Na terça-feira, 19/11, a LG realizou um evento workshop chamado de LAB Tech, voltado para suas televisões e destacando sua tecnologia OLED. No momento, a LG é a maior fabricante e vendedora de televisões OLED, porém, a Samsung ainda é a maior produtora de telas OLED presentes em muitos de seus smartphones.
O evento focou principalmente em explicar as diferenças entre as tecnologias por trás das televisões, contando com desmontes ao vivo de televisões com tecnologias de imagem distintas, focando no diferencial que televisores OLED trazem. Entenda agora como funcionam essas tecnologias e suas diferenças:
UHD:
A primeira televisão apresentada foi um televisor 4K, com um painel frontal LCD. Esse tipo de televisor possui uma caixa metálica traseira onde há lâmpadas luminosas que fornecem toda a luz ao painel LCD. Entre os dois componentes, há diversos filtros de diferentes matérias e funções. Filtros de cor, luz e contraste, por exemplo. A luz traseira já filtrada chega ao painel LCD que recebe a projeção e então define com o sistema que cores serão mostradas e onde. Nessa tecnologia, percebemos algumas coisas como o preto da tela não ser exatamente escuro, mas um preto luminoso que chega ao cinza. Isso ocorre porque a refração traseira da luz se estende por todo o painel, mesmo quando determinada região deveria ser preta, ou seja, o preto ainda é emitido por luz. Ao sair da frente do monitor, também percebemos diferenças de luminosidade dependendo da angulação que enxergamos a tela, assim, lateralmente não podemos ver a imagem com perfeição.
Quantum Dot e Nanocell:
Já a tecnologia Quantum Dot e Nanocell, apresentadas em seguida pelo desmonte da LG, representam um avanço no quesito da cor preta emitida. As lâmpadas traseiras se tornam mais numerosas e agora acendem gradualmente somente em regiões que necessitam de luz. Assim, uma imagem clara e central na tela rodeada pelo preto acenderiam somente as lâmpadas centrais do painel traseiro, tornando o preto mais puro, porém, ainda com alguma refração de luz, uma vez que a imagem central é ainda rodeada por um preto luminoso e acinzentado, para somente se tornar o preto similar à tela desligada do aparelho de maneira gradual.
Uma dessas camadas, porém, é a Quantum Dot, que usa nanocristais aplicados em uma película, capazes de absorver luz de diferentes cores, de acordo com seu tamanho. Além desse diferencial, o funcionamento da televisão é exatamente igual à tecnologia anterior. Ou seja, projeção de luz através de filtros (que podem ter camadas a mais ou a menos e de diferente materiais em cada modelo) para então um painel LCD ou LED receber essa luz. O Nanocell, no caso, seria simplesmente a evolução da mesma tecnologia, para permitir cores ainda mais vivas pelos cristais ainda menores e mais numerosos, as Nanocells.
OLED:
O destaque aqui é a tecnologia OLED. Muito diferente das demais tecnologias televisivas até então, não há projeção de luz dentro do corpo da televisão, há apenas uma caixa metálica para sustentar um painel metálico que energiza o painel OLED. É o próprio painel frontal que emite a luz, tratam-se de um conjunto de nano LEDs que seu auto iluminam, ou seja, assim, o que é preto é resultado do simples desligar de micro lâmpadas LED, alcançando o que a LG chama de "preto puro".
O resultado é realmente bonito e de qualidade visual surpreendente. A existência de um painel OLED também permite uma maleabilidade maior, ou seja, esse painel pode até mesmo ser enrolado se assim for projetado para, resultando em televisões retráteis.
Porém, se trata ainda de uma tecnologia ainda muito cara. A LG atualmente é uma das pouquíssimas marcas que produzem grandes televisores OLED, porém a Samsung fabrica essas telas aos montes para seus smartphones, mas não para televisores, por que então?
Se a aceitação do mercado frente a tecnologia OLED for positiva, a LG passará a encontrar concorrência, mas ainda se trata de um segmento muito específico de consumidores com altíssimo poder aquisitivo.
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