A HyperX é conhecida no Brasil como a marca de alguns dos melhores modelos de fones gamers do mercado internacional, como os primeiros Clouds, o Revolver e, mais atualmente, o Alpha, o qual você pode conferir nosso review clicando aqui. No entanto, a empresa vem investindo cada vez mais em outros periféricos, como mouses e teclados.
Os primeiros modelos da HyperX fora do segmento de fones foram o mouse Pulsefire e o teclado Alloy FPS, ambos produtos de qualidade, mas com preços não tão competitivos no mercado para os recursos oferecidos. Hoje vamos conhecer a "evolução" do primeiro teclado, o HyperX Alloy Elite, que promete trazer os recursos que faltaram no seu antecessor.
DESIGN
O Alloy Elite é um teclado full-size com um design comumente categorizado como "teclas flutuantes", pois não possui um case superior, apenas a sua backplate feita em aço sem maiores proteções, o que também não significa nada para a sua durabilidade. É importante citar também que a HyperX não oferece um modelo ABNT deste teclado, que só é oferecido no padrão ANSI.
Embora pareça um teclado bastante diferenciado em questões de design, o Alloy Elite é bastante simples em sua construção externa. Inclusive, ele é praticamente igual ao Alloy FPS em sua carcaça, mudando apenas os botões multimídia, de iluminação, do modo gaming, o apoio para pulso e a entrada USB na traseira. No restante o teclado não difere muito de outros modelos de teclas flutuantes.
Falando sobre o apoio de pulso, este é provavelmente o melhor que já pude experimentar feito somente de plástico. Além dele ser aparentemente mais resistente do que outros, como o do Corsair Strafe que tem um aspecto de fragilidade, este é mais bonito e, principalmente, mais confortável. A diferença entre a parte com textura e a lisa ajuda a mostrar o quão melhor este apoio é em relação a outros modelos lisos, ficando atrás somente de apoios de couro ou madeira, que obviamente são também mais caros e vendidos separadamente.
O principal problema no Alloy Elite é o mesmo do seu antecessor: as suas keycaps, que são feitas pela OEM iOne, a fabricante original do teclado. Elas são moldadas em um plástico ABS que passa pouquíssima segurança, assim como impressas à laser, um método costuma perder a inscrição com facilidade. As keycaps dessa fabricante, inclusive, são conhecidas por ficarem com manchas de limpeza muito facilmente.
Mesmo as keycaps das teclas W, A, S e D são feitas no mesmo material e método de impressão. A textura utilizada nelas é apenas uma escolha de design, assim como nas teclas 1, 2, 3 e 4 a única diferença é a tinta utilizada. Não existe nenhum tipo de teste que comprove que a tinta pode mudar a durabilidade da inscrição de uma keycap, mas a tendência é que a mudança seja inexistente ou não seja maior do que com a utilização de um método de impressão mais durável, como o double-shot.
🎧 Veja também: Review do HyperX Cloud Alpha
Outro problema dessa vez não tão grave do Alloy Elite é a posição das luzes de indicação de configuração. Dependendo do ângulo em que o usuário estiver olhando, fica praticamente impossível saber se a tecla Caps Lock está ativada ou não, pois o teclado numérico acaba obstruindo a visão.
Já que citamos a iluminação, este é um dos pontos positivos deste teclado. Além de contar com vários efeitos, o Alloy Elite conta com uma iluminação excelente em suas teclas e na faixa superior. Claro, as keycaps feitas em um plástico de menor qualidade ajudam na transmissão de luz, mas isto não tira o método do trabalho de design excelente deste ponto. O único problema é que a faixa de leds no topo do teclado tem um ângulo de visão desfavorecido, ficando quase impossível de vê-la em mesas mais altas ou com usuários mais baixos durante o uso.
Outro fator não tão importante, mas que merece destaque, é o cabo do teclado, que é consideravelmente mais grosso que o normal, não é removível e é dividido em dois conectores USB: um para o teclado em si e outro para a entrada USB na sua parte traseira. Muitos usuários já não gostam de teclados sem cabo removível, imagine então um cabo tão grosso e com dois conectores.
ESPECIFICAÇÕES
As informações são fornecidas pelo fabricante
- Memória integrada
- Exclusiva barra de luz e efeitos de iluminação dinâmicos
- Estrutura sólida em aço
- Switches mecânicos CHERRY MX
- Botões exclusivos para mídia e scroll de volume
- Botões de acesso rápido para brilho, efeitos de iluminação e Modo Jogo
- Entrada USB 2.0
- Anti-ghosting N-Key Rollover
- Apoio para pulso removível
- Keycaps adicionais de cor titânio
SOFTWARE
O software do Alloy Elite é o HyperX NGenuity, que é muito completo e fácil de usar. O que surpreende muito positivamente é que ele possui um tutorial bastante explicativo a cada nova parte acessada, ajudando o usuário a entender os comandos básicos de cada sessão. Um recurso interessante é que, ao criar um perfil, o software oferece configurações de iluminação estática para uma lista enorme de jogos, destacando as principais teclas utilizadas em cada um deles.
Como esperado, você pode escolher entre vários efeitos de iluminação e modifica-los em um certo nível, assim como configurar zonas de iluminação e cada tecla separadamente. O sistema de macros funciona muito bem e é bastante completo. Outro recurso interessante, que nem todo software possui, é o de configurar as funções do Game Mode.
A HyperX oferece a opção de usar o software em português, mas você terá que acioná-la depois de instalá-lo já que ela não aparece no processo de atualização.
O Alloy Elite é um dos teclados mais complexos internamente que já testei. Somente o processo de abri-lo já foi demorado, pois ele possui um número muito grande de parafusos, embora tenha poucos encaixes. O que explica essa complexidade é a parte superior do teclado, acima da faixa de iluminação, que inclusive é separada do restante da carcaça. A MCU do teclado é uma NXP LPC11U35F, a mesma utilizada no teclado Tesoro GRAM Spectrum, do G.Skill KM570 MX e do Tt eSPORTS Poseidon Z RGB, um teclado já analisado pelo pessoal do Adrenaline. Ela é a responsável pela qualidade da iluminação e possui uma memória interna que permite a gravação de perfis sem a necessidade do software. Existem duas PCBs além da principal do teclado, uma para comportar os botões de controle de iluminação e o botão Gaming Mode na parte direta, assim como outra para os botões multimídia e a entrada USB (foto abaixo) na parte esquerda. Todos estes botões extra utilizam membrana, o que não chega a ser um problema. Algo bastante interessante do Alloy Elite é que ele possui um codificador mecânico igual ao do scroll de um mouse no controlador de volume. Claro, ele não possui "passos" que demarcam a rotação como em um mouse, mas o funcionamento é basicamente o mesmo. Os conectores são todos muito bem feitos. São vários devido aos botões e recursos extras do teclado. As soldas do teclado são todas muito bem feitas, assim como seus componentes são bem organizados. As partes que ligam as PCBs extras que são um tanto mais "feias", pois requerem o uso de mais conectores com fios mais longos e de uma fita para mante-las próximas à PCB sem o perigo de enroscarem na carcaça. Vários pontos de limpeza também são perceptíveis, mas eles não são um problema, apenas afetam a estética da PCB mesmo. Este não é o primeiro teclado com teclas multimídia que uso, mas digo que o scroll de volume é bem mais interessante que botões de aumentar ou diminuir com a mesma função. Pessoalmente não os utilizo muito, mas eles certamente são bastante úteis para quem gosta de escutar música durante uma jogatina, por exemplo. Os switches Cherry MX Red não são os meus favoritos, mas eles possuem toda a qualidade e confiabilidade características da fabricante alemã. Eles são uma das melhores opções do mercado tradicional, presentes nos melhores teclados disponíveis no mercado, portanto, basta verificar qual modelo e feeling são o que mais te agradam. O Alloy Elite está disponível nas opções de switch Blue, Brown e Red. O conforto proporcionado pelo apoio de pulso, juntamente com os pés ajustáveis e o layout das keycaps oferece várias horas de gameplay sem desconfortos. Em minhas jogatinas de Overwatch, Counter Strike, Player Unknown’s Battlegrounds e outros títulos competitivos não tive problema algum em utilizar o teclado, portanto, ele certamente é uma boa opção para qualquer jogador que busca desempenho. A qualidade da iluminação, novamente, é fantástica. Esse é certamente um dos teclados mais bem iluminados que já vi e, este fato aliado às possibilidades de configuração que o softwer NGuity oferece, tornam este um dos melhores teclados do mercado neste quesito. Não é preciso repetir que o HyperX Alloy Elite é um dos teclados mais bonitos que pude testar, principalmente por sua iluminação. O design bem pensado dá um tom moderno ao periférico, que ainda oferece vários botões de configuração e multimídia que muitas vezes estragam o visual, mas não neste caso. O principal problema do teclado não apenas acaba com a durabilidade dele como também com o seu visual. As keycaps da fabricante iOne continuam sendo consideradas uma das piores do mercado, não apenas por não oferecem muita segurança em seu plástico frágil, mas também por ficarem manchadas com muita facilidade em uma tentativa de limpeza e até lisas demais depois de certo tempo de uso. Um teclado que custa aproximadamente R$900 no mercado Brasileiro não pode utilizar keycaps de qualidade tão baixa e ter erros de design como o da luz de indicação da tecla Caps Lock. Tudo bem que o desempenho do Alloy Elite com os aclamados switches Cherry MX, seus botões extras e sua iluminação excelente são atrativos interessantes, mas teclados muito mais baratos oferecem estas mesmas qualidades ou pelo menos semelhantes. Agradecemos ao pessoal da HyperX por ter enviado o Alloy Elite ao Oficina da Net para este review. Esperamos ter ajudado a marca com nossas contribuições. [OBJ_REL]316[/OBJ_REL]CONSTRUÇÃO INTERNA
DESEMPENHO
VEREDITO
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