Principalmente durante as eleições de 2018, o WhatsApp foi acusado (com razão) de ser talvez o principal canal de disseminação de fake news no país, com direito até de bots, ou seja, contas automatizadas para o envio dessas notícias falsas. Em agosto de 2018, o Facebook, responsável pela empresa, implementou mudanças importantes para combater o problema, como o uso de inteligência artificial e parcerias com agências de checagem de fatos.
Entretanto, somente neste ano que podemos ver com clareza os efeitos dessas medidas, quase um ano depois o WhatsApp contabiliza cerca de 1,5 milhões de contas brasileiras banidas pelo envio de fake news e discurso de ódio, sendo a grande maioria bots.
De acordo com o UOL, esse número estimado é baseado em cinco comunicados recentes da empresa e confirmado por especialistas em tecnologia da informação com trabalho focado no combate às fake news. O WhatsApp, porém, se recusou a comentar o caso por meio de sua assessoria de imprensa.
O Facebook comprou o WhatsApp e ambas redes agora se encontram em sintonia no combate às fake news. O Facebook este ano identificou e derrubou uma enorme rede de fake news e discurso de ódio da extrema-direita europeia. Mas mesmo com toda essa postura, o WhatsApp tomou uma decisão um tanto contraditória ao imunizar contas de políticos, independentemente da quebra dos termos e compromissos da rede. Ou seja, políticos atualmente podem enviar fake news, disseminar discurso de ódio e entre outros sem qualquer punição.
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