Após meses de incerteza, os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams finalmente têm uma data para retornar à Terra. A NASA, em parceria com a SpaceX, lançará nesta semana a missão Crew-9 para resgatar a dupla que está "presa" na Estação Espacial Internacional (ISS). O lançamento da missão está previsto para acontecer na quinta-feira (26), diretamente da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida.

O que aconteceu com os astronautas?

Butch e Suni chegaram à ISS em junho de 2024 a bordo da cápsula Starliner, da Boeing, como parte de um voo experimental que tinha a intenção de durar apenas oito dias. No entanto, problemas técnicos com os propulsores da nave impediram seu retorno imediato, forçando os astronautas a permanecer na estação por um período muito mais longo do que o planejado.

A falha na Starliner gerou grandes preocupações sobre a segurança da cápsula para trazer os astronautas de volta à Terra. Após várias semanas de testes e análises, a NASA decidiu que não era seguro arriscar a vida de Wilmore e Williams utilizando a Starliner. Como solução, a agência optou por lançar a missão Crew-9, da SpaceX, para trazer os dois astronautas de volta em segurança.

Resgate com a Crew-9 da SpaceX será histórico. Imagem: SpaceX/Reprodução
Resgate com a Crew-9 da SpaceX será histórico. Imagem: SpaceX/Reprodução

A missão Crew-9 da SpaceX será histórica não apenas por ser uma "missão de resgate", mas também por marcar o primeiro lançamento tripulado do Space Launch Complex-40, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral. Com apenas dois tripulantes a bordo, a nave Crew Dragon terá assentos reservados para Butch e Suni, que retornarão à Terra após oito meses no espaço.

A Crew-9 também é significativa por incluir o comandante Nick Hague, o primeiro oficial ativo da Força Espacial dos EUA a ser lançado ao espaço desde a criação da unidade militar em 2019. Hague liderará a missão ao lado do cosmonauta russo Aleksandr Gorbunov, da Roscosmos.

Por que a Starliner não foi utilizada?

Os problemas na cápsula Starliner começaram logo após sua chegada à ISS em junho, quando múltiplos propulsores do sistema de controle de reação, essenciais para manobras críticas de reentrada na atmosfera, apresentaram falhas. Mesmo após extensivos testes no solo e no espaço, as equipes da NASA e da Boeing não conseguiram identificar com precisão a causa do mau funcionamento.

Diante da persistência dessas incertezas e da pressão para garantir a segurança dos astronautas, a NASA decidiu que a melhor opção seria confiar na Crew Dragon da SpaceX, uma nave que já completou diversas missões de ida e volta à ISS com sucesso.

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