Todos sabem que a música está presente em nossas vidas quase que 24 horas por dia. Desde nossa infância até os dias de hoje, temos contato com a música e esta desempenha um papel fundamental em nós, desenvolvendo nossas capacidades de percepção, concentração e raciocínio. Não é à toa que a música é uma das maiores fontes de prazer das pessoas no mundo todo, sendo quase impossível encontrar alguém que não goste de pelo menos um estilo musical. Leia: trabalho em equipe, quais erros você comete?
A real conclusão deste paradoxo causado pela música no ambiente de trabalho está longe de ser alcançada. Várias pesquisas já foram desenvolvidas, a fim de se chegar a uma resposta comum entre entrevistados, mas somente obtiveram-se respostas bem argumentadas tanto para um lado, quanto para outro. Sabe-se, porém, que esta questão é muito relativa, pois há uma série de fatores envolvidos, como o ambiente organizacional, onde o trabalho é desenvolvido, o tipo de trabalho realizado, as regras da empresa, entre outros.
Contudo, procura-se compreender, cada vez mais, o comportamento musical neurológico e as reações mentais das pessoas à música e ao som, para que se possa analisar, a partir de então, a eficiência ou não desta no ambiente organizacional. Uma das conclusões que já se pode obter é que nossos cérebros têm circuitos distintos para perceber, processar e interpretar a música que estamos escutando, mesmo que inconscientemente.
Inúmeros estudos desenvolvidos nesta área relatam distintas formas de como cada indivíduo percebe e reage em contato com a música. Há uma pesquisa, por exemplo, realizada pela empresa Logitech, a qual revelou que 8 em cada 10 europeus ouvem música no local de trabalho e que 44% destes dizem que esta funciona como fonte de inspiração. Além disso, 24% dos entrevistados que afirmaram ouvir música no trabalho acreditam que isto contribui no aumento da produtividade. Veja também: como baixar músicas da internet?
Já, um estudo realizado pelos psicólogos Nick Perham e Joanne Vizard, da Universidade de Wales (Reino Unido), apontou que a música pode trazer vários benefícios para as pessoas, mas se seu uso for feito antes, ou seja, seu uso no ambiente de trabalho é prejudicial. Segundo este mesmo estudo, as variações acústicas encontradas nas músicas causam, indiretamente, confusão mental, e desta forma prejudicam a organização dos pensamentos e das ideias.
4 Dicas rápidas para usar música a seu favor
No livro CyberOverload, escrito por Joanne Cantor, que mostra como podemos melhorar a nossa produtividade, nossa criatividade, nos beneficiando do que a tecnologia tem a oferecer, cita 4 dicas que ajudam a balizar o uso da música no ambiente de trabalho:
- Tarefas repetitivas que exigem concentração, mas não muito processamento cognitivo: músicas alegres aumentarão os níveis de atenção e energia;
- Tarefas que necessitem alto processamento cognitivo ou criatividade: música antes ou nos intervalos;
- Tarefas monótonas com grande volume de informação: músicas instrumentais podem melhorar o desempenho;
- Tarefas complexas ou que envolvam resolução de problemas ou muito pensamento cognitivo: evite música com letra, especialmente pop. Procure deixar a música para o fim do dia ou intervalo.
Quanto ocorre uma falta de consenso dos trabalhadores, devem-se prevalecer, sempre, as normas da empresa no que tange a permitir ou oferecer um ambiente de trabalho com um fundo musical. Neste caso, de acordo com a fonoaudióloga Talita Sunaitis Donini, a música pode ser utilizada não somente com o intuito de estimular os funcionários, mas também com o intuito de atenuar, tornar menos grave, outros sons. Todos estão muito mais vulneráveis a um telefone que toca, a uma porta que bate, a uma conversa paralela que, de certa forma, estão ali contaminando a concentração e a atenção. Isso acaba diminuindo a produtividade dos funcionários no ambiente de trabalho. Então, a música, nesse sentido, é usada como uma máscara para o ruído do ambiente" - afirma. Portanto, o ambiente que você trabalha tem bastante importância nesta decisão. Se o local é calmo, por exemplo, fica fácil de se alcançar o silêncio absoluto, porém, já se o lugar for um escritório com outras pessoas, com barulhos de teclas, telefones, portas, impressoras, conversas, enfim, com todo esse barulho, ficará complicado de se concentrar e ter criatividade, e você, pode encontar na música a ajuda para esta questão. Deve-se levar em consideração o estilo musical que você prefere, como se sente em relação às dicas apresentadas, as condições do ambiente de trabalho, normas de conduta da empresa, enfim, fatores que deverão pesar na hora de optar a implantação da música ou não na sua rotina de trabalho. O fato é que tem se tornado cada vez mais comum casos de empresas que dão grande liberdade para seus funcionários com o intuito de tornarem estes mais satisfeitos com o trabalho e consequentemente mais produtivos. No entanto, necessita-se que os funcionários não cometam excessos e confundam liberdade com libertinagem. Bom trabalho.
Música ou ruídos?
Conclusão
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