Devido a extensão do embargo comercial imposto pelos EUA à Huawei, até maio de 2021, a cooperação da cadeia de suprimentos da Huawei ficou ameaçada. Novas restrições impactarão o fornecimento de SoCs para a empresa.
E, apesar da TSMC estar sofrendo muita pressão, ela está no negócio para ganhar dinheiro e a Huawei é seu segundo maior cliente. Isso significa que o fabricante de chips de Taiwan não está disposto a perder a Huawei. Manter a Huawei é mais importante agora que qualquer outra empresa de Taiwan e uma concorrente, a Foxconn, estão dispostas a receber pedidos da Huawei.
Anteriormente, haviam relatos de que a Huawei rapidamente fez um pedido enorme com a TSMC no valor de US$700 milhões. Tais pedidos serão enviados antes que a proibição entre em vigor em meados de setembro.
As informações que tínhamos antes era de que esses pedidos tinham processadores fabricados em processos de 7 nm e 5 nm. Mas informações mais recentes afirmam que os pedidos são de 5nm e 12nm porque o processo de 7nm da TSMC já está completo.
De acordo com a empresa, ela ainda possui uma grande parte dos pedidos da Huawei. Isso significa que o TSMC provavelmente ainda estará encarregado da fabricação do processador que chegará dentro do Huawei Mate 40, o HiSilicon Kirin 1020.
A partir de agora, a capacidade de 5nm da TSMC está apenas 50% completa. Assim, a Huawei pode aproveitar esse espaço e fazer pedidos. Esse novo processo avançado possui cerca de 25.000 "bolachas". Se o preço for de US$15.000, isso significa que o valor do pedido é de US$375 milhões.
Para a Huawei, o processador Kirin 1020 no segundo semestre deste ano é muito importante e será usado pela primeira vez no principal smartphone da série Mate 40. Como é uma garantia de que o TSMC ainda fabricará esse chip, a Huawei tem algum tempo para redefinir sua estratégia, como fazia no início do ano passado, quando a proibição entrou em vigor.