada de estar intimamente ligada ao regime de Pequim (seu fundador é um ex-coronel do exército) e de fornecer informações à China.
E isso provocou reações claras em vários mercados ocidentais. Vítimas dessas acusações, vários países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) também recusaram o desenvolvimento do 5G pela Huawei por causa do risco de espionagem que ele poderia representar.
Mais recentemente, a marca teve muitos problemas com os Estados Unidos, e foi considerada como uma empresa em risco para a segurança nacional pelo governo Trump. Essas acusações questionaram a associação do Google e da Huawei, e puseram em risco o sistema operacional dos smartphones.
Por fim, essas controvérsias às vezes podem ter impacto sobre produtos e consumidores. Portanto, é melhor, antes de investir em um dispositivo Huawei, garantir que a marca não esteja sujeita a nenhuma restrição.
Serviço pós-venda e garantia
Sobre garantia, a Huawei segue o padrão. Os produtos da marca estão cobertos por uma garantia obrigatória do fabricante de 2 anos a partir da data da compra. Em caso de problema, a Huawei pode ser acessada pela Internet, por telefone ou mesmo por aplicativo, já que a marca criou um aplicativo de serviço remoto móvel. Essa manipulação também é recomendada antes de entrar em contato com o suporte por telefone.
Desejando superar a Samsung e a Apple em pouco tempo, a Huawei procura melhorar o contato com seus clientes e deseja oferecer uma experiência premium a seus clientes fiéis. Mas apensar disso, os consumidores parecem muito insatisfeitos com o serviço de pós-venda da marca.
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