Nesta quarta-feira (21) o Governo de Bolsonaro deve anunciar a privatização de 17 empresas e estatais ainda em 2019, e entre elas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A confirmação foi dada na terça-feira (20) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
O motivo para a privatização dos Correios, segundo o Ministro, é a corrupção, politicagem na gestão da empresa, ineficiência (elevado índice de extravio de mercadorias), muitas greves e perda de mercado para empresas privadas, especialmente na entrega de mercadorias de e-commerce.
Sobre o extravio de encomendas, de fato atinge números astronômicos, há um alto gasto com ressarcimento dos produtos extraviados para os usuários, e geralmente, quando a empresa consegue identificar quem extraviou, nenhuma punição severa (como uma demissão) é dada ao funcionário. Tudo isso faz com que uma empresa que deveria ter um lucro muito maior, não tenha, e acaba acarretando o desenvolvimento de tecnologias mais eficientes para a empresa.
Além do prejuízo com os extravios, o Ministério da Economia aponta o rombo de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários, o Postalis. Outro rombo econômico é o plano de saúde para os funcionários (Postal Saúde), com um prejuízo de R$ 3,9 bilhões. Os estudos feitos pelo Ministério dizem que os Correios são uma "vaca indo para o brejo", trazendo à nação um risco fiscal de R$ 21 bilhões".
Mas nada está decidido, por hora. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em Junho deste ano que o governo federal não pode vender estatais sem aval do Congresso e sem licitação quando a transação implicar perda de controle acionário. Porém, a tendência é que o Congresso Nacional dê o seu aval, e as licitações sejam feitas em conformidade.
Fonte: G1
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