Os Correios enfrentam uma crise financeira sem precedentes. A estatal registrou um prejuízo de R$ 2 bilhões nos primeiros nove meses de 2024, valor que contrasta com os R$ 824 milhões negativos do mesmo período de 2023. Um dos fatores que agrava a situação é justamente o fim da isenção de impostos para importações de até US$ 50, medida que ficou conhecida como a "taxa das blusinhas".
Resumo do que você precisa saber:
- Correios acumulam prejuízo recorde de R$ 2 bilhões em 2024, triplicando as perdas do ano anterior.
- O fim da isenção fiscal para compras de até US$ 50 reduziu drasticamente o volume de importações internacionais.
- A receita da estatal com operações internacionais caiu de R$ 3,3 bilhões para R$ 3,1 bilhões em nove meses.
Brasileiros pararam de importar e Correios é impactado
A nova tributação passou a valer em agosto e já trouxe impactos visíveis. Primeiro, é nítido que os brasileiros pararam de comprar em plataformas internacionais como Shein e AliExpress , o que resultou em uma queda de 40% nas importações.
Com isso, o faturamento dos Correios com operações internacionais (cross border) entre julho e setembro caiu de R$ 1,3 bilhão, em 2023, para pouco mais de R$ 1 bilhão no mesmo período deste ano. A redução no volume de encomendas não apenas diminuiu a receita, mas também afetou a logística e a eficiência operacional da empresa.
Na prática, a medida implementada pelo governo Lula para aumentar a arrecadação tributária, acabou desmotivando os brasileiros a realizarem compras em sites internacionais. Produtos que antes eram acessíveis ficaram mais caros, e consumidores passaram a buscar alternativas no mercado interno, reduzindo a demanda por serviços de entrega.
Agora, os Correios buscam novas estratégias para manter sua relevância e superar a queda no faturamento, mas o cenário sugere que, sem mudanças significativas, os números negativos podem persistir.
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