Na quarta-feira (29) o Google anunciou a venda da marca de telefonia celular Motorola Mobility para a Lenovo. O valor da transação foi de US$ 2,91 bilhões.
O Google havia adquirido a marca há apenas dois anos e meio, e na ocasião pagou US$ 12,5 bilhões pela companhia. Agora, quem irá comandar a Motorola Mobility será a chinesa Lenovo, e com isso terá em mãos vários modelos de smartphones, como o Moto X e Moto G, lançados no ano passado.
De acordo com o CEO do Google, Larry Page, a compra da Motorola ocorreu para aumentar seu número de patentes, por esta razão, a venda está US$ 10 bilhões abaixo da compra. "Nós compramos a Motorola em 2012 para ajudar a aumentar o ecossistema do Android, criando um forte portfólio de patentes para o Google e grandes smartphones para os usuários. (...) tanto o Moto X quanto o Moto G, estão vendendo muito bem e eu estou bastante animado para o portfólio de 2014", comentou Page.
A Lenovo ficará responsável também por tomar todas as decisões e estratégias sobre os próximos produtos da Motorola. O Google manterá propriedade sobre grande parte das patentes da Motorola, porém, irá autorizar a Lenovo a formatar o uso.
"Lenovo tem a experiência para transformar a Motorola Mobility em um player importante no ecossistema Android. Esta decisão permitirá ao Google centrar nossa energia em levar inovação ao ecossistema Android para o benefício dos usuários", disse o CEO do Google, Larry Page.
Atualmente a Motorola é a terceira maior fabricante de aparelhos celulares para tecnologia Android nos Estados Unidos e o terceiro maior produtor de telefones na América Latina.
"A compra de uma marca tão icônica, uma gama de produtos inovadores e uma equipe incrivelmente talentosa tornará imediatamente a Lenovo, um concorrente forte em escala global no negócio dos 'smartphones'", comentou o presidente e CEO da Lenovo, Yang Yuanqing.
Ao que tudo indica, a notícia foi bem aceita pelos investidores. As ações do Google, que estavam em baixa em Wall Street, registraram alta de 2,6% nas negociações.
Fonte: Agência EFE