A Huawei está planejando licenciar seus projetos com terceiros para driblar a lei recém-sancionada na semana passada por Biden, atual presidente dos EUA. A fabricante chinesa de celulares pretende obter a licença do design de seus aparelhos para terceiros para assim obter o acesso a componentes essenciais. A informação veio através do site Bloomberg, onde é dito que a companhia pretende se utilizar de outros para comprar peças proibidas para empresas de telecomunicações de nacionalidade chinesa.
Uma empresa conhecida como Xnova está vendendo celulares "Nova" com a marca Huawei em seu site de vendas. Além desta companhia, a fabricante TD Tech Ltd também irá vender alguns smartphones com design da Huawei, segundo fontes do Bloomberg. Mas não são somente estes terceiros que a Huawei pretende fazer parcerias.
Huawei tenta contornar sanções impostas pelos EUA
Uma unidade da estatal China Postal and Telecommunications Appliances, mais conhecida como PTAC, também irá comprar peças proibidas pelo órgão regulador dos EUA, FCC, responsável pelas telecomunicações no país. Com esta mudança de estratégia, a Huawei espera salvar seu negócio mesmo com as sanções aplicadas recentemente. Com a nova lei, a empresa ficou sem o acesso à importante fabricante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., além dos apps Android do Google e modems 5G da Qualcomm.
Para que a Honor, submarca da Huawei, sobrevivesse, a empresa foi obrigada a vendê-la para um consórcio administrado por uma empresa estatal em Shenzhen em 2020. Com isso, a Honor se livrou das sanções dos EUA e agora consegue comprar componentes de fornecedores norte-americanos como, por exemplo, a Qualcomm.
Huawei desenvolve chipsets e sistema operacional próprios
Há um certo tempo, a Huawei chegou a iniciar o desenvolvimento de chips SoC baseados nos processadores da Qualcomm e MediaTek através de sua empresa HiSilicon. Obtendo um chipset próprio, a empresa pretende vender mais de 30 milhões de celulares com o processador em 2022.
Além dos novos suprimentos para smartphones, a empresa precisou desenvolver o HarmonyOS, sistema operacional que já é utilizado em todos os recentes lançamentos da empresa, já que a empresa não pode utilizar o Android da Google.