A escassez de semicondutores foi identificada no ano passado e afetou diretamente as principais fabricantes de aparelhos eletrônicos, seja smartphones, computadores ou consoles. A baixa disponibilidade dos chips está impactando a produção das grandes fabricantes, que estocaram os componentes visando manter o mesmo ritmo da fabricação, atitude que levou a um déficit ainda maior na disponibilizade das peças.
Nesta semana alguns executivos da Huawei acusaram a gestão da Casa Branca de serem os responsáveis pela escassez dos semicondutores. Em fevereiro o governo dos Estados Unidos anunciou a criação de um plano que visa buscar formas de encerrar a crise tecnológica em até 100 dias.
Huawei vs EUA
A saída do governo Trump não resultou em uma negociação facilitada entre a fabricante chinesa e os Estados Unidos, visto que o atual presidente Joe Biden segue mantendo várias sanções comerciais contra a Huawei, que vem trabalhando para reduzir sua dependência das empresas estadunidenses. O embate comercial gerou uma escassez nunca vista antes no mercado de componentes eletrônicos, fazendo com que outras fabricantes tivessem a produção de seus aparelhos afetada pela falta de semicondutores.
Segundo a Huawei, o ponto de partida foram as sanções americanas que provocaram o pânico na compra de componentes e chips, desestabilizando o mercado e introduzindo a lei da oferta e demanda, subindo o preço dos produtos devido a quantidade limitada de componentes à disposição.
O CEO da Huawei, Eric Xu, disse em um discurso na cúpula de analistas que as empresas não haviam procurado anteriormente estocar chips. Porém, atualmente muitos fabricantes preferem estocar uma grande quantidade para garantir a produção, criando um estoque com 3 a 6 meses de antecedência. Tudo isso acabou interrompendo o trabalho bem coordenado da cadeia de suprimentos; os fabricantes de componentes simplesmente não conseguem acompanhar a demanda de empresas como a Qualcomm, Huawei, Samsung, Xiaomi, etc.
Segundo o principal gerente da Huawei, são os Estados Unidos os responsáveis pelo início da crise econômica global, que ao aplicarem as sanções comerciais destruíram as parcerias e a confiança que existiam na cadeia de fornecimento de chips.
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Patente para bateria de íon-Lítio
A empresa divulgou nesta quarta-feira (14) uma patente (número de publicação CN112645300A) que informa o desenvolvimento de uma bateria de 'Íon-Lítio' que utiliza um processo de preparação com ânodo de carbono duro. Por enquanto ainda não há mais informações sobre o status de desenvolvimento dessa tecnologia e em quais aparelhos será utilizada.