Nesta terça-feira (3), os Correios divulgaram uma explicação detalhada sobre os fatores que levaram ao prejuízo acumulado de R$ 2 bilhões neste ano. Dentre os motivos, assim como divulgamos na semana passada, está a redução do volume de importações internacionais, confirmando a influência do Programa Remessa Conforme e da nova tributação de compras de até US$ 50, conhecida como "taxa das blusinhas".

Os motivos do prejuízo

Em um esclarecimento oficial, a empresa listou todas as causas que contribuíram para o prejuízo bilionário. Além da queda das encomendas importadas, esses são os principais motivos:

  • Passivo herdado: Um prejuízo de R$ 1 bilhão foi deixado pela gestão anterior.
  • Ausência de reajustes tarifários: As tarifas estão defasadas há cinco anos, prejudicando a capacidade de acompanhar os custos operacionais.
  • Sucateamento estrutural: Gestões anteriores reduziram agências, cortaram investimentos e retiraram direitos trabalhistas, dificultando a modernização da estatal.
  • Dívidas adiadas: Planos de previdência e ações judiciais foram postergados, sobrecarregando a administração atual.

O que fazer?

Como explicamos aqui no Oficina da Net, a nova tributação desmotivou compras em sites como Shein, Shopee e AliExpress. Segundo os Correios, isso causou uma queda de 40% nas importações e impactou diretamente o faturamento. Entre julho e setembro de 2023, a receita internacional foi de R$ 1,3 bilhão; em 2024, caiu para R$ 1 bilhão no mesmo período.

Apesar desses desafios, os Correios já estão colocando em prática um plano robusto de recuperação. A estatal está diversificando suas atividades com a entrada em mercados como seguros, conectividade e logística para saúde, ampliando suas áreas de atuação. Além disso, mantém iniciativas sociais, como os programas "CEP para Todos" e "Correios Comunidade", que já beneficiaram mais de 1 milhão de pessoas, incluindo comunidades vulneráveis.

O foco também está na modernização, investindo em tecnologia e eficiência para melhorar o atendimento e ampliar sua relevância no mercado.

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