Comprar na Shein, Shopee ou qualquer outro site internacional vai pesar muito mais no bolso a partir de 2025. Isso porque a partir de 1º de abril, entra em vigor o novo aumento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que vai somar com o Imposto de Importação e elevar a tributação total para 100% do valor do produto. Na prática, um item importado pode custar o dobro do preço original.
Resumo do que você precisa saber ⏳
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ICMS sobe de 17% para 20% a partir de abril de 2025 em compras internacionais.
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Somado ao Imposto de Importação, a taxa total chega a 100%.
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Produtos que hoje custam R$ 600 podem sair por R$ 1.200.
Como o imposto vai impactar suas compras?
O ICMS é um imposto estadual e atualmente está em 17%. A partir de abril de 2025, ele sobe para 20%, mas o impacto é maior do que parece. Isso acontece porque o imposto é calculado "por dentro" e é somado ao Imposto de Importação, que já é alto. Até junho deste ano, produtos de menos de US$ 50 estavam isentos de impostos de importação, mas depois da Câmara votar e o presidente Lula aprovar a mudança, todas as compras importadas são taxadas.
Agora, os impostos funcionam assim:
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Para compras de até US$ 50, o Imposto de Importação é de 20%.
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Para valores acima disso, o imposto é de 60%.
Assim, a nova regra faz com que um produto que hoje sai por R$ 1.156, com impostos, passe a custar R$ 1.200. Em resumo, um aumento que pode bater 100% do valor original.
Quem paga a conta?
A decisão, anunciada pelo Comsefaz (Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda), argumenta que o aumento do ICMS vai proteger o comércio nacional. Mas, para especialistas, o impacto será maior para os consumidores das classes C, D e E, que dependem de produtos acessíveis de sites como Shopee e Shein.
Uma pesquisa da Plano CDE mostrou que 46% das famílias de baixa renda não conseguem substituir produtos importados por opções nacionais. Ou seja, o aumento dos impostos não vai levar necessariamente à compra de itens brasileiros, apenas vai restringir o acesso a produtos mais baratos.
Shein e outras plataformas podem sair do Brasil?
Empresas como Shein e Shopee podem repensar suas atividades no Brasil por conta da complexidade dos impostos. Segundo Diego Zacarias, diretor da Contabilizei, o aumento do ICMS pode desestimular as plataformas, que hoje recolhem o imposto no momento da compra.
Em nota, as empresas lamentaram a decisão, dizendo que ela afeta principalmente as populações mais vulneráveis, que representam 88% dos seus clientes no Brasil. A alta do ICMS também prejudica pequenos comércios que dependem de insumos importados para manter seus estoques. Com os custos mais altos, a tendência é de repassar os aumentos para o consumidor final, o que pode impactar toda a cadeia econômica.
Afinal, esse aumento beneficia quem?
Apesar do argumento de proteger a indústria nacional, especialistas apontam que o verdadeiro beneficiário serão os estados e municípios, que arrecadam mais com o ICMS. Para muitos, o governo deveria reduzir a carga tributária das empresas brasileiras, e não penalizar ainda mais os consumidores.
Então, prepare-se: comprar aquele produto importado vai custar bem mais caro em 2025. O aumento pode ser pesado no bolso, principalmente para quem não tem opções nacionais para substituir o que precisa.
Com informações de Gazeta do Povo.
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