A NASA anunciou que está fazendo parceria com nove empresas aeroespaciais dos EUA para poder enviar pequenas sondas robóticas para a Lua, a primeira fase de um plano plurianual que tem como objetivo colocar o ser humano novamente na superfície lunar. Com isso, as empresas integram agora um grupo que pode competir pelo dinheiro da NASA e assim, cada vez que a agência espacial quiser colocar pequenas cargas de instrumentos científicos na Lua, poderá selecionar uma dessas empresas para isso.
Entre as empresas selecionadas estão a Lockheed Martin, a Astrobotic, a Moon Express, a Masten Space Systems, a Deep Space Systems, a Draper, a Firefly Aerospace, a Intuitive Machines e a Orbit Beyond. Algumas dessas empresas são ainda pequenas, sem muita experiência e que não mandaram nada ainda para o espaço.
As parcerias integram o recém criado programa NASPS CLPS (Commercial Lunar Payload Services). A NASA, em abril divulgou um aviso para empresas interessadas no programa.
A NASA pretende aprender mais sobre quais os recursos estão na Lua, como o gelo de água teorizado na superfície que poderia ser usado como combustível de foguetes. Além disso, a Agência pretende estudar a composição da Lua que pode revelar mais informações sobre a formação do Sistema Solar.
"Minha experiência foi desde o início que a exploração humana e a exploração robótica podem trabalhar de mãos dadas e possibilitar oportunidades que de outra forma não poderiam ser imaginadas", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da NASA para o Diretório da Missão Científica, durante uma coletiva de imprensa antes do anúncio de hoje das parcerias.
O programa CLPS será usado como primeiro passo na meta de longo prazo de criar uma presença sustentável na Lua pela NASA. A Agência criou uma estratégia complicada para tudo isso, que envolve a criação de uma nova estação espacial, como também parceria com a indústria e agência internacionais para a criação de tecnologias de aterrissagem.
A NASA, durante a próxima década, pretende construir uma estação em órbita ao redor da Lua chamada Gateway, que irá servir como posto de apoio para astronautas. Ao mesmo tempo, a NASA deve associar empresas privadas para criar várias bases lunares. O objetivo é que pequenas plataformas robóticas sejam criadas através do programa CLPS ajudem a informar as tecnologias necessárias.
A NASA não informou exatamente porque selecionar as empresas listadas. Porém, a partir de então elas estão disputando contratos que equivalem a a US $ 2,6 bilhões nos próximos 10 anos. "Nós vamos comprar o serviço e isso nos permite ser um cliente de muitos clientes, espalhando o custo", disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine, na entrevista coletiva. "Também nos permite ter múltiplos provedores competindo em custo e inovação para que possamos ter mais acesso do que poderíamos ter se fizéssemos sozinhos."
Fonte: The Verge