De acordo com cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa), o cometa Ison não sobreviveu após atingir o ponto mais próximo ao Sol. Os especialistas não encontraram rastros do objeto após a sua passagem.
Cientistas do mundo todo esperavam ansiosos a passagem do cometa, alguns acreditavam que Ison conseguiria suportar as altas temperaturas solares, outros, no entanto, estavam certos que ele se desintegraria ao se aproximar da estrela.
Os telescópios da Nasa seguiram Ison até submergir na coroa do Sol, porém, não conseguiram detectar qualquer vestígio do cometa no outro lado.
"Neste ponto, suspeitamos que o cometa se partiu e morreu", disse Karl Battams, cientista do Laboratório de Pesquisa Naval. "Vamos pelo menos dar-lhe mais algumas horas antes de começar a escrever o obituário", acrescentou.
O C/2012 (Ison) foi identificado pela primeira vez em setembro do ano passado por astrônomos russos. O cometa sempre foi considerado especial, já que ele procede da nuvem de Oort, uma bolha que rodeia o Sistema Solar.
Ison se destacou pelo seu enorme brilho, considerando a sua grande distância do Sol. "Não temos ideia de quando vamos ver algo tão incrível de novo", comentou o cientista.
Os cientistas possuem grande interesse nos cometas já que podem descobrir de que são compostos, pois nasceram junto com o Sistema Solar há 4,5 trilhões de anos.
Os cometas, ao passarem perto do Sol, seu gelo derrete e a poeira que deixam na passagem pode dar pistas sobre a sua composição.
"Isto nos dá a oportunidade de ver e estudar estes campos magnéticos de uma maneira que normalmente não poderíamos fazer", disse Alex Young, físico solar do Centro de Voos Espaciais Goddard da Nasa. "A natureza está nos dando esta oportunidade única para estudar estes campos magnéticos", disse ainda.
Atualização:
Um pequeno fragmentos do Cometa Ison parece ter resistido à temperatura do Sol, entretanto, ele não deve mais proporcionar o espetáculo que era anunciado. Veja o Gif: AQUI.