A Agência Nacional de Segurança estaria usando cookies de rastreamento do Google utilizados por anunciantes para identificar possíveis alvos ofensivos e orientar suas operações de espionagem.
As informações são baseadas em documentos, em especial, slides de apresentação, divulgados por Edward Snowden e relatadas nesta quarta-feira (11) pelo jornal americano The Washington Post.
Conforme os documentos, a NSA e a agência britânica GHCQ usam cookies para ajudar a rastrear usuários da Internet que foram identificados previamente. De acordo ainda com a reportagem a agência usa um mecanismo de rastreamento do Google chamado de cookie "PREF". O jornal cita que tal cookie não contem informações pessoais, porém, é capaz de armazenar códigos numéricos que permitem a websites identificar o navegador do indivíduo.
Os documentos mencionam que os cookies são usados para "permitir o controle remoto" das pessoas. Conforme os arquivos, a NSA comprometeu 50 mil computadores com um malware instalado através de vulnerabilidades nos sistemas espionados.
Tanto NSA quanto o Google não quiseram se manifestar sobre o assunto. Porém, em comunicado enviado ao The Washington Post, um porta-voz da agência afirmou: "Como já dissemos anteriormente, a NSA usa sua competência legal para coletar dados para proteger os Estados Unidos, usa ferramentas de inteligência para compreender a intenção dos adversários estrangeiros e evitar que eles tragam danos a americanos inocentes".
Vale notar que o diretor-executivo do Google, Larry Page, juntou-se com outros líderes de outras empresas de tecnologia solicitando fim da coleta de dados de usuários também novos limites para os pedidos de vigilância. "A segurança dos dados dos usuários é fundamental, razão pela qual temos investido muito em criptografia e lutado pela transparência em torno de pedidos do governo de informação", disse Page.
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