Ontem (26), o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Meta, empresa proprietária do Facebook e Instagram, excluísse os novos perfis criados pelo influenciador Bruno Monteiro Aiub, mais conhecido como Monark. A ordem foi dada devido à criação de novos perfis pelo influenciador, mesmo após uma ordem judicial anterior que determinava o bloqueio de suas contas.

Monark criou novos perfis nas redes sociais, agora deletados

Moraes estabeleceu um prazo de duas horas para que a Meta remova os novos perfis de Monark. Caso a empresa não cumprisse a ordem, seria aplicada uma multa diária de R$ 100 mil.

O Ministro determinou:

"DETERMINO a expedição de novo ofício às empresas/provedoras abaixo, para que, no prazo de 2 (duas) horas, procedam ao bloqueio dos canais/perfis/contas abaixo discriminados, sob pena de multa diária de R$ 100.000,00, com o fornecimento de seus dados cadastrais a esta SUPREMA CORTE, a integral preservação de seu conteúdo e imediata remessa de todas as informações (dados cadastrais e conteúdos preservados), conforme seguem: INSTAGRAM e FACEBOOK (META INC.) @monarkoficial @monark.talks @monarktalksfans @MONARTALKS @monarkoficial."

Todos os perfis já foram removidos ds plataformas. Ao tentar acessar, uma mensagem de página indisponível é exibida na tela.

Perfis de Monark já foram removidos do Instagram
Perfis de Monark já foram removidos do Instagram

Histórico de polêmicas

Há um ano, Alexandre de Moraes já havia ordenado o bloqueio dos perfis de Monark no YouTube por disseminar "notícias fraudulentas" sobre o Supremo Tribunal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desde então, Monark se envolveu em várias outras controvérsias contra o STF.

Em uma decisão anterior, Moraes multou Monark em R$ 300 mil por práticas antidemocráticas na internet. Além disso, ordenou a abertura de um inquérito para investigar possíveis crimes de desobediência a decisões judiciais. O Banco Central do Brasil (BCB) foi acionado para impedir a transferência do valor da multa.

A determinação de Moraes também inclui a cessação da monetização de conteúdo relacionado a Monark, interrompendo imediatamente qualquer pagamento ao influenciador. Monark se tornou alvo da Justiça após publicar vídeos questionando a segurança das urnas eletrônicas e o Estado Democrático de Direito.

Em 2022, Monark se envolveu em uma polêmica ao defender a criação de um partido nazista no Brasil durante uma live no "Flow Podcast", do qual era sócio. Mais recentemente, teve suas contas bloqueadas após os ataques de 8 de janeiro ao Palácio do Planalto e à sede do STF.