A princípio era o Orkut, e mesmo assim ainda havia o constante contato téte-a-téte, afinal ainda existiam pessoas que não faziam parte de redes sociais - isso em meados de 2005. Os telefonemas também não eram vistos como algo estranho, já que SMS é prático e direto ao ponto ''então fica com o número do meu celular que o de casa nunca atendo''.
As pessoas assistiam televisão, e iam para as ruas, passavam por outdoors, liam revistas, vivendo nesse mundo onde milhares de propagandas eram expostas a cada segundo diante de seus olhos, e eram absorvidas inconscientemente - para a felicidade das empresas que conseguiam a devida atenção.
Não que isso tenha mudado de forma drástica, não, o que mudou na verdade foi a evolução das redes sociais - me referindo especificadamente aquela criada por Mark Zuckerberg, que está na lista dos jovens mais ricos do mundo. Claro, não preciso nem comentar o porquê, muito menos o como.
Segundo uma pesquisa do The Wall Street Journal, 405 pessoas acessam o Facebook por minuto, o que acaba fazendo com que os publicitários de plantão criem (ou tentem) ideias inteligentes para marketing em redes sociais. Digo inteligentes, pois com a geração Y, a publicidade precisou se renovar. E estar em contato direto com os consumidores via redes sociais, é uma forma muito boa de ter um feedback imediato quanto à campanhas de marketing.
Uma bela jogada que vi, foi da marca Omo patrocinando a comunidade do Facebook Indiretas do Bem, onde a cada dia é postado uma indireta bonitinha, ''Pessoas que amam livros'' (exemplo real). E na foto que continha a indireta, vinha o logo da marca a cima. Pimba! Milhares de pessoas tem acesso à página Indiretas do Bem, milhares de pessoas compartilham os posts do Indiretas do Bem, então claro, assim como eu, milhares de pessoas viram que a marca Omo estava na jogada.
Foi por um breve período, mas foi uma ideia genial, que inclusive acredito que deveria ser adotada por outras empresas. Mas tratando-se de marketing em redes sociais há de se ter o dobro de cuidado falando de certos assuntos. Já vi muitas marcas acabarem sendo linchadas por milhares de pessoas, reagindo com boicotes devido ao conteúdo ofensivo (homofóbico/sexista) da propaganda.
Grande exemplo que tenho disso, é de uma marca de camisinha que criou um panfleto virtual dizendo quantas calorias se perdia ao fazer determinadas coisas calientes com o parceiro. Até aí tudo bem, mas quando chegou no momento em que dizia que ''quando ela diz não..... tantas calorias'', as coisas ultrapassaram os limites do errado. E obviamente, todos passaram a compartilhar a revolta pela propaganda, sugerindo boicote à marca, e expressando a mesma opinião sobre como tal abordagem foi absurda.
E sem me limitar apenas ao Facebook, o Twitter também tem sido uma ótima ferramenta de marketing. O submarino.com sempre faz sorteios de livros, dentre outros produtos, e para participar do sorteio você deve ser um dos primeiros a responder ao quizz com a resposta correta, e quando responder colocar a hashtag proposta pela loja - que redireciona o foco de milhares de timelines do Twitter para o Submarino.
E quem não se lembra da repercussão que teve em redes sociais, a Luiza que estava no Canadá? Luiza estava no Canadá, chegou a virar meme, voltou todas as atenções das redes sociais para a empresa que financiou a propaganda, voltou do Canadá e agora... Por onde anda Luiza? A verdade é que no fim, o que importa é ser visto. E de forma inteligente os publicitários devem usar e abusar das redes sociais se querem ter o spotlight do momento.