A Microsoft está avaliando uma nova rodada de demissões que pode ocorrer já em maio, segundo fontes ouvidas pelo Business Insider. Diferente do corte anterior — que em janeiro afetou cerca de 2 mil colaboradores considerados de baixo desempenho —, a nova leva pode atingir gerentes intermediários e profissionais que não atuam diretamente com programação. É comum todos os anos as grandes players de tech ter uma rodada de demissões, em 2024 a Microsoft demitiu também 2.500 funcionários em janeiro.
Resumo:
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Microsoft avalia novas demissões para maio, mirando principalmente gerentes e profissionais que não programam.
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A meta é enxugar equipes, aumentar a eficiência e elevar a proporção de desenvolvedores por projeto.
Menos chefes + engenheiros
De acordo com as fontes, lideranças de algumas equipes estão discutindo maneiras de reduzir a proporção de gerentes e aumentar a quantidade de desenvolvedores por projeto. Há também conversas sobre ampliar o "span of control" — métrica que representa quantos funcionários respondem diretamente a cada gestor. O objetivo seria tornar as estruturas mais enxutas e operacionais.
A possível reestruturação também visa alterar o chamado "PM ratio", que mede a quantidade de gerentes de produto ou projeto por engenheiro. Essa iniciativa foi impulsionada por Charlie Bell, chefe de segurança da Microsoft, que trouxe o conceito da Amazon, onde trabalhava com o nome de "builder ratio". Na prática, a meta seria ter mais profissionais que escrevem código do que aqueles em funções de suporte ou gestão. A equipe de Bell, por exemplo, tem atualmente cerca de 5,5 engenheiros por gerente, e a meta é alcançar uma proporção de 10 para 1.
As discussões ainda estão em fase inicial e não se sabe o número exato de cortes, mas uma das fontes afirma que o impacto pode ser significativo em algumas áreas. Além de gerentes, também podem ser demitidos funcionários com baixo desempenho — especialmente aqueles que receberam notas de "Impact 80" ou menos por dois anos consecutivos na avaliação interna da empresa. A Microsoft utiliza uma escala de 0 a 200, chamada de ManageRewards slider, para determinar bônus e prêmios em ações, sendo que notas abaixo de 100 indicam desempenho inferior à média.
Brasil na mira?
A empresa não comentou oficialmente os planos. O movimento segue uma tendência observada em outras gigantes da tecnologia, como Amazon e Google, que também têm reduzido cargos de gestão como parte de esforços por mais eficiência.