Nesta semana, o popular aplicativo de vídeos para a internet, Tik Tok, entrou com uma ação judicial contra o governo de Donald Trump. O embate entre as duas partes já tem alguma história desde que Trump começou uma série de investidas contra a rede social chinesa alegando até mesmo que o Tik Tok espionaria cidadãos americanos e teria ligação com o governo chinês.
Após uma ordem executiva de Washington no início deste mês, a ByteDance, na segunda-feira (24), a empresa dona do Tik Tok, entrou com processo contra a administração do presidente estadunidense na Suprema Corte Americana.
O teor da ação é uma contestação à sanção americana contra o aplicativo. O presidente Trump proibiu cidadãos americanos e empresas americanas a realizarem transações com a empresa chinesa. A ação do governo de Trump ainda ameaçou banir o aplicativo do país caso a ByteDance não vendesse todas suas operações em solo estadunidense para empresas locais.
A empresa chinesa veio a público em um comunicado oficial, afirmando que o processo judicial é na realidade uma maneira de proteger os usuários e a comunidade do Tik Tok estadunidense. O aplicativo também contestou os argumentos de Donald Trump de que a rede social seria uma ameaça à segurança nacional. A ByteDance reafirmou que essas declarações não possuem nenhum fundamento e que a empresa não passa informações para o Partido Comunista Chinês, como Trump insiste.
O Tik Tok tem um prazo de 90 dias para resolver sua situação, de acordo com a decisão de Trump. Se o processo judicial movido pela ByteDance não conseguir algum resultado, o Tik Tok pode ter um final nada agradável no país. A Microsoft, Twitter e Oracle demonstraram interesse em comprar as operações do aplicativo, que não cedeu até o momento com qualquer intenção de venda. Somente nos EUA, o Tik Tok possui 100 milhões de usuários, grande parte do seu mercado.