O aumento da produção de até 10% parece validar a nova estratégia do CEO da Apple, Tim Cook, de atrair consumidores preocupados com o orçamento com modelos mais baratos em meio à economia mundial enfraquecida.
Para se ter ideia dos valores que estou falando, esse aumento corresponde a cerca de 8 milhões de unidades. Esse total corresponde a nada mais nada menos que o total de remessas anuais de smartphones Pixel da Google.
Essa procura e o crescimento da demanda fez com que os novos números superassem a produção dos iPhones produzidos em 2018.
Com isso as ações dos fabricantes de componentes da Apple subiram no Japão após a publicação do relatório da Nikkei, superando o mercado em geral.
A japonesa Minebea Mitsumi fechou em alta de 3%, a fabricante de telas para iPhone Japan Display aumentou quase 2%, enquanto Murata Manufacturing e Alps Alpine também ganharam.
O relatório da Nikkei ainda adiciona alguns detalhes sobre os modelos da nova linha de iPhones. A maior demanda foi registrada para o iPhone 11 e 11 Pro. Enquanto que o modelo top, o iPhone 11 Pro Max ficou abaixo do esperado.
"A demanda é boa por enquanto. Mas temos que ter cuidado para não sermos muito otimistas", disse um executivo da Apple à Nikkei . "Espero que a alta temporada deste ano dure mais que no ano passado."
Um fator que pode ter ajudado a aumentar temporariamente a demanda é que o iPhone 11 da Apple ainda é produzido na China e o governo americano adiou temporariamente uma tarifa planejada de 10% sobre as importações de eletrônicos fabricados por lá.
Não sei até que ponto a guerra EUA x China irá durar, mas tudo indica que Trump não está se preocupando nem com as pratas da casa.
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