A União Europeia está analisando a possibilidade de eliminar a isenção de impostos para compras internacionais de até 150 euros, seguindo o exemplo do Brasil. Se implementada, a medida afetará diretamente plataformas chinesas populares como AliExpress, Shein e Temu. No Brasil a isenção era para compras de até US$ 50, mas a partir de agosto elas também serão taxadas em 20%.

União Europeia considera o fim da isenção para importações

De acordo com informações do Financial Times, a Comissão Europeia está avaliando a eliminação da atual isenção para compras abaixo de 150 euros (aproximadamente R$ 916). A ideia é taxar essas mercadorias com uma alíquota padrão, ainda a ser definida, com o objetivo de "desestimular" esse tipo de transação.

Fontes próximas às negociações afirmam que as plataformas chinesas têm "testado os limites aduaneiros" dos países da União Europeia. O volume crescente de mercadorias que entram na região dentro da faixa de isenção tem gerado preocupações entre varejistas e industriais europeus, que sentem a concorrência desleal dos produtos importados.

Assim como ocorreu no Brasil, empresários locais da União Europeia estão pressionando por uma mudança nas regras de importação. Eles argumentam que a isenção atual favorece produtos estrangeiros de baixo valor, prejudicando o comércio local.

O que o AliExpress e Shein dizem?

Até o momento, a Comissão Europeia não fez comentários oficiais sobre a possível mudança. AliExpress e Temu também não se pronunciaram. A Shein, por sua vez, emitiu um comunicado expressando apoio aos esforços dos legisladores para reformar a legislação de minimis, que regula as importações de pequeno valor.

Outro país que está considerando algo parecido ao que já aconteceu no Brasil é os Estados Unidos. Empresários locais estão pressionando o governo a barrar produtos chineses no país.

Se a União Europeia decidir seguir em frente com a eliminação da isenção, todas as compras internacionais feitas em plataformas como AliExpress, Shein e Temu poderão ser taxadas.