O analista Ming-Chi Kuo compartilhou suas observações sobre a demanda inicial pelos iPhones 15, que começaram a ser pré-vendidos recentemente em alguns países. Ele destacou que o iPhone 15 Pro Max está experimentando uma demanda robusta, superando o interesse pelo iPhone 14 Pro Max do ano anterior. No entanto, o iPhone 15 Pro está atraindo menos consumidores do que seu antecessor direto devido ao maior interesse no modelo Max, que oferece recursos avançados, incluindo zoom óptico de 5x.
A forte demanda pelo iPhone 15 Pro Max não é a única razão para as previsões de envio serem adiadas para o final de outubro ou início de novembro em muitas configurações. Kuo explicou que o modelo mais caro entrou em produção em massa depois dos outros, resultando em oferta inicial limitada. Além disso, houveram problemas na linha de fabricação do iPhone 15 Pro Max.
Impacto das Políticas na China
Quanto às preocupações sobre as políticas chinesas, Kuo expressou que a suposta proibição do governo chinês em relação aos iPhones não deve afetar significativamente a Apple. Ele afirmou que funcionários públicos e empresas estatais não são os principais clientes do iPhone na China e que isso teria sido uma decisão isolada de organizações governamentais específicas. Portanto, o impacto desses grupos nas vendas não deve ser significativo.
Kuo também mencionou a possibilidade de a volta da Huawei ao mercado afetar as vendas dos novos modelos, mas a data e magnitude dessa influência ainda não estão claras. No entanto, ele observou que a demanda na pré-venda dos iPhones 15 na China não foi afetada pelo recente lançamento da fabricante chinesa, pelo menos inicialmente.
Previsões de vendas e preço médio de venda
No geral, Ming-Chi Kuo prevê que a Apple comercializará 80 milhões de unidades dos iPhones 15 este ano, indicando uma expectativa positiva de vendas. Além disso, o analista Daniel Ives, da Wedbush, compartilhou sua visão sobre as vendas iniciais dos iPhones 15, destacando que a demanda está superando as estimativas iniciais em cerca de 10-12%. Ele concordou com Kuo em relação à forte demanda pelo iPhone 15 Pro Max em várias regiões, prevendo um aumento no preço médio de venda para cerca de US$925, representando um aumento de aproximadamente US$100 nos últimos 12 meses. No Brasil o iPhone 15 chegou mais barato que o iPhone 14.
Investimento da FOXCONN na Índia
Em uma notícia relacionada, a Foxconn anunciou um investimento significativo na Índia. A empresa taiwanesa planeja investir mais de US$600 milhões no país, abrangendo um projeto de fabricação de telefones e uma instalação de equipamentos semicondutores. Este movimento visa diversificar as operações da Foxconn, que é conhecida por montar iPhones, tanto geograficamente quanto em seu portfólio de produtos. O projeto de telefones criará oportunidades de emprego para 12.000 pessoas, enquanto a instalação de semicondutores empregará 1.000 pessoas.
A Foxconn é a maior parceira da Apple no mundo e é responsável pela produção dos iPhones. Atualmente, a Foxconn possui duas fábricas na Índia dedicadas à Apple. A empresa agora está dobrando sua força de trabalho na Índia como parte de seus programas de expansão.
A Foxconn tem produzido iPhones na Índia há quase cinco anos. A Foxconn agora está buscando expandir suas plantas de produção na Índia. A empresa confirmou que aumentará sua força de trabalho para ampliar sua capacidade de fabricação. Essa iniciativa faz parte da visão de longo prazo da Apple de reduzir sua dependência da China para a produção de iPhones e outros produtos.
A Apple é atualmente a maior cliente da Foxconn na Índia. A parceria entre Foxconn e Apple na Índia tem contribuído com mais de 5% da produção global de iPhones. Com o aumento constante da demanda por iPhones e os problemas da Apple com a China, a Foxconn está buscando uma expansão rápida na Índia.
Tática da escassez?
A estratégia de escassez é frequentemente usada por empresas, incluindo a Apple, como uma tática de marketing para aumentar a demanda por seus produtos. Quando um produto é lançado com disponibilidade limitada, isso pode criar um senso de urgência e exclusividade, incentivando os consumidores a comprá-lo rapidamente antes que estoques esgotem. Isso muitas vezes leva a um aumento na procura inicial.
No caso da Apple, a empresa tem historicamente lançado novos produtos, como iPhones, com quantidades limitadas disponíveis nas primeiras semanas de lançamento. Isso gera filas e uma grande cobertura midiática, aumentando ainda mais o interesse em torno do produto.
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