Em áudios de uma reunião periódica entre o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, e funcionários, Zuckerberg responde às perguntas de funcionários sobre concorrentes, críticos e tentativas de dividir a empresa.
Acontece que a senadora democrata Elizabeth Warren, pré-candidata às eleições presidenciais americanas em 2020, está pondo em pauta uma proposta de dividir empresas gigantes tecnológicas americanas, como Amazon, Apple, Facebook e Google. A ideia seria devolver ao setor de tecnologia a competitividade por dividir essas empresas em negócios menores em duas propostas de impedir fusões como a do Facebook e WhatsApp e impedir as empresas de integrarem serviços próprios em suas plataformas.
O plano da candidata certamente resultou em preocupação por parte do fundador, como afirma nos áudios vazados conseguidos pelo site americano The Verge:
"Se ela for eleita presidente, eu apostaria que teremos um desafio legal e eu apostaria que venceremos o desafio legal", disse. "E isso ainda é péssimo para nós? Sim. Quero dizer, não quero ter um grande processo contra nosso próprio governo".
"Desmembrar essas empresas, seja Facebook, Google ou Amazon, não vai resolver os problemas. E, você sabe, isso não torna a interferência eleitoral menos provável", continuou. "Isso a torna mais provável porque agora, as empresas não podem coordenar e trabalhar juntas".
Zuckerberg ainda disse que medidas antitruste não vão resolver os problemas do setor de tecnologia "Se não ajudarmos a resolver esses problemas e a estabelecer uma estrutura reguladora em que as pessoas sintam que há uma responsabilidade real e o governo puder governar nosso setor, então, sim, as pessoas continuarão ficando mais irritadas".
Foram duas horas de áudio, publicados na integra ontem, pelo The Verge. Durante esse tempo, foram falados também sobre a Libra e a resistência de reguladores, o caso Cambridge Analytica e também sobre a rede social chinesa Tik Tok.