A Starlink, serviço de internet via satélite da empresa de Elon Musk, ajustou recentemente os valores de suas mensalidades no Brasil. O aumento ocorreu em meio a uma disputa judicial entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o X (antigo Twitter), também de propriedade de Musk, embora a multa aplicada ao Twitter não tenha sido o motivo direto desse reajuste. Na semana passada a Starlink ganhou um novo concorrente no Brasil.

Starlink fica quase 11% mais cara no Brasil

De acordo com a Folha de São Paulo, a Starlink decidiu alterar o valor cobrado dos clientes brasileiros após trocar a empresa responsável pela cobrança das assinaturas, que agora é sediada em Dublin, na Irlanda. A mudança gerou impacto nos preços, que aumentaram consideravelmente.

Para o plano residencial, o valor mensal subiu de R$ 235 para R$ 257 — um aumento de 9,36%. Já o plano móvel, que é voltado para quem usa a internet em veículos ou em locais com deslocamento frequente, passou de R$ 550 para R$ 610 — o equivalente a 10,91% de aumento. Esses valores refletem um aumento que deixou muitos consumidores preocupados com a acessibilidade do serviço.

O impacto do dólar e outros custos

Além da mudança no faturamento, outro fator que pesou para o aumento das mensalidades foi a alta do dólar, que influencia diretamente nos custos dos serviços importados. Atualmente, os planos da Starlink partem de R$ 184 para o plano residencial e R$ 450 no plano móvel, sem considerar taxas e impostos.

Outro gasto significativo para os clientes é o kit de recepção de sinal, necessário para usar a internet via satélite. Apesar de estar disponível por um valor promocional de R$ 1.000, o equipamento tem o preço original de R$ 2.400. Esse custo extra torna a adesão ao serviço um investimento elevado, especialmente em tempos de incertezas econômicas.

Além da mensalidade, clientes tem que arcar com o custo dos equipamentos. Imagem: Starlink/Reprodução
Além da mensalidade, clientes tem que arcar com o custo dos equipamentos. Imagem: Starlink/Reprodução

Falta de comunicação e impacto no consumidor

Um ponto de frustração entre os clientes da Starlink é a falta de notificação prévia sobre o aumento dos preços. Muitos afirmam que não foram informados sobre as mudanças, o que gerou surpresa quando viram os novos valores nas faturas.

Entretanto, o contrato da Starlink já prevê que os usuários devem arcar com custos adicionais, como taxas governamentais, direitos de passagem, licenças e outros tributos. Isso significa que qualquer ajuste que a empresa considere necessário, incluindo esses fatores, pode impactar o bolso dos consumidores.

Situação judicial e congelamento de contas

Outro complicador para a Starlink no Brasil é o embate com a Justiça. As contas bancárias da Pacaembu Serviços, empresa que representa a Starlink no país, estão congeladas desde o fim de agosto. Isso se deve a uma relação de propriedade cruzada com o X (Twitter), que foi bloqueado no Brasil por descumprir ordens do STF. A Pacaembu não se pronunciou sobre o aumento de preços ou o bloqueio das contas até o momento.

O que esperar?

Com esses reajustes, o serviço da Starlink, que prometia uma alternativa de internet de alta qualidade em áreas remotas, está se tornando cada vez mais caro no Brasil. Para os usuários, o momento é de avaliar se o custo-benefício ainda vale a pena diante dos aumentos, que não têm previsão de serem revertidos.

A situação pode mudar nos próximos meses, mas, por enquanto, os consumidores brasileiros devem estar atentos às novas condições e ao impacto dos ajustes no orçamento familiar.

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