Na segunda-feira (08), o presidente-executivo da Intel, Brian Krzanich, informou que as falhas encontradas nos processadores não foram exploradas pelos hackers. O executivo subiu ao palco da principal feira de tecnologia do mundo que está acontecendo em Las Vegas, nos Estados Unidos, a CES 2018, para falar sobre o poder de processamento dos bilhões de gigabytes gerados pelos diversos serviços conectados que existem atualmente.
Até agora, não recebemos nenhuma informação de que esses 'exploits' foram usados para obter dados de consumidores.No entanto, antes de focar no assunto principal, o CEO esclareceu algumas questões referentes aos problemas massivos detectados nos chips da Intel, assim como de outras fabricantes, como a ARM e AMD. As falhas identificadas como Meltdown e Spectre podem ser utilizadas por programas maliciosos para captação de dados de usuários, além de outras informações sensíveis do sistema. Vale salientar que os chips estão presentes em bilhões de aparelhos espalhados pelo mundo todo, o que poderia originar um verdadeiro caos através de roubo de informações.
Durante a sua apresentação na CES 2018, o CEO afirmou "Até agora, não recebemos nenhuma informação de que esses 'exploits' foram usados para obter dados de consumidores".
O executivo também ressaltou que algumas companhias já disponibilizaram soluções, como é o caso da Microsoft, Apple e Google. Contudo, como o problema é originário do processador é bem provável que uma atualização de software consiga apenas contornar a lacuna de segurança do componente físico do computados, o que não resolve o problema.
A correção, de acordo com Krzanich, somente será efetuada com a troca do chip atual por um novo. A Intel estaria trabalhando em conjunto com outros fabricantes de processador para solucionar tanto a Meltdown quanto a Spectre. O CEO da Intel completou dizendo "A segurança é o trabalho número um para a Intel".
Vídeos volumétricos
Ainda na sua apresentação, Krzanich explicou o motivo pelo qual a Intel estaria se repaginando como uma companhia especializada em tratar dados. Para explicar, ele fez uma comparação dos dados gerados a partir dos serviços conectados com combustíveis fosseis, no início do século XX, que foram capazes de abastecer os automóveis criados na época, marcando uma verdadeira revolução no segmento.
Atualmente, a maior parte das atividades cotidianas são acompanhadas por algums aparelho conectado, isso faz com que essas informações originadas pelos aparelhos acabem revelando muito sobre as pessoas. O CEO da Intel reforçou "Dados mostram como a gente se diverte, trabalha, estuda e até como nós praticamos esportes."
Com isso, ele acredita que até o ano de 2020, cada cidadão no mundo conectado deve gerar aproximadamente 1,5 Gigabyte por dia. Com isso, a forma como as companhias irão analisar estes dados é que será determinante para o futuro das mesmas, afirmou o executivo.
Além destas informações, ele aproveitou para comunicar que a Intel está desenvolvendo novas maneiras de processar dados, em que uma delas é a produção de vídeos por intermédio de "vídeos volumétricos", ou seja, imagens que são compostas por elementos que dispensam o pixel, conhecido como "voxel", um pixel tridimensional.
A captação do voxel é feita através de câmeras especiais, capazes de filmar com abertura entre 180º e 360º, a produção do "voxel" ocorre por uma série de algoritmos. Com isso, é possível obter cenas da perspectiva de qualquer personagem que faça parte de determinada cena.
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