Fundada em 2001 com o nome original de ‘’Soft Trading’’ , a Steelseries se iniciou no mercado como uma fabricante de mousepads, tendo sua sede na Dinamarca que, hoje em dia, tem seu foco na comercialização de periféricos gamer em geral.

A Steelseries é bastante conhecida pela sua clássica linha de mouses, ‘’Rival’’, que ao longo dos anos vem recebendo bastante elogios devido à sua boa construção interna, precisão e shape únicos.

Contudo, a mesma também foi bastante criticada nesta mesma linha pelo acabamento externo do mouse, que costuma se deteriorar com tempo, principalmente em seus grips laterais.

A marca parou de prestar serviços no Brasil em meados de 2014, desde então, todos os periféricos vendidos por aqui não tinham suporte da marca, e a garantia ficava por conta dos lojistas.

A empresa retornou às ‘’ terras tupiniquins’’ no final de 2017, trazendo com ela seus novos teclados, headsets e mouses, dentre eles o Sensei 310, que vamos analisar hoje.

Design

Em contrapartida à linha ‘’Rival’’ que é focada para destros de pegada palm, o Sensei 310 é um mouse com shape ambidestro, podendo ser utilizado de forma confortável tanto para destros quanto para canhotos, com foco nas pegadas claw e fingertip.

O mouse possui dois botões laterais de cada lado, um botão para alternar entre as faixas de DPI, os dois botões principais, o scroll de rolagem e o click do scroll. Tendo um total de 8 botões, sendo que provavelmente 2 deles fiquem inutilizados, uma vez que não é algo muito confortável pressionar os botões do lado do dedo mindinho, enquanto os botões do polegar ficam bastante acessíveis e fáceis de serem pressionados.

O SS 310 conta com um visual relativamente sóbrio e elegante, em seu topo encontramos alguns recortes sutis. O mouse tem iluminação RGB no scroll e na logo na parte traseira do mouse, sendo possível configurar os leds de maneira individual via software. O novo modelo também acompanha dois grips laterais texturizados em silicone, para melhorar a aderência. E assim como as laterais, o scroll também conta com um material emborrachado.

Material emborrachado
Material emborrachado

O mouse teve bastante mudanças se comparados aos seus antecessores. Uma das diferenças notáveis é que agora os botões principais do mouse tem seu acionamento de forma individual, abandonando o antigo design, que tinha os botões acoplados ao corpo do mouse, como por exemplo os mouses Mastermouse S e Mastermouse Pro L, Cooler Master. Isso faz com que o mouse tenha um click mais leve e confortável ao uso, diferente dos antes citados, que tem clicks um tanto quanto pesados.

Créditos da imagem ao portal test-gear.pl
Créditos da imagem ao portal test-gear.pl

O cabo de nylon dos modelos anteriores também foi finalmente abandonado, trazendo um cabo de borracha que não aparenta fragilidade e é bastante maleável, mas veremos mais a respeito deste um pouco à frente.

Também: Confira o nosso ranking de mouses gamers.

A parte de baixo do mouse é bem simples, é também feita em plástico fosco, tendo dois recortes, o sensor um pouco abaixo do centro do mouse, uma etiqueta com o serial do mouse e algumas outras informações. Além disso, temos a logo da SteelSeries em um acabamento glossy. Também encontramos aqui três pés de teflon de tamanho mediano, mas que garantem ao mouse um ótimo deslizar.

Parte de baixo
Parte de baixo

Seu conector USB é bem simples, dentre os outros cabos conectados ao computador ele até passa despercebido, pois não conta com nenhum apelo gamer ou alguma outra extravagância, como os conectores de alguns teclados da Corsair, que são demasiadamente largos e extremamente estilizados. O único detalhe adicional é a loga da Steelseries encontrada nele. Não é banhado à ouro, o que, ao meu ver, não traz nem uma vantagem, muito menos desvantagem.

USB
USB

Ergonomia

Ao utilizarmos um mouse, costumamos ter nossa própria forma de segurá-lo, essas formas são denominadas ‘’pegadas’’, esses são os tipos mais comuns de pegadas:

Pegada

Pegada palm
Pegada palm

Chegando a ergonomia, o mouse se mostra eficiente para a pegada palm para quem tem mãos pequenas, mas chegando ao limite do mouse. Então, para aqueles que tenham mãos médias ou grandes e se beneficiem da pegada palm, eu recomendo manter distância do mouse. (Recomendado apenas para pessoas com mãos de até 18cm x 9,5cm).

Pegada Claw

A pegada Claw, ao meu ver, foi a que se encaixou melhor no mouse, ficando realmente confortável.

Logo ao colocar às mãos no mouse estranhei o uso da pegada fingertip nele. O caso é que o SS 310 tem a traseira mais larga que o do corpo do mouse, o que de início pode parecer estranho, mas foi algo que me acostumei relativamente rápido, após a adaptação pude ver o quão confortável o mouse pode ser para esta pegada.

O mouse é um pouco mais pesado do que a marca declara, tendo 96g, contra as 92g declaradas. O peso do mouse soa um quanto tanto estranho para mim, por que este é mais pesado até mesmo que seu irmão maior ‘’Rival 310’’, que pesa por volta de 92g.

Créditos da imagem ao
Créditos da imagem ao "Zy"’ do canal "RocketJumpNinja"

O SS 310 também ficou mais pesado se comparado aos antigos Sensei’s, que na versão ‘’RAW’’, por exemplo, tinham 92g. O peso do mesmo não me atrapalhou em nada quanto a pegada fingertip, mas, vi que alguns membros do fórum ‘’Overclock.net’’ se incomodaram com isso, então esta parte eu vou deixar a critério do leitor.

Construção Externa

Confesso que esse setor foi uma surpresa para mim, levando em consideração o acabamento que a SteelSeries geralmente adotava em seus mouses, como o acabamento dos antigos Sensei, que acabavam por descascar com o tempo, ou as borrachas laterais da linha Rival, que acabavam se deteriorando durante o uso, eu não esperava muito do Sensei 310.

Créditos da imagem ao Vittau do fórum Overclock.net
Créditos da imagem ao Vittau do fórum Overclock.net

Logo ao colocar as mãos nele já podemos sentir que o nível da qualidade da construção do mouse. No passado era comum ver mouses como esse utilizando um acabamento emborrachado no corpo do mouse, o que acabava por não trazer um resultado agradável com o tempo, pois o mouse costuma ficar com uma aparência degradada.

Cérditos ao Phero do EVGA Fórum
Cérditos ao Phero do EVGA Fórum

Assim como maioria dos mouses topo de linha adotaram, o mouse é inteiramente construído em um plástico fosco de alta qualidade, o qual não faz as mãos suarem em excesso e tem um certo toque áspero, lembrando bastante o material utilizado na linha G203 da Logitech, talvez até mesmo superior.

Em suas laterais, o mouse conta com dois grips de silicone, e esse é um ponto um tanto quanto polêmico em mouses da SteelSeries.

A SS não tem nos dado muitos motivos para nos animarmos com os grips laterais de seus mouses, a linha Rival e Rival 300 são conhecidas por se deteriorarem com o tempo por conta do suor das mãos, deixando o mouse com um aspecto feio e incômodo, pois o mouse acaba largando pedaços de borracha nas mãos durante a jogatina.

Rival 300 com lateral desgastada
Rival 300 com lateral desgastada

Como já citei, foram diversas as vezes que a SteelSeries decepcionou quando falamos do acabamento dos seus mouses, mas ela parece estar consertando isso. A linha Rival tinha esse problema muito mais agravado do que a linha Rival 300, que também prometia vir com a solução para este problema, mas apenas o amenizou. Também encontrei relatos de pessoas que dizem que o material utilizado nos grips do Rival 700 estavam melhores que nos seus irmãos mais novos, tendo corrigido estes problemas, mas nada totalmente comprovado.

Nos novos mouses, a marca abandonou o uso da borracha e passou a utilizar o silicone em suas laterais, ainda não podemos fazer nenhuma afirmação sobre a qualidade dos novos grips laterais, pois o mouse foi lançado há pouco tempo, então só nos resta esperar. Fora isso, os grips laterais passam uma boa sensação e aderência, deixando o mouse bem fixo às mãos, além de serem bem bonitos e um tanto confortáveis.

O seu cabo é feito em borracha e é bastante maleável. O mesmo possui por volta de dois metros. Apesar de muitos ainda acharem que um cabo de qualidade tem que ser encapado em nylon, nem sempre isso é verdade.

Da esquerda para direita, Redragon Dagger, Cooler Master Mizar e Steelseries Sensei 310
Da esquerda para direita, Redragon Dagger, Cooler Master Mizar e Steelseries Sensei 310

Cabos em nylon na grande maioria das vezes acabam sendo extremamente duros e costumam ficar marcados com a forma que estavam dobrados. Claro, temos exceções de excelente qualidade, como os cabos utilizados nos mouses da Roccat e da Razer, mas é um resultado que por muitas vezes pode acabar por ser frustrante. Enfim, o SS 310 utiliza um bom cabo e provavelmente não vai causar dor de cabeça por conta dele.

Alguns problemas que podemos encontrar em alguns mouses é o ‘’rattle’’. O rattle é um problema que geralmente encontramos no scroll de alguns mouses que não tiveram um projeto 100% bem feito nesse setor, como as primeiras unidades do G403 e a versão final do Storm Mizar. Felizmente o Sensei 310 não apresenta rattle em seu scroll, porém, este problema apareceu em uma área um tanto curiosa.

Rattle é basicamente este barulho emitido pelo scroll quando o mouse é balançado, como se algo estivesse meio solto nele, e realmente está.

Ao chacoalhar o SS 310 podemos sim escutar algo meio solto nele, mas não é o scroll, e sim seus botões principais, o que é estranho e incomum de se ver, pessoalmente nunca tinha visto acontecer entre os mouses que já tive. Não é nada extremamente grave, o barulho só pode ser ouvido caso você balance o mouse no ar com certa força, mas não deixa de ser um erro.

No geral, o mouse é muito sólido e bem construído, possui alguns pequenos erros, mas o Sensei 310 realmente trás o que se espera de um mouse premium em sua construção externa, e não gabaritou esta parte realmente por muito pouco.

Claro, ainda tenho minhas dúvidas sobre a escolha do grips laterais, mas caso isso não venha trazer problemas futuramente, o mouse é uma grande evolução quanto aos seus antecessores, realmente surpreende.

Construção Interna

E finalmente chegamos a parte que realmente determina a qualidade do produto. Na construção interna é onde saberemos se um mouse/teclado utiliza bons componentes, se é bem organizado e se o projeto é bem feito. Sendo uma das áreas mais importantes da análise.

Logo ao abrir o mouse damos de cara com uma PCB extremamente caprichada. A PCB é construída num material negro com bordas douradas, o que lhe dá um toque muito elegante. Ao lado superior direito do sensor encontramos a logo da Steelseries gravada na PCB, e a baixo do sensor a frase ‘’ Bow to the master’’.

PCB do Sensei 310 - Creditos da imagem ao canal HardwareCanucks
PCB do Sensei 310 - Creditos da imagem ao canal HardwareCanucks

Você deve estar se perguntando (ou não) :

‘’Mas Franklin, o que a estética da PCB em si interfere na qualidade do mouse?’’

E eu te respondo: Em nada. Eu só achei essa PCB tão bonita que não pude deixar passar batido.

Brincadeiras à parte, a PCB é realmente muito bem organizada, as soldas são bem feitas e cada componente tem sua delimitação, também temos indicadores de onde ficam as furações de cada parafuso. O cabo é modular, sendo assim é fácil fazer a substituição do mesmo em caso de defeito.

Todos os leds são do tipo SMD, que possuem uma durabilidade superior a dos leds 3mm geralmente encontrados em mouses, esses por sua vez tem um brilho intenso, iluminando toda a logo do mouse de forma homogênea, sem partes mais escuras.

Nos botões principais do mouse são utilizados switches OMRON 50M, basicamente os melhores switches do mercado, tendo uma durabilidade fantástica de supostamente 50 milhões de clicks, mas na realidade isso é a possibilidade de clicks máximos, então o switch não obrigatoriamente chegará a ter toda esta durabilidade.

Os clicks principais do mouse são de ótima qualidade, tem um belo feedback tátil e audível, como um ‘’clicky’’. Não são extremamente pesados como na linha ‘’Mastermouse’’ da Cooler Master, e nem muito leves a ponto de te fazerem dar missclick, eu diria que estão dentro do ideal.

Nos botões laterais encontramos switches Kailh White. Especula-se que esses switches tenham uma durabilidade por volta dos 10M de clicks, mas nada realmente confirmado. São bons switches para a tarefa dos clicks laterais já que são switches menos utilizados, também podemos compará-los com switches da CF e W/Zhij.

Os botões laterais por sua vez possuem uma boa tatilidade, são menos audíveis e tem um feel bem satisfatório. Assim como nos botões principais eles não são nem leves nem pesados, em momento algum eu acabei por acionar algum dos botões laterais por engano, mas também não tive dificuldades em acioná-los quando o quis fazer.

Teste de Rastreio
Chegando ao botão de DPI, aqui também encontramos switches Kailh White, por sua vez, nesta área eles são ótimos switches. Geralmente nós utilizamos uma faixa de DPI fixa, por isso o botão de DPI acaba sendo utilizado pouquíssimas vezes, então, o switch da Kaihua irá dar conta do recado.

No switch no scroll foi utilizado um modelo tactile square genérico, nada demais. Não é uma escolha ruim, estes switches não costumam ter uma durabilidade muito surpreendente (Em exceção de alguns, como os da OMRON), mas é adequado para o local onde foi utilizado.

Teste de Rastreio

O codificador do scroll é da ALPS, que ao lado dos codificadores da TTC são os melhores do mercado. (Um dos switches principais acabaram por cobrir a marcação do scroll, por isso não consegui tirar um foto da logo do mesmo.)

As características dos codificadores da ALPS (além do barulho) são ter passos bem definidos e serem bem precisos, mas isso não é uma total verdade no SS 310. A resposta do scroll está um tanto ‘’fraca’’, se assim posso dizer. Acredito que o material emborrachado utilizado no scroll dê esta impressão.

A mini controladora responsável pela comunicação do mouse com o computador e também por gerenciar os efeitos do mouse é a STMicroelectronics - STM32F1, de capacidade média. Nunca vi essa controladora em outros mouses ou teclados, e também não achei muitas informações sobre ela além das presentes no site da ST, por isso prefiro não me prolongar muito falando sobre ela, mas posso afirmar que ela mais que o suficiente para suprir os efeitos do mouse de forma eficiente.

No centro da PCB encontramos o sensor do mouse, o ‘’Truemove3’’. Assim como a Roccat, parece que a Steelseries está pegando a mania de dar nomes estranhos às suas modificações de sensores (O Pro-Optic R6, vulgo PMW3320DH do Roccat Kova que o diga), o que não é errado, mas pode acabar confundindo alguns... Bem, o Truemove3 é a modificação do PMW3360, atual topo de linha do mercado, veremos um pouco mais sobre ele à frente.

Também: veja todos os nossos reviews de mouses gamers.

Desempenho

Se você tem alguma dúvida a respeito de termos técnicos, recomendamos que leia nosso artigo sobre o que um bom mouse precisa ter clicando aqui, nele explicou muito bem o que cada nomenclatura significa.

MS Paint

Com o Microsoft Paint fazemos dois testes muito importantes, os de jitter e prediction que são, respectivamente, avaliações que verificam se o sensor do mouse sofre com alguma distorção (o que deixa as suas linhas "tremidas") e também se ele tem algum tipo de sistema que tenta simular linhas retas perfeitas, o que você certamente não quer em um jogo de precisão, pois os movimentos humanos não são perfeitos.

No primeiro teste já temos bons resultados, mostrando taxas de jitter baixas em quase todas as faixas de DPI, o mouse foi muito bem até a faixa de 8.400DPI, e decaindo um pouco ao chegar aos 12.000DPI limites do sensor, um resultado muito satisfatório e digno do PMW3360.

Enotus Mouse Test

No Enotus realizamos mais dois testes, a frequência com que o mouse se comunica com o computador, o que nos dirá também o tempo de resposta dele com a máquina, e também a velocidade máxima que o sensor é capaz de captar. Bons resultados devem mostrar um Polling speed acima de 500Hz (2 milisegundos de atraso) e no mínimo a 2m/s em Max speed.

Já nos testes do Enotus temos mais resultados excelentes. Operando com um tempo de resposta de pouco mais de 1ms, o Truemove3 atinge tranquilamente as velocidades mais rápidas que o braço humano é capaz de alcançar, registrando em nossos testes uma velocidade máxima de 5.12m/s.

Mouse Tester

O Mouse Tester nos mostra resultados um pouco mais técnicos e muito importantes, a consistência do sensor e o teste de aceleração para sabermos se o mouse possui algum tipo de alteração em seu rastreio em relação à velocidade que o movemos

Consistência

No teste de consistência vamos verificar se o sensor possui algum tipo de alteração em seu rastreio, portanto, as linhas são o trajeto percorrido pelo mouse em relação ao tempo e as bolinhas são os registros do mouse sobre sua posição, quanto mais próximas da linha, mais preciso é o sensor.

Teste de Rastreio
Teste de Rastreio

Software Sensei310
Aqui os dados estão bem fáceis de interpretar, como esperado, o sensor se comporta muito bem em todas as faixas de DPI, apresentando um rastreio consistente e preciso. Algumas vezes em DPI’s mais altas o sensor apresenta algumas contagens fora da linha, o que não caracteriza exatamente distorções no rastreio. O que acontece é que em 1000hz o mouse entrega dados brutos ao computador, o que por muitas vezes pode gerar gráficos estranhos, mas não errados, sendo muito comum acontecer no PMW3360.

Colocando o mouse em 500hz as contagens estranhas desaparecem.

‘’Então o Sensei 310 é mais preciso em 500hz do que em 1000hz?’’

Não, em 500hz ele apenas tem mais tempo de organizar a maneira que os dados são recebidos pelo computador, gerando um gráfico mais ‘’bonito’’, mas não mais preciso.

Aceleração

A aceleração é um problema comum apenas em mouses de baixíssima qualidade, no entanto, é extremamente importante verificar se ele possui algum tipo de alteração em relação a velocidade que é movimentado, pois taxas altas podem atrapalhar seu desempenho em jogos que exigem precisão, como Counter Strike, por exemplo.

O Sensei 310 traz mais uma vez um resultado perfeito, não apresentando nenhum ponto de aceleração em seu rastreio. O que significa que não importa se o mouse for movimentado de forma rápida ou lenta, se a distância for a mesma, ele irá retornar sempre ao mesmo local.

LOD

LOD (Lift-off distance) é a distância que o mouse para de rastrear de acordo com que ele é suspenso, essa distância é calculada fazendo o uso de CD’s. Para fazer o teste basta colocar o mouse sobre dois CD’s de forma que o sensor fique livre e apontado para o mousepad, e ir empilhando mais CD’s até que o cursor do mouse pare de se mover. Quanto menor o lod, melhor para jogos FPS.

Nesse teste os resultados do SS 310 também foram extremamente satisfatórios, sendo que seu LOD ficou inferior a 1 CD.

Software

A Steelseries tem um software único para todos os seus periféricos, o ‘’Steelseries Engine 3’’.

Software Sensei310
Software Sensei310

O software é extremamente completo, possui uma bela interface e é bastante intuitivo. Softwares como os da Steelseris, Logitech e etc... são enormes, e por isso se tornaria uma tarefa realmente dolorosa descrever todas as suas features, então assim como nosso querido ‘’Wellington Diesel’’ do forum ‘’Adrenaline’’, iremos apenas citar os pontos positivos e negativos do software.

Sistema de Iluminação
Sistema de Iluminação
Sistema de Macro do Software
Sistema de Macro do Software
Pontos positivos:

  • Tradução em PT-BR realmente bem feitaVisual agradável
  • Completo e intuitivo
  • Sistema de iluminação muito completo
  • Bom sistema de MOD
  • MOD de ‘’Audio Vizualizer’’ fluído e bem feito
  • Leve

Pontos negativos:

  • Poderia ter um sistema de macro mais complexo
  • Possui apenas 2 perfis para troca de DPI
  • Sempre que fizer uma modificação tem que dar um ‘’aplicar’’

Conclusão

O Sensei 310 é a prova da evolução da Steelseries em relação aos seus mouses. Tendo uma construção externa quase perfeita, uma construção interna de excelente qualidade, um dos melhores softwares que já tive a oportunidade de utilizar, um sensor realmente digno de respeito e uma ergonomia bastante confortável, este é um mouse que está, sem dúvidas, entre os melhores do mercado.

Realmente, não tenho muito o que criticar no SS 310, o mouse é uma opção perfeita para usuários de pegada Claw e fingertip, mas...

O mouse se encontra com um preço médio de R$350 à R$430, que é um valor muito parecido com um de seus concorrentes, o Deathadder Elite, mas que não deixa de ser um valor alto para um mouse. A Logitech, por exemplo, comercializa mouses de qualidade semelhante por um valor menor. O Sensei 310 é, indubitavelmente, um dos melhores mouses (eu sei que é ‘’mice’’, não enche) que já tive a oportunidade de testar, e não obteve nota máxima em quase todas as áreas da análise realmente por muito pouco, mas se torna complicado recomendá-lo com um preço tão alto.

Lá fora encontramos o mouse por até $39, o que é literalmente uma merreca para um mouse como esse, e que em conversão direta ficaria por volta de R$122 com o preço do dólar atual, e mesmo se o mouse fosse encontrado por preços por volta de $60, ainda seria um preço justo.

Enfim... o Sensei 310 é um mouse espetacular e que estaria 100% recomendado se estivesse em uma faixa de preço de ao menos R$270 ~ R$300. Portanto, recomendo que quem puder importar ou mesmo o ache nessa faixa de preço, que compre sem medo, não irá se arrepender. Mas, caso você preze pelo seu shape e esteja disposto a pagar um valor alto por ele mesmo sabendo que não é algo muito justo, vá em frente.

Gostaria também de deixar aqui a minha revolta com o atual mercado de periféricos brasileiro, que continua tratando o consumidor como idiota, praticando preços extremamente abusivos.

  • Preço $39: 10
  • Preço R$400: 5.5
  • Preço R$270: 9
  • Nota EUA: 9,6
  • Nota BR - Atual: 8,5
  • Nota BR - Ideal: 9,3

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