O jornal Oriental Daily, de Hong Kong, noticiou nesta quinta-feira (10), que estudantes estão sendo explorados na fábrica da Foxconn, na China.
No local, que está sendo fabricado o novo console da Sony, centenas de universitários do Instituto de Tecnologia Xi-an, estão sendo forçados a trabalhar por várias horas seguidas e, se não trabalharem, podem acabam perdendo créditos do curso.
O programa é considerado um "estágio" e é promovido pela própria instituição de ensino. Os estudantes relataram que ao ingressarem na fábrica da Foxconn foram obrigados a trabalhar em áreas fora do seu campo de estudo, como a montagem do PS4, colagem de plásticos de proteção, distribuição e também entrega do aparelho. Os estagiários também afirmaram que trabalham à noite, cumprindo as mesmas horas que os outros trabalhadores. A única diferença é que eles não são remunerados.
A Foxconn informou ao Oriental Daily que os funcionários não são obrigados a trabalhar e que podem deixar o cargo quando desejarem. Já o Instituto de Tecnologia Xi-an preferiu não comentar se recebeu alguma taxa para disponibilizar os seus alunos às fábricas e que se o programa de estágio é realmente obrigatório. A Instituição limitou-se a dizer que o que faz é legal e que "ensina os estudantes sobre a sociedade e experiência de vida".
Vale lembrar que esta não é a primeira vez que a Foxconn está envolvida em trabalho escravo, em 2012 a imprensa noticiou que os estudantes da mesma Instituição citada agora e também os funcionários eram explorados na fabricação de iPads, da Apple.