Hoje, diante da ampla variedade de videogames e PCs no mercado, é normal os usuários terem dúvidas em relação a qual destes adquirir. Porém, na maioria dos casos, não se quer apenas avaliar as qualidades gráficas e os suportes de cada opção, mas também o valor que será gasto na compra de jogos para o mesmo. Temos, portanto, de um lado os consoles que são dedicados, exclusivos a reprodução de games; e do outro, os PCs, que são mais genéricos.
No que se refere aos valores, os consoles são, de longe, mais baratos que os PCs, além de serem possuidores de ferramentas exclusivas, como sensores de movimento, por exemplo. Isto se deve ao fato de que as empresas tendem a comercializar o aparelho com um leve subsídio, objetivando recuperar este investimento com a venda dos jogos, onde parte da renda é destinada à fabricante.
Impostos
Outro detalhe importante para se entender este elevado preço dos jogos, é o tão conhecido imposto, a grande maioria dos games comercializados no Brasil, são de origem estrangeira. Um determinado jogo, por exemplo, que não passa dos US$ 60 nos EUA é capaz de alcançar quase R$ 300 por aqui. Sabe-se, porém, que existem outros fatores que contribuem para esta expressiva diferença de valores, entre eles o abuso de certas distribuidoras que importam videogames e jogos pra dentro do território brasileiro, e que ainda se aproveitam do preço carregado de impostos para aumentar seus lucros.
O Brasil possiu fábricas de consoles dentro de seu território, no entanto, a fabricação de consoles de última geração ainda não começou aqui; também há empresas que produzem os jogos nacionalmente, mas de pouca expressão. Pelo menos por enquanto, boa parte desses produtos só podem ser comercializados aqui sob altas taxas tributárias pelo fato de serem importados. Para piorar, os impostos sobre bens estrangeiros ocorrem em forma de cascata, ou seja, são aplicados um sobre o valor do anterior e não apenas somados e aplicados ao preço final, o que chega a quadruplicar o preço em alguns casos. Portanto, a alternativa buscada por grande parte dos usuários de consoles é a compra de jogos através de sites estrangeiros especializados nesta área que, em tempos, apresentam boas promoções e descontos que chegam a 90% em alguns casos.
Já, no que tange a qualidade de gráficos de exibição, o consoles e PCs possuem uma disputa acirrada, se sobressaindo, no entanto, os PCs por suportarem exibição em mais de um monitor e sua resolução mais real, por exemplo.
Os impostos cobrados duplicam o valor do game que, originalmente, surge com um custo mais acessível. Se ainda adicionarmos as taxas de lucro que os envolvidos nesta transação da importação impõem (fornecedores e varejistas), o valor se torna quase que inacessível. Confira a porcentagem de cada imposto:
Importação: 20%
Cofins: 7,6%
PIS: 1,65%
IPI: 50%
ICMS: 25%
Total: 104,25%
No fim do ano passado houve certa expectativa dos interessados com relação ao projeto de Lei 300 de 2007, que pretendia estender aos videogames benefícios da Lei de Informática, dentre eles a redução de impostos de importação destes.
A lei, no entanto, foi arquivada no último dia 31 de janeiro em razão do afastamento do político Carlito Merss, autor do projeto na época, deputado federal do PT por Santa Catarina. Ele renunciou ao cargo após ser eleito prefeito de Joinville.
Veja neste vídeo uma comparação entre os gráficos de um mesmo jogo rodado em cosoles e em um PC:
Pirataria
A pirataria, por sua vez, possui uma grande influência neste caso. Com a crescente evolução e aperfeiçoamento dos hackers, conseguir um jogo via torrent e pirateado, é frequentemente, a alternativa buscada pelos usuários devido ao elevado valor dos games adquiridos de forma legal. Contudo, a pirataria encontra-se cada vez mais imersa no dia de muitos adoradores de games, sobretudo quando se fala em jogos para PCs.
A comercialização ilegal de jogos para PC é acessível aos usuários, considerada a sua escolha mais vantajosa do que o mesmo para consoles. Estes jogos podem ser baixados através da internet ou até mesmo CDs vendidos livremente. Sabe-se, porém que a qualidade e recursos destes games "pirateados" nem sempre é a mesma do produto original, mas acaba sendo a única alternativa para quem quer adquirir o game.
Como funciona
Os players de videogame precisam optar por métodos muito arriscados, se quiserem conhecer um jogo sem ter desenbolsado o valor comercial real do game, comprometendo assim o bom funcionamento do console. Como exemplo geral, podemos utilizar o PS3: Você precisa encontrar alguém que "desbloqueie" o console, abrindo assim, portas para que você utilize um jogo copiado diretamente para dentro do HD do videogame. Com isso, perde-se a praticidade e alguns benefícios que o aparelho intácto proporciona. Ao tentar desbloquear o PS3 e realizar uma atualização qualquer via PSN, o jovem podem acabar perdendo muito mais dinheiro que se tivesse ido até a loja para adquirir um jogo lacrado.
Acredita-se que esta possibilidade de destravamento dos consoles não será mais possível em versões futuras.
Para os usuários de PCs, podemos dizer que os métodos são bem mais fáceis, menos perigosos e a chance de algo dar errado é realmente menor. O trabalho consiste apenas de um download, uma listinha de dicas para instalação e pronto. Mesmo que o usuário não tenha acesso a games online e outros pacotes do jogo comprado, poderá experenciar o jogo mesmo sem ter gastado um tostãosó a banda larga.
Como um exemplo conhecido de pirataria em jogos, podemos citar o caso do GTA V, famoso jogo lançado mundialmente em setembro deste ano. Ainda não disponibilizado na versão para PC, o game foi falsificado por hackers que disponibilizaram-o na internet. Este pacote posto à download e com tamanho aproximado de 18GB, trouxe às máquinas dos usuários que obteram-o uma vasta quantia de vírus. Segundo relatos, quando o usuário tenta instalar o game, ele é redirecionado para uma página de phishing que pede a ele algumas informações, em troca do registro do jogo. Ainda não se sabe o paradeiro desses dados.
Sabendo de todos estes detalhes, talvez o maior motivo dos jogos para PC sairem da loja um pouco mais baratos que os mesmo games pra console, é que as desenvolvedoras decretaram uma derrota frente aos hackers. Triste, mas a mais pura realidade é, que, se o game custa caro para PC, aumenta-se o número de downloads ilegais.
Enfim, como podemos perceber, há certo contrabalanceamento de valores, ou seja, os consoles apresentam um valor consideravelmente baixo e seus jogos, valores relativamente altos; os PCs, ao contrário, possuem um valor alto ao adquirí-lo, porém apresentam jogos com valores inferiores. Portanto, além de todos estes fatores e detalhes a serem levados em consideração no momento da escolha, deve ser de suma valia a real vontade do usuário, isto é, qual dos estilos de plataforma este está mais familiarizado ou tem preferência para fazer uso, devido a melhores qualidades ou comodidades.
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