A busca por novos planetas fora do nosso sistema solar não param. Muitos deles, os chamados exoplanetas, apresentam condições potencialmente favoráveis para a formação de vida. O Kepler-10c, que foi revelado nesta semana por astrônomos norte-americanos é um deles.
Conforme o pesquisador do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, Dimitar Sasselov, durante uma apresentação na reunião anual da Sociedade Americana de Astronomia, o Kepler-10c pode ser considerado o "Godzilla das Terras". O planeta é rochoso e tem 2,3 vezes o diâmetro e 17 vezes a massa da Terra.
"É o Godzilla das Terras, mas ao contrário do monstro dos filmes, o Kepler-10c tem implicações positivas para a vida", compara Dimitar Sasselov.
"Ficamos surpresos quando nos demos conta do que tínhamos encontrado", disse o astrônomo Xavier Dumusque, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica.
O Planeta está localizado a cerca de 560 anos-luz da Terra, na Constelação de Draco (Dragão), uma das mais antigas do Universo, e orbita em torno de uma estrela semelhante ao Sol, demorando 45 dias para completar uma volta inteira.
O planeta, conforme os cientistas possui aproximadamente 11 bilhões de anos, ou seja, nasceu três bilhões de anos após o Big Bang. Com isso, os cientistas precisarão analisar as teorias sobre a evolução do Universo. A Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos.
"A descoberta do Kepler-10c nos diz que planetas rochosos puderam se formar muito antes do que pensávamos. E se você pode construir rochas, pode também criar vida", disse Sasselov.
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