A Shein, gigante do fast fashion online, está enfrentando dificuldades no Brasil após a implementação da chamada "taxa das blusinhas" pelo governo Lula. Uma pesquisa recente do banco de investimento UBS BB revelou que a empresa perdeu terreno para concorrentes tradicionais como C&A e Renner nos critérios de decisão de compra dos consumidores.

R E S U M O

  1. Impacto da taxa: Nova tributação de 20% sobre compras internacionais abaixo de US$ 50 afetou negativamente a Shein.​
  2. Crescimento das concorrentes: C&A e Renner ganharam espaço nas preferências dos consumidores brasileiros.​
  3. Mudança no mercado: Consumidores estão optando por varejistas nacionais devido ao aumento de preços em compras internacionais.​

Shein perde espaço no Brasil após "taxa das blusinhas"

A pesquisa avaliou 15 quesitos que influenciam a intenção de compra, desde preços até políticas de troca. Embora a Shein ainda lidere na média geral, sua pontuação caiu de 44,6% para 40% em um ano. Enquanto isso, a C&A aumentou de 34,4% para 36%, e a Renner de 33,3% para 34%.

Essa mudança ocorreu após a revisão das regras de tributação para produtos importados no Brasil, em agosto de 2024. Compras internacionais abaixo de US$ 50 passaram a ter um imposto de importação de 20%, além do ICMS de 20%. Com esse acréscimo nos impostos, naturalmente os brasileiros pararam de considerar a compra em sites e aplicativos chineses, já que o custo-benefício diminuiu drasticamente. Prova disso é que em um levantamento realizado em novembro do ano passado, as importações já tinha caído 40% no Brasil.

Na época, Shein e AliExpress se manifestaram sobre a taxação e disseram que as mudanças "prejudicam apenas os mais pobres". Apesar disso, a marca Shein ainda é a principal marca do segmento, com um market-share que passou de 45% em 2021 para 84% atualmente. Paralelamente, plataformas de e-commerce especializadas, como Privalia, Dafiti e Zattini, também registraram queda na percepção dos consumidores. ​

No segmento de vestuário premium, marcas como Farm e Reserva se destacaram como líderes, indicando uma possível mudança nas preferências dos consumidores brasileiros. ​

Além da Shein, os próprios Correios anunciaram um prejuízo bilionário depois da implementação da "taxa das blusinhas". Para contornar a situação, a estatal pretende lançar em breve seu próprio e-commerce.

E você, continua importando mesmo com a "taxa das blusinhas"? Deixe seu comentário!

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