A bola da Copa começou a apanhar antes que a competição começasse. Jogadores de varias equipes criticaram a bola: Júlio César disse que era uma "bola de supermercado", Luís Fabiano chamou a bola de "sobrenatural", Fernando Torres também não gostou nada, e tantos outros atletas reclamaram do objeto principal da partida.
De acordo com o site agencia.fapesp.br, para o fabricante, a Adidas, a bola representa um grande avanço tecnológico, para outros a nova bola deixou muito a desejar. As maiores reclamações são pela mudança da trajetória que a bola sofre em chutes mais fortes. Com o baixo número de gols na primeira fase, as críticas aumentaram.
Para tirarem as dúvidas, pesquisadores da Nasa, agência espacial americana, resolveram testar a Jabulani. No centro de pesquisas,localizado na Califórnia, os cientistas analisaram a bola utilizada na Copa de 2006, com a desse Mundial, ambas do mesmo fabricante.
O cientista Rabi Mehta, chegou à conclusão de que a bola dessa Copa realmente faz movimentos "estranhos", e encontrou o motivo disso. Segundo Mehta, quando a Jabulani se desloca em alta velocidade, seu material causa um fluxo assimétrico. Essa assimetria causa fluxos laterais de ar, que fazem com que a bola mude de direção subitamente. A Jabulani sofre esse efeito quando sua velocidade supera os 75 Km/h, o que corresponde a um chute forte.
Outro ponto a se considerar de acordo com o pesquisador, é que a maioria dos jogos da Copa estão sendo disputados em altitudes elevadas - Johannesbrugo, por exemplo, fica a cerca de 1.660 metros do nível do mar - em altitudes elevadas a bola tende a se deslocar com velocidade maior, devido a menor resistência do ar, segundo Rabi Mehta.