A Redragon é, sem dúvidas, a empresa chinesa que mais cresceu no Brasil nos últimos tempos. A empresa evoluiu muito no ramo de periféricos, sendo uma das pioneiras a ingressar no ramo de teclados de baixo custo, também trazendo evoluções antes inéditas no mercado, como os teclados mecânicos ABNT2 com keycaps em double-shot.

A mesma se popularizou bastante por sempre trazer opções interessantes ao mercado por um preço realmente baixo, se comparado aos seus concorrentes, mas, muitos ainda mantêm distância da marca pela sua escolha de design. A cor tema da empresa é a vermelha, por isso,  acabava por adicionar recortes em vermelho na própria construção dos seus mouses, o que entrava em total desarmonia com o resto de alguns setups, mas, felizmente a empresa está tomando novas escolhas em relação ao design de seus produtos.

Redragon
Redragon

O periférico que vamos analisar hoje é o ‘’Redragon Dagger’’, que faz parte da nova linha com um design mais sóbrio e que promete ser um mouse que irá vir a acrescentar no mercado do ramo intermediário. Confira a seguir:

Design

Como já citado, o Dagger conta com uma escolha de design mais sóbria se comparado aos outros modelos da marca, mas, ainda assim, continua sendo um mouse com todos os aspectos ‘’gamer’’ possíveis.

Este é um modelo de mouse ambidestro, mas que conta com botões laterais apenas do lado esquerdo, favorecendo os destros. Tirando este detalhe, um canhoto não irá ter o que reclamar dele em questões ergonômicas. O mouse conta com tamanho e peso avantajados, favorecendo usuários das pegadas Palm e Claw.

[Creditos das imagens à Redragon Thailand]
Creditos das imagens à Redragon Thailand

 O mouse é construído nas cores preta e prata, e apenas possui a cor vermelha em seu cabo.

Na parte superior do mouse encontramos o seu scroll, que é retro-iluminado, feito em um material semelhante ao alumínio, o que me lembrou um pouco o scroll do G502 da Logitech, só que em uma versão de baixo custo e que provavelmente não irá oxidar com o uso. Além dos botões principais, encontramos dois botões extras, um para a troca de DPI e outro para alternar entre os efeitos de iluminação.

Também encontramos a logo da empresa, que conta com uma iluminação RGB.

Laterais do Dagger

Suas laterais contam com apoios para os dedos, que por sua vez são ligeiramente curtos.  Do lado esquerdo, o mouse conta com três botões laterais, um para avançar, um para retroceder e outro com a função ‘’trigger’’, que quando pressionado faz a função do click principal três vezes, mas esse último por sua vez, fica um tanto distante dos outros e, por isso, se torna meio difícil de fazer o acionamento do mesmo.

Nas laterais também encontramos duas leves cavidades, apenas para estilizar o mouse.

Parte de baixo do Dagger
 Deathadder 3.5g deteriorado

A parte de baixo do mouse é feita na sua maioria em alumínio, veremos mais sobre a consequência disso à frente. Além de algumas informações sobre o mouse, como o modelo, serial number e taxa de DPI, também encontramos um botão para a troca de polling rate do mouse de forma manual.

Os teflons do mouse possuem um bom tamanho, e em conjunto com o chassi de alumínio dão à ele um ótimo deslize.

O mouse também possui nesta área uma outra zona de iluminação, esta por sua vez de forma mais personalizada, com um efeito ‘’rainbow’’ capaz de apresentar várias cores de uma só vez, de forma semelhante ao que estamos acostumados a ver em mouses da Motospeed. (Isto é apenas um exemplo para comparação, não foi a Motospeed que criou este efeito)

Parte frontal do Dagger
 Deathadder 3.5g deteriorado

Na parte frontal do mouse é onde encontramos a saída do seu cabo, o qual é trançado em uma malha de nylon vermelho e preto.

E mais uma área de iluminação, totalizando 4 áreas diferentes de iluminação no mouse. Infelizmente estas não são personalizáveis de forma individual, o que já era esperado.

Possivelmente, com um pouco mais de investimento, a Redragon conseguiria fazer com que o mouse tivesse uma iluminação customizável em partes, visto que mouses mais baratos, como o Motospeed V20, conseguem fazer esta ‘’façanha’’ via software.

Conector
 Deathadder 3.5g deteriorado

Seu conector USB é padrão 2.0, mas bastante personalizado. O mesmo é banhado à ‘’ouro’’, o que como já citado antes por mim em outras análises, não é um ponto negativo e nem tampouco positivo, já que por muitas vezes este tal ‘’ouro’’ é apenas tinta dourada, e é incluso apenas por motivos estéticos e para chamar a atenção na hora do marketing.

Construção Externa

Na parte superior o mouse é construído em um plástico fosco que imita o emborrachado, o famoso ‘’soft mat’’. O material não faz as mãos suarem em excesso, o que é bom, porém,  este é um material conhecido por ficar facilmente marcado com impressões digitais e manchas das mãos, o que eu só posso concordar.

Felizmente a Redragon utilizou um material que imita o emborrachado em sua superfície, e não o emborrachado em si, pois, como já sabemos este é um material que não costuma trazer resultados muito agradáveis a longo prazo quando mal executado.

Foto Deathadder deteriorado
 Deathadder 3.5g deteriorado

O plástico tem uma qualidade razoável, faz jus ao seu preço, mas, o que realmente pode incomodar é a forma com que este foi aplicado:

Foto da segunda camada do mouse
Da esquerda para a direita: Dagger, Mizar e Sensei 310
O mouse conta com duas camadas de plástico, a superior, que utilizamos para segurar o mouse, a qual é realmente fina, e a inferior, que é translúcida e faz parte do sistema de iluminação do mouse, porém, estas camadas não ficam muito próximas uma da outra, o que forma um vão dentro do mouse. Por este motivo é possível sentir alguns pontos do corpo do mouse meio ‘’molenga’’(Poderia ser corrigido se a camada superior do plástico fosse mais rígida), o que passa uma certa impressão de fragilidade, mas provavelmente não teremos problemas futuros em relação a isso.

Laterais do Dagger
Da esquerda para a direita: Dagger, Mizar e Sensei 310

Em suas laterais, a Redragon optou por utilizar um plástico um tanto ‘’rugoso’’ para dar uma melhor aderência e um agarrar mais firme, evitando que o mouse acabe escapando das mãos, não é tão eficiente quanto o uso de grips laterais texturizados, mas também não é uma má escolha. Este por sua vez aparenta ser de boa qualidade, e não conta com as instabilidades presentes no plástico da carcaça principal.

Seus botões auxiliares são feitos em um acabamento glossy, e um deles conta com um grip texturizado, assim como no Motospeed V20, porém, este por sua vez não me causou incômodo durante o uso.

Parte de baixo do Dagger
Da esquerda para a direita: Dagger, Mizar e Sensei 310

Na parte inferior do mouse encontramos uma plate de alumínio, sendo ela a principal responsável pelo grande peso deste mouse. Esta plate é adicionada para dar uma sensação de robustez maior ao mouse, o que realmente funciona, porém, esta não é a melhor forma de se fazer isto.

Temos exemplos de mouses como o G502 da Logitech que é quase 100% construído em plástico e não deixa de parecer um tank de guerra pela tamanha resistência e robustez de sua carcaça, mas este é um mouse de quase o dobro do valor do Dagger, então não irei entrar nesse mérito.

[Augusto Schweickardt da Periféricos High End quebrando um cepo de madeira no G502]

A plate do Dagger tanto aumenta o seu peso quanto melhora o seu deslize em mousepads de pano, sendo este um ponto forte do mesmo. Mas uma coisa não acaba por justificar a outra, pesando cerca de 160 FUCKING GRAMAS, o Dagger é oficialmente o mouse mais pesado que já pude a oportunidade de testar, mas, veremos mais à respeito quando formos falar a respeito da ergonomia do mouse.

Da esquerda para a direita: Dagger, Mizar e Sensei 310
Da esquerda para a direita: Dagger, Mizar e Sensei 310

O Dagger conta com um cabo trançado em fibra de nylon, o que em teoria melhora a durabilidade do mesmo, mas sacrifica o conforto e maleabilidade. O cabo tem por volta de 2m de comprimento.

Como já citado em outra review, cabos em nylon, na grande maioria das vezes, acabam sendo extremamente duros e costumam ficar marcados com a forma que estavam dobrados. Claro, temos exceções de excelente qualidade, como os cabos utilizados nos mouses da Roccat e da Razer, mas é um resultado que por muitas vezes pode acabar por ser frustrante.

Seria uma opção mais interessante se o Dagger utilizasse um cabo em borracha à um de nylon, porém, acredito que existe um grande exagero relacionado a cabos trançados, de fato esses são bem menos maleáveis e confortáveis que cabos em borracha na grande e esmagadora maioria das vezes, mas ainda assim existe um exagero absurdo quanto a isso, tempestade em copo d'água. Enfim, mesmo eu preferindo mouses com cabos em borracha, o cabo do Dagger não chegou a atrapalhar minha experiência com ele.

Scroll do Dagger
Pegadas

 

Rattle

Alguns problemas que podemos encontrar em alguns mouses é o ‘’rattle’’. O rattle é um problema que geralmente encontramos no scroll de alguns mouses que não tiveram um projeto 100% bem feito nesse setor, como as primeiras unidades do G403 e a versão final do Storm Mizar.

Vídeo incorporado do YouTube

(Créditos do vídeo ao asdf1234)

Rattle é basicamente este barulho emitido pelo scroll quando o mouse é balançado, como se algo estivesse meio solto nele, e realmente está.

Infelizmente o Dagger conta com um pouco de rattle em seu scroll quando balançado verticalmente, o problema não é tão presente durante o uso do mouse no cotidiano, mas está lá.

Apesar da chuva de críticas em relação à construção externa do Dagger, ele não deixa de ser um mouse bem feito nesta área, com certeza precisa de melhorias, porém, ele não tem erros grotescos de ergonomia, como o ‘’ Sharkoon Skiller SGM1’’, ou está fadado a virar lixo, como o antigo ‘’Deathadder 3.5g’’. Sendo um mouse de baixo custo, o Dagger agrada em alguns aspectos e desagrada em outros, como qualquer outro mouse.

 

Ergonomia

Pegadas
Pegadas
Ao utilizarmos um mouse, costumamos ter nossa própria forma de segurá-lo, essas formas são denominadas ‘’pegadas’’, os exemplos acima são os tipos mais comuns de pegadas.

Palm
Palm
A pegada palm se adequa muito bem ao mouse, tanto por conta da melhor distribuição do peso do mouse nas mãos, quanto pelo seu tamanho.

Claw
Claw
O uso da pegada claw também se mostrou muito confortável no Dagger, e por ele ser um pouco largo acabou se tornando um dos mouses que mais gostei de utilizar esta pegada.

Fingertip
Fingertip
 A pegada fingertip já se torna algo mais complicado de se utilizar no Dagger. Além de ser um mouse grande e largo, o mouse tem um peso elevado, tornando ele quase inutilizável para a pegada fingertip. (Claro, temos exceções de pessoas que gostam de mouses extremamente pesados e que utilizam os mesmos na pegada fingertip, mas isso são casos à parte, os quais não são comuns de se ver.)

 

Construção Interna

E finalmente chegamos a parte que realmente determina a qualidade do produto. Na construção interna é onde saberemos se um mouse/teclado utiliza bons componentes, se é bem organizado e se o projeto é bem feito. Sendo uma das áreas mais importantes da análise.

Leds do Dagger
Soldas do Dagger

Abrindo o mouse a primeira coisa que notei foram os tipos variados de LEDs que são utilizados para formar sua iluminação. Na logo do mouse é utilizado um modelo de led 3mm, e para a iluminação do scroll e do underglow são utilizados LEDs  do tipo SMD, que possuem uma durabilidade maior que a dos 3mm, tudo correto por aqui. Os leds SMD dão ao mouse uma iluminação forte e homogênea, enquanto a logo do mouse acaba por ficar com alguns pontos mais escuros, mas algo pouco perceptível.

Conectores modulares

Os cabos utilizam conectores do tipo modular, o que facilita o reparo do mouse em caso de eventuais problemas.

Switches principais
Soldas do Dagger

Os switches principais são da OMRON e não possuem nenhuma marcação informando sobre a durabilidade do mesmo, muito provavelmente que sejam OMRON 5M, o que mesmo sendo os switches com a menor previsão de longevidade da marca, continuam sendo uma boa escolha.

Switches laterais
Soldas do Dagger

Nas laterais são utilizados switches CF Red (Changfeng), que são uma boa escolha para esta função, pois são botões menos utilizados, não precisando de algo tão sofisticado quanto os OMRON.

Switches de DPI
Soldas do Dagger

Nos switches de troca de DPI e controle de iluminação encontramos algo um tanto contraditório: Switches Huano RED. Os switches da Huano são switches de ótima qualidade, de qualidade superior até mesmo aos switches da CF que foram utilizados nos botões laterais do mouse, o que é estranho, já que os botões laterais são mais utilizados que os de troca de DPI...

Enfim, os switches de troca de DPI do mouse são de ótima qualidade e provavelmente não irão causar dor de cabeça, mas seria mais adequado utilizar os mesmos nas laterais para manter o equilíbrio da construção, não é uma crítica, apenas uma observação.

Botão do meio
Soldas do Dagger






Finalizando a parte dos switches, o switch escolhido para o botão do meio do mouse foi um switch ‘’CF White’’, que é de qualidade adequada para a sua função. Na parte de baixo encontramos o botão de troca de polling hate, que foi utilizado um modelo de switch square tactile sem identificação, tudo nos conformes aqui também.

Encoder do scroll
Soldas do Dagger

A Redragon optou por uma escolha um tanto diferente no codificador do scroll do Dagger. Fugindo um pouco do padrão ‘’TTC e ALPS’’, a marca decidiu utilizar um codificador da Huano, que é de boa qualidade. O mesmo possui passos curtos e um tanto quanto ‘’lisos’’, diria que se fosse para comparar com o que estamos geralmente acostumados ele estaria mais próximo do codificador da TTC, bem, isso é gosto pessoal, portanto não vou me aprofundar no assunto.

Sensor do Dagger
Soldas do Dagger



O sensor do mouse é o PMW3325, que se trata do sucessor do PMW3320. Tendo corrigido alguns bugs do antigo sensor e conseguindo chegar a faixas de DPIs mais altas de forma mais eficaz, estamos falando de um sensor de desempenho intermediário que se bem implementado traz resultados mais que satisfatórios para um jogador casual. Veremos mais sobre a implementação da Redragon neste sensor no setor ‘’Desempenho’’.

Soldas do Dagger
Soldas do Dagger

É meus queridos, mas nem tudo são flores. Finalmente chegamos ao ponto em que o Redragon Dagger realmente decepciona: as suas soldas.

Analisando as soldas do mouse é possível notar alguns pontos com pouco estanho (material utilizado para fazer as soldas), outros com estanho em excesso e alguns que simplesmente o estanho é inexistente! Este é um erro que eu não esperava ver por aqui e confesso que fiquei realmente triste com isso.

Tirando o sensor intermediário, o Redragon Dagger tem a construção interna de um mouse high end, utilizando componentes equivalentes (ou até mesmo superiores) ao de mouses como o ‘’Revenger’’, que por muito tempo foi o topo de linha da Cougar. Se não fosse por este deslize na parte das soldas, o Dagger seria, sem dúvidas, uma das melhores opções na sua faixa de preço, e tiraria a nota máxima neste setor.

A Redragon Brasil nos informou que irá fazer o máximo para corrigir os problemas encontrados no Dagger, então, só nos resta esperar.

 

Desempenho

Se você tem alguma dúvida a respeito de termos técnicos, recomendamos que leia nosso artigo sobre o que um bom mouse precisa ter clicando aqui, nele explicou muito bem o que cada nomenclatura significa.

MS Paint

Com o Microsoft Paint fizemos dois testes muito importantes, os de jitter e prediction que são, respectivamente, avaliações que verificam se o sensor do mouse sofre com alguma distorção (o que deixa as suas linhas "tremidas") e também se ele tem algum tipo de sistema que tenta simular linhas retas perfeitas, o que você certamente não quer em um jogo de precisão, pois os movimentos humanos não são perfeitos.

Teste Paint

Aqui temos resultados quase perfeitos até a margem dos 3200DPI, sem presença de jitter ou distorções no rastreio. Mas, a coisa muda quando ultrapassamos esta faixa. A partir de 4500 DPI encontramos uma quantia considerada de jitter em nossos testes, e chegando a taxa de 5800 DPI o mouse começa a gerar movimentos robotizados, ficando praticamente inutilizável para jogos FPS.

Acontece que o PMW3325 do Dagger é um sensor com taxa de CPI nativa de 5000DPI, sendo que a Redragon acaba por interpolar o sensor, forçando o mesmo chegar ao dobro da sua DPI nativa, assim gerando resultados ruins quando forçado demais. Recomendamos que os usuários do Dagger utilizem ele dentro da faixa dos 3200DPI.

Enotus Mouse Test

No Enotus realizamos mais dois testes, a frequência com que o mouse se comunica com o computador, o que nos dirá também o tempo de resposta dele com a máquina, e também a velocidade máxima que o sensor é capaz de captar. Bons resultados devem mostrar um Polling speed acima de 500 Hz (2 milisegundos de atraso) e no mínimo a 2m/s em Max speed.

Teste Enotus

O sensor alcança uma velocidade de rastreio incrivelmente boa para este sensor, ultrapassando com folga a taxa mínima estipulada. A velocidade de resposta do mouse é muito próxima de 1ms, caracterizando um ótimo resultado.

Mouse Tester

O Mouse Tester nos mostra resultados um pouco mais técnicos e muito importantes, a consistência do sensor e o teste de aceleração para sabermos se o mouse possui algum tipo de alteração em seu rastreio em relação à velocidade que o movemos.

Consistência

No teste de consistência vamos verificar se o sensor possui algum tipo de alteração em seu rastreio, portanto, as linhas são o trajeto percorrido pelo mouse em relação ao tempo e as bolinhas são os registros do mouse sobre sua posição, quanto mais próximas da linha, mais preciso é o sensor.

Teste de rastreio

No teste de consistência temos resultados perfeitos em praticamente qualquer faixa de DPI, demonstrando que nesse quesito o sensor foi realmente bem implementado.

Aceleração

A aceleração é um problema comum apenas em mouses de baixíssima qualidade, no entanto, é extremamente importante verificar se ele possui algum tipo de alteração em relação a velocidade que é movimentado, pois taxas altas podem atrapalhar seu desempenho em jogos que exigem precisão, como Counter Strike, por exemplo.

Teste de aceleração

Nos teste de aceleração o sensor acaba apresentado algumas poucas contagens de aceleração negativa, o que provavelmente não irá atrapalhar demasiadamente a jogatina, mas que não é um resultado comum para o PMW3325, que não costuma apresentar dados de aceleração quando está em 100% de seu desempenho.

LOD

LOD (Lift-off distance) é a distância que o mouse para de rastrear de acordo com que ele é suspenso, essa distância é calculada fazendo o uso de CD’s. Para fazer o teste basta colocar o mouse sobre dois CD’s de forma que o sensor fique livre e apontado para o mousepad, e ir empilhando mais CD’s até que o cursor do mouse pare de se mover. Quanto menor o lod, melhor para jogos FPS.

O LOD do Dagger fica numa média de 2 CD’s, não é o resultado ideal para o jogador competitivo, mas que no casual não irá causar problemas. É o resultado esperado do PMW3325, nada de errado por aqui.

 

Software

Software é o programa criado pela marca do periférico em questão para melhorar a customização do mesmo, para um utilizar mais fluido e intuitivo. Softwares na grande maioria das vezes são interfaces extremamente fáceis de serem utilizadas (exceções à aberrações como o software da JamesDonkey), e por isso não costumo me prolongar muito falando sobre eles, sabendo disso, vamos aos pontos altos e baixos deste.

Software Redragon Dagger

 

Pontos Positivos:

  • Interface fácil de ser utilizada.
  • Software leve.
  • Sistema de macro simples e fácil de ser utilizado.
  • Fácil instalação.

 

Pontos Negativos:

  • Apesar de simples, o sistema de macro é bem limitado.
  • Interface com design amador.
  • Cores de led apresentadas no software divergem muito com as reproduzidas no mouse.
  • Presença de bugs: (Modo de iluminação mudando automaticamente e polling rate mostrado no software quase nunca condiz com o apresentado no mouse.)
  • Único idioma disponível é o inglês

Bem, o software da Redragon não é lá a sétima maravilha do mundo, mas é prático e razoavelmente fácil de ser utilizado. Com toda certeza não possui a vasta gama de features encontrados em outros concorrentes, sendo bem limitado, isto sem contar os bugs, mas ele cumpre sua função.

 

Conclusão

Com toda certeza o Dagger é uma inovação se comparado aos antigos mouses da Redragon, com um design mais sóbrio e ao mesmo tempo mais chamativo em relação ao mercado gamer. Posso falar que certamente a Redragon acertou em repensar na escolha de cores de seus produtos.
O mouse conta com uma construção externa razoável, o que lhe dá uma sensação um ‘’barata’’ durante o uso, mas é adequado para sua faixa de preço. Já dentro do mouse, a Redragon escolheu componentes dignos de respeito, porém falhou em seu trabalho de solda, o que acaba por comprometer toda a estrutura e funcionamento do mesmo à longo prazo.

Em contato com a empresa e os informando do problema, eles confirmaram que irão trabalhar para corrigir os problemas de solda do Dagger nos próximos lotes, o que pode levar de dois à três meses. Levando em consideração que a garantia do mouse é de 1 ano com a fabricante, presumo que os problemas estejam corrigidos antes do final da mesma, sendo assim, a marca poderia trocar o mouse em caso de defeito por um do novo lote. Mas claro, eu não posso afirmar com certeza que eles irão conseguir corrigir estes problemas, então esta escolha fica por conta e risco do leitor.

Caso os problemas sejam realmente corrigidos, fica aqui a minha recomendação do Redragon Dagger como uma boa opção na sua faixa de preço para usuários das pegadas palm e claw.  Para usuários da pegada fingertip, eu recomendo que mantenham distância do Dagger pelo alto peso do mesmo, e também por termos opções de preço semelhantes para esta pegada, como o G203 da Logitech, que possui uma qualidade de rastreio superior.

Eu pretendo retornar daqui à alguns meses com mais notícias sobre as soldas do Dagger, portanto, fiquem de olho em qualquer atualização.