Na tarde da quarta-feira (4), a Justiça de Minas Gerais emitiu uma liminar proibindo o lançamento do aplicativo Tubby, a versão masculina do famoso Lulu. O juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte, especializada em crimes de violência contra a mulher, foi o responsável por deferir o pedido de liminar, que foi baseado na Lei Maria da Penha.
A ação foi pela Frente de Mulheres das Brigadas Populares, Coletivo Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial de Mulheres, Movimento Mulheres em luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista. "A gente acompanha a violência que as mulheres sofrem diariamente, e esse aplicativo é mais um instrumento de disseminação da violência contra a mulher, desse sistema patriarcalista onde a mulher é vista como um objeto", afirmou a advogada do Coletivo Margarida Alvez e militante do Movimento Mulheres em Luta, Juliana Benício.
O juiz, através dos coletivos entendeu que com a ação "a defesa dos interesses difusos das mulheres". "Há também fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la", afirmou o juiz na decisão.
Se o Tubby não cumprir a liminar, será obrigado a pagar multa diária de R$ 10 mil.
Vale notar que o lançamento do Tubby seria feito na quarta-feira (4), porém, acabou sendo transferido para a próxima sexta-feira (6).
Com o slogan "sua vez de descobrir se ela é boa de cama", o serviço, que nem chegou a ser lançado, já causou polêmica. As hashtags do aplicativo aparecem muito mais picantes se comparadas com a do Lulu. A ferramenta está sendo chamada de machista por muitas pessoas.
Você precisa ver isso: Tubby não passa de uma brincadeira; Veja o vídeo.
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