Você já se deparou em testar o quão difícil de navegar pelas páginas do seu site ou sistema é? Muitas vezes quem faz as páginas e telas de navegação sequer lembra ou pede para outras pessoas testarem para verificar a usabilidade destas.
O vício de programação é um exemplo, muitos programadores testam e testam suas telas achando que estão em perfeito funcionamento e fáceis de utilizar, até que chega um desconhecido e boom, no primeiro teste ele encontra um erro que o programador jamais encontraria. Como programador de internet já passei por alguns casos como este e sei a raiva que dá na pessoa quando ocorre um fato como este citado. Mas pense que o acontecido é algo que ajuda a qualidade das telas que você fez. O livro aborda bem estas técnicas de testes de usabilidade e explica que quanto mais testes você fizer mais chance de encontrar erros que jamais pensaria em acontecer.
Informações do livro
- Título: Não me faça pensar
- Autor: Steve Krug
- Editora: Alta Books
- ISBN: 2147483647
- Ano: 2006
- Páginas: 124
- Acabamento: Brochura
- Origem: Nacional
- Formato: Médio
- Resenha em: 11/04/2011
Já falamos muito sobre usabilidade aqui no site e este livro é uma leitura recomendada, o autor Steve Krug é um estudioso dos mais famosos sobre usabilidade. O livro este teve sua primeira publicação no ano 2000 sendo reeditado e republicado no ano 2006 a versão em inglês e a tradução para português. O livro exemplifica o modo como as pessoas usam os sites, traz alguns exemplos de sites famosos e como que é feita a navegação nestes sites o que remete a você como testar seu site.
Capítulo 1: Não me faça pensar! A primeira lei de Krug sobre usabilidade
O capítulo aborda a base de como os desenvolvedores devem organizar as informações de suas telas para que o usuário não precise pensar para realizar ações, que elas devam ser intuitivas. Que ao primeiro contato que a pessoa fizer sobre o que está a ver, ela compreenda a informação e capte tudo que for importante para o que esta pessoa esta em busca, ou seja, bater o olho em uma página e achar o que procura. Os formatos dos itens que são expostos nas telas, como um botão por exemplo, este deve ser estilo de botão, geralmente com bordas, cor de fundo e não jogado por qualquer canto de modo que o usuário procure este botão. Dicas como estas são essenciais para o uso adequado de suas páginas.
Capítulo 2: Como realmente usamos a web: Examinando, fazendo o que for suficiente e atingindo o objetivo
Este é o capítulo que mostra como as pessoas geralmente navegam por um site. Pode ser incrível o que você vai ler, mas o site muitas vezes é visto somente em alguns pontos tornando outras áreas quase que ocultas. O Google é um exemplo disto, estudos feitos sobre a tela mostram que os cliques nas páginas do Google variam do primeiro ao terceiro resultado. Este tipo de estudo que você vai ver no capítulo 2.
Capítulo 3: Introdução ao projeto de painéis: projetando páginas para serem olhadas, não lidas
Como citado acima, o site muitas vezes é visto apenas com uma "visão dinâmica" e os pontos que mais chamam atenção são aqueles que são mais usados e clicados. Então ao criar suas páginas você deve usar hierarquia de informações, as coisas mais importantes devem estar mais acima e mais visíveis, as menos devem estar dentro destas mais importantes e assim por diante. A utilização dos Headers (h1 ... h6) são um ótimo exemplo de como isto funciona. Outra forma abordada pelo livro são os aninhamentos de informações, caixas dentro de caixas, demonstram perfeitamente o que é de que e qual dos itens é mais importante.
Capítulo 4: Animal, vegal ou mineral? Por que os usuários gostam de escolhas impensadas
Este capítulo é exatamente o que citei acima quando um usuário acha um erro que você sequer pensou que alguém fosse usar a tela de tal forma que encontrasse este erro. A ideia deste capítulo é fantástica e se você parar para pensar é o caminho que deve seguir aos testes, testar de diversas formas, diferentes modos para que tente abordar o maior número de possíveis falhas.
Capítulo 5: Omita palavras desnecessárias: A arte de não escrever para a Web
Ser sucinto muitas vezes é o tendão de Aquiles de muitos jornalistas e webwriters. As pessoas que procuram informações na internet geralmente estão com pressa e precisam resolver o problema na hora e o mais rápido possível. Ser sucinto evitar palavras que possam embaralhar a cabeça do usuário é um quesito importante para a usabilidade.
Capítulo 6: Placas de rua e migalhas de pão: Projetando a navegação
O uso de breadcrumbs (migalhas de pão) - o famoso: você está em: ... - é uma forma pela qual muitos usuários se fixam pela navegação do seu site. Assim como placas nas ruas, você indicar para o usuário o caminho a ser seguido é essencial. Seu usuário jamais deve parar em uma página e fazer a pergunta: "onde estou?".
Capítulo 7: O primeiro passo na recuperação é admitir que a página inicial está fora do seu controle. Projetando a página inicial.
Você já fez uma análise de sua home page? Sabe exatamente o que os usuários estão navegando por ela e o que eles estão fazendo? Já tentou utilizar um programa de clickheat para saber onde seu site é clicado? Experimente, pode ser revelador o que as pessoas fazem em seu site e você sequer imagina que esteja acontecendo.
Capítulo 8: O Agricultor e o Criado de gado devem ser amigos: Por que as brigas da equipe de projeto web sobre usabilidade são uma perda de tempo e como evitá-las
Este capítulo é bom para equipes de testes, se você trabalha sozinho provavelmente não terá estes problemas. Mas o que é abordado, é que algumas pessoas decidem fazer de uma maneira as coisas e outras de outra maneira. O impasse acontece por esta divisão da equipe, o capítulo mostra como evitar isto.
Capítulo 9: Testes de usabilidade a 10 centavos por dia: Por que os testes de usuários são a cura de todos os problemas de seu site
Como mencionado acima, deixar que outras pessoas usem e testem suas interfaces é uma ótima forma de ver se o que você pensou é o que realmente as pessoas vão usar. Neste capítulo é abordado como fazer um teste de usabilidade.
Capítulo 10: Usabilidade como um favor comum. Por que seu site de ser um mensch
Mensch é uma palavra iíniche do alemão que originalmente significa "ser humano". Uma pessoa de integridade e honra. Alguém que faz a coisa correta. Com esta abordagem que ele explica por que seu site deve ser humano, pensado para pessoas que vão o utilizar.
Capítulo 11: Acessibilidade, Cascading Style Sheets e você
O capítulo aborda o uso da sua página por todas as pessoas, sejam elas portadoras de deficiência ou não, e como que o CSS pode ajudar a acessibilidade de seu site.
Capítulo 12: Socorro! Meu chefe quer que eu...
O capítulo 12 é uma questão, por que seu chefe obriga que você por exemplo: obrigue ao usuário fornecer o seu endereço de correspondência postal antes de lhes enviarmos o boletim por e-mail. Ou meu chefe quer que solicitemos aos usuários mais informações pessoais que realmente precisamos. Estes dados extras podem muitas vezes trancar o cadastro de uma pessoa por achar que informações demais estão sendo passadas ao site. Evite isto!
Conclusão: Se você é uma pessoa responsável por pensar nas telas do site, saiba que este livro é essencial para você abrir a cabeça e pensar de forma que seus usuários pensam. O livro é relativamente curto, tem 124 páginas no total com fácil leitura e compreendimento. A nota geral do livro é 8.
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