Você já deve conhecer o GPS, sistema de posicionamento global que utiliza satélites para enviar informações sobre a posição de um equipamento, desde que este seja capaz de receber e interpretar o sinal enviado por eles. Muito utilizado em automóveis, na aviação, navegação marítima, também está disponível em diversos dispositivos portáteis, como smartphones, relógios e outros dispositivos próprios que recebem o sinal dos satélites.
Mas você conhece o GLONASS?
O GLONASS é uma alternativa ao GPS e foi desenvolvido pela Rússia no fim dos anos 70 e, assim como o GPS americano, concebido para fins militares. Após anos de abandono devido ao fim da URSS, o governo Russo voltou a dar importância ao projeto no inicio dos anos 2000 e hoje o sistema já conta com cobertura global e precisão superior ao GPS.
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GLONASS
O GLONASS é o sistema de navegação por satélite que vem sendo desenvolvido pela Rússia desde 1976 e hoje já conta com 24 satélites em órbita, responsáveis pelo o fornecimento de dados de posicionamento. Com o fim da União Soviética, o projeto ficou praticamente abandonado, porém durante os últimos anos, sob o governo de Vladimir Putin, a restauração do sistema foi feita com grande prioridade, sendo o GLONASS hoje o programa mais caro financiado pela Agência Espacial Federal Russa, chegando a custar cerca de um terço de seu orçamento em 2010.
Seu funcionamento é muito parecido com o GPS americano, pois possui 24 satélites que ficam distribuídos entre três camadas com 8 satélites em cada, e a posição do equipamento é formada por no mínimo 3 deles através de um processo chamado trilateração, o que garante a precisão de posicionamento do sistema.
Em dezembro de 2007 foram lançados 14 novos satélites de nova geração para compor o sistema e sua cobertura global foi completada em 2011, após o término da restauração, tornando-se uma ótima alternativa ao GPS.
Uma das vantagens ao uso do GLONASS quanto a outras soluções está na precisão de posicionamento, isso porque após as melhorias do sistema, ele é capaz de oferecer sua resolução máxima ao uso civil, o que não ocorre com GPS, pois os Estados Unidos limita a capacidade de precisão de seu sistema, e quanto ao GALILEO, sistema de posicionamento desenvolvido pela União Européia, há rumores que o uso mais avançado se torne pago.
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Abaixo um comparativo entre os satélites do GLONASS (D) e do GPS (E):
Em grande parte a popularização do GLONASS se deve à implementação do sistema em smartphones, e isso ocorreu principalmente por causa de um imposto criado pela Rússia em 2010, que consiste em uma taxa de 25% de importação para todos os aparelhos compatíveis com GPS vendidos na Rússia, porém se o aparelho também fosse compatível com o GLONASS, a taxa é suspensa. Sony e Apple foram as primeiras empresas a oferecerem smartphones compatíveis com GPS e GLONASS, mas hoje praticamente todos os aparelhos modernos contam com ambos, o que resulta em um menor tempo de localização e uma maior precisão.
Hoje o GLONASS é muito utilizado em conjunto com o GPS para oferecer uma melhor precisão de posicionamento em conjunto com uma maior velocidade, isso porque ao invés de apenas 3 satélites informando sua posição, estão disponíveis 6 ao mesmo tempo, otimizando sua localização.
Em relação ao mercado brasileiro, a Rússia ofereceu cooperação com empresas brasileiras para que o sistema esteja disponível para o uso em seus equipamentos.
E você, o que acha da versão Russa do GPS? É confiável ou ainda requer um melhor tempo de teste para que a pessoas não acabem tomando o caminho errado de casa? Deixe sua opinião nos comentários.
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