Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, o IEEE — maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para o bem da humanidade — destaca os avanços do setor com o uso da inteligência artificial (IA) no campo da saúde. A tecnologia vem transformando os serviços de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), acelerando a entrega de exames e reduzindo filas.

R E S U M O

  1. Novidade: IA está sendo implementada no SUS para agilizar resultados de exames.​
  2. O que está acontecendo: Hospitais públicos adotam tecnologias que reduzem o tempo de diagnóstico.​
  3. O que muda: Pacientes recebem atendimento mais rápido e eficaz, melhorando a qualidade da saúde pública.​

Como a IA tem ajudado o SUS a reduzir a fila de espera?

No Hospital da Mulher de Feira de Santana, na Bahia, um projeto liderado pela professora Cristiane Agra Pimentel, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), utilizou IA e gêmeos digitais para reduzir em 58% o tempo de entrega de laudos de exames laboratoriais urgentes. Essa melhoria contribuiu significativamente para a diminuição da mortalidade infantil na unidade.​

No Espírito Santo, o Hospital Estadual Central incorporou IA para acelerar o diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em emergências. A tecnologia auxilia na interpretação de tomografias, permitindo decisões médicas mais rápidas e precisas.

Outra iniciativa é a RedCheck, uma solução que utiliza IA e visão computacional para analisar exames oftalmológicos. Com ela, o prazo de entrega de laudos caiu de 168 horas para, no máximo, 24 horas, com maior precisão e a um custo inferior ao da tabela do SUS.

RedCheck é uma solução que utiliza IA e visão computacional para analisar exames oftalmológicos. Imagem: Reprodução
RedCheck é uma solução que utiliza IA e visão computacional para analisar exames oftalmológicos. Imagem: Reprodução

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Microsoft e a Novartis, desenvolveu o AI4Leprosy, um assistente de diagnóstico baseado em IA que ajuda a identificar casos suspeitos de hanseníase. A ferramenta analisa fotos de lesões na pele e dados clínicos, indicando a probabilidade da doença com mais de 90% de acerto.

É verdade que a IA na saúde pública do Brasil ainda enfrenta grandes desafios, especialmente a necessidade de infraestrutura adequada e treinamento de profissionais. No entanto, mesmo com essas limitações, a forma como a tecnologia tem sido utillizada tem beneficiado muitas pessoas, oferecendo diagnósticos mais rápidos e precisos, redução de custos e melhoria no atendimento ao paciente.​

E você, o que acha da implementação da IA no SUS? Deixe seu comentário!